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Carol Santiago quebra o recorde mundial e seletiva tem mais três índices

Já classificada para a Paralimpíada de Tóquio, Carol Santiago estabeleceu o novo recorde mundial dos 50m livre de sua classe. “Foi uma grande emoção”.

Carol Santiago recorde mundial
Divulgação

A pernambucana Carol Santiago, da classe S12 (para atletas com baixa visão), bateu o recorde mundial dos 50m livre nesta sexta-feira, 4, durante a Fase de Treinamento Seletiva da natação que acontece no Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo. 

Carol, que nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão, foi o grande destaque da sessão noturna desta sexta ao completar os 50m livre em 26s72 e estabelecer o novo recorde mundial em sua classe. A marca anterior era da russa Oxana Savchenko, 26s90, feita nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012. A prova, entretanto, não compõe o programa de provas da classe S12 nos Jogos de Tóquio.

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“Foi uma grande emoção! A gente já perseguia esse recorde há muito tempo, mesmo antes de Londres [Campeonato Mundial de 2019]. Assim como os 100m livre, que consegui descer da barreira dos 59s, nos 50m livre a dos 27s, foi muito difícil. Foi muito trabalho da comissão técnica, muita dedicação da minha parte também e esse recorde foi só um atestado do brilhante trabalho que está sendo feito”, comemorou a atleta.

Claudio Cruz / Lima 2019

Carol Santiago já está classificada para os Jogos Paralímpicos de Tóquio por ser campeã mundial pela sua classe em 2019, um dos critérios estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que atua como confederação da modalidade. Nesta sexta, Carol também nadou a final dos 100m costas e finalizou a prova em 01min09s64. Neste sábado, 5, ela nadará os 100m peito, prova que compõe o programa dos Jogos de Tóquio para a classe S12. 

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Mais três índices e recorde das Américas

Nos 50m livre, a potiguar Cecília Araújo (S8) atingiu o índice exigido [31s66] ao finalizar a prova em 31s42. No mundial de Londres 2019, a brasileira faturou a medalha de prata nesta prova. Na versão masculina dos 50m livre, o paranaense Eric Tobera (S4) encerrou o prova com 40s40, ficando 23 segundos abaixo do índice estabelecido [40s63].

Nos 100m costas, Gabriel Bandeira (S14) estabeleceu o novo recorde das Américas 59s42, ficando a 17 centésimos do recorde mundial nesta prova e classe. A marca continental já era do atleta, feita no Campeonato Europeu, em maio, com 59s95. Pela manhã, ele já havia superado o índice para os Jogos de Tóquio [01min02s52].

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No período da manhã, a fluminense Mariana Gesteira, que foi reclassificada como S9 nesta seletiva, alcançou o índice nos 50m livre, porém, da classe S10. Os 50m livre para a classe S9 não está no programa dos Jogos, desta forma, se o atleta possuir o índice da classe acima, sendo esta uma prova paralímpica, ele poderá competir nesta classe. Com a marca de 28s71, Mariana superou o índice da classe S10 de 28s85. Com este tempo, a atleta estabeleceu o novo recorde brasileiro (S9) e ficou com o segundo melhor tempo do mundo nesta temporada pela classe S10.

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