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Tóquio 2020

Ofurô Olímpico #12: nem ausência de Bolt acaba com jejum americano

A “troca de guarda” nas provas de velocidade do atletismo, após a aposentadoria do astro jamaicano, não ajudou os Estados Unidos em Tóquio

Andre De Grasse atletismo Canadá
O canadense Andre De Grasse comemora a vitória nos 200 metros em Tóquio (World Athletics)

É dura a vida do atletismo dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Não que a campanha esteja ruim até agora – afinal, já são 23 medalhas conquistas até esta terça-feira (4), sendo três delas de ouro. Mas a vaidade americana segue ferida de morte por sair do Japão sem conseguir acabar com um incômodo jejum: a ausência de vitórias nas provas de velocidade masculina, em especial aquelas que foram dominadas por Usain Bolt durante três Olimpíadas.

Com a aposentadoria do astro da Jamaica em 2017, a expectativa era que a turma da terra de Joe Biden voltasse a dar as cartas nos 100 e 200 metros e desse fim ao jejum. Desta forma, voltando à tradição do período em que Carl Lewis, Michael Johnson, Justin Gatlin, entre outros, dominaram estas provas. Afinal, entre Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016, Bolt foi dominante nestas duas provas.

Os americanos só se esqueceram de combinar com os adversários.

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A primeira surpresa foi no último sábado (31), quando o italiano Lamont Marcell Jacobs venceu os 100 m, deixando o americano Fred Kerley com a prata. Uma grande zebra, vamos admitir, embora o maior nome da prova, o campeão mundial de 2019 Christian Coleman, cumpra suspensão por não comparecer a um controle surpresa de doping.

Com isso, as esperanças ficaram voltadas para os 200 m. Ninguém aceitava menos do que um triunfo de Noha Lyles, atual campeão mundial. Nova frustração, em dose dupla, com Lyles (bronze) e Kenneth Bednarek (prata) assistindo a festa do canadense Andre De Grasse, que depois de bater na trave tantas vezes (ficou em segundo na Rio-2016, atrás de Bolt), finalmente pôde comemorar sua primeira medalha de ouro olímpica.

Será que em Paris-2024 o jejum americano irá acabar?

A FRASE

“Nem em meus melhores sonhos poderia imaginar que o recorde viesse com a minha medalha. Muito feliz por ter ajudado a alcançarmos esta meta e por estar representando as mulheres com esta conquista”

Ana Marcela Cunha, ao comentar o fato de que sua medalha de ouro na prova dos 10 km da maratona aquática representou o melhor aproveitamento feminino em campanhas olímpicas do Brasil até hoje. São oito até agora, já contando a de Beatriz Ferreira, que está na final da categoria até 60 kg do boxe feminino.

O NÚMERO

15

Medalhas já tem o Time Brasil nos Jogos de Tóquio. Faltam quatro para igualar o total conquistado no Rio de Janeiro, em 2016. Já para igualar o número de ouros, faltam ainda três

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