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Judô

Seleção masculina de judô fecha 2018 bem ‘nas pontas’

Seleção masculina de judô tem destaques entre os atletas experientes nos pesados em 2018 e também nos novatos entre os mais leves

Rafael Silva e David Moura no pódio da China (foto: Gabriela Sabau/IJF)

Parecia que o 2018 da seleção masculina de judô seria todo dos atletas mais novatos. Daniel Cargnin, Marcelo Marcelino e Renan Torres eram os maiores destaques até o Masters da China, último torneio do ano, quando David Moura e Rafael Silva entraram no time.

Marcelino (66kg) fez a final do Mundial Júnior após uma campanha irretocável nas Bahamas. Exceto a estreia, jogou todos os seus adversários por ippon. Além disso, foi à final da Copa Europeia Júnior em Berlim vencendo três dos quatro adversários com o golpe perfeito do judô. No Pan Americano Júnior da Argentina, medalha de ouro com quatro ippons.

Marcelino joga o italiano Luca Caggiano (Foto: Gabriela Sabau/IJF)

Renan Torres (60kg) conquistou dois bronzes, um no Mundial Júnior e outro em Berlim. Além disso, também venceu na Argentina ganhando todas por ippon. Teve ainda uma boa campanha na Copa Europeia Júnior de Leibnitz, pois fez sete lutas e ganhou cinco. E por fim, no Internacional Masters Bremen, Alemanha, ficou com a prata.

Nos adultos, os melhores resultados da seleção masculina de judô vieram somente no último torneio, o Masters da China. Rafael Silva (+100kg) e David Moura (+100kg) subiram ao pódio, prata e bronze. Com isso, fecharam 2018 nas melhores colocações no ranking entre todos os judocas do Brasil.

Moura terminou em quarto após começar em primeiro, pois não tinha nenhum grande resultado até o Masters. No Mundial perdeu a estreia para Bekmurod Oltiboev, mesmo uzbeque que derrotou na luta do bronze na China.

Rafael Silva começou bem, pois conquistou dois bronzes nos dois primeiros torneios do ano. Depois de maio disputou outros dois antes do Masters: Mundial e Grand Slam de Osaka. Não foi bem, pois em ambos caiu ainda na primeira disputa.

Na trave

Daniel Cargnin (66kg) teve um promissor primeiro ano, de fato, entre os adultos. O melhor momento foi no Mundial de Baku, apesar de ficar fora do pódio. Venceu as três primeiras lutas e chegou na final de chave contra Tal Flicker, então primeiro do ranking. Foi uma batalha, decidida somente no quinto minuto do Golden Score com o israelense achando um waza-ari. O brasileiro se recuperou na repescagem, mas perdeu o bronze para o experiente Baul An, sul-coreano medalhista olímpico (2016) e campeão Mundial (2015).

Cargnin também foi bem no Masters da China, apesar de novamente não chegar ao pódio. Primeiro porque deu o troco em Tal Flicker na estreia. Por fim disputou novamente o bronze e fez luta parelha contra Vazha Margvelashvili, georgiano segundo do mundo. Só perdeu no Golden Score.

Mas a campanha de Cargnin no ano não ficou sem medalhas, pois ele chegou a duas finais: Geórgia e Pan da Argentina.

Mais seleção masculina de Judô

Outras medalhas que vieram este ano na seleção masculina de judô foram Rafael Macedo (90kg), ouro em Tbilisi e bronze em Cancun. Também Eric Takabatake (60kg) e Charles Chibana (66kg), bronze em Dusseldorf e Cancun, e Leonardo Gonçalves (100kg) bronze em Haia e Túnis. Por fim, Eduardo Yudy foi bronze em Túnis, Vitor Penalber, prata em Cancun e Rafael Buzacarini (100kg), bronze em Cancun.

No final do ano, Felipe Kitadai e Leandro Guilheiro disputaram as seletivas para se manter na seleção em 2019. Só Kitadai, medalhista olímpico em 2012, conseguiu. Guilheiro, duas vezes medalhistas em Mundiais, ficou de fora. Também neste ano, Guilheiro teve seu nome eternizado no Hall dos Campeões do Grand Slam, um dos mais marcantes do Circuito (foto abaixo).

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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