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Pan 2019

Luisa e Vittoria: parceiras na disputa e no pódio

As compatriotas Luisa Baptista e Vittoria Lopes mostraram uma enorme sintonia nos Jogos Pan-Americanos de Lima e subiram juntas ao pódio.

Marcos Brindicci / Lima 2019

O ritmo das braçadas, pedaladas e das passadas é fundamental no triatlo de alto nível. Os atletas sabem quando devem poupar energia, quando devem acelerar e quando devem seguir o ritmo de um determinado adversário. Mas e quando o adversário é do próprio país? As medalhistas pan-americanas Luisa Baptista e Vittoria Lopes sabem tirar isso de letra.

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Desde o início da prova feminina do triatlo em Lima, as brasileiras se apoiaram e se ajudaram, estando longe ou pertinho uma da outra. “Eu sabia que a Vittoria iria sair na frente na natação, mas ela foi muito mais à frente do que eu e as outras atletas imaginávamos. Então eu tive que apertar o ritmo para, pelo menos, ter uma noção da distância para ela”, disse a campeã Luisa Baptista.

Por sua vez, a medalhista de prata sabia que a compatriota e as outras adversárias iriam tirar a vantagem na corrida e que teria que apertar o ritmo para chegar e garantir a prata. “Essa era a minha estratégia mesmo, eu queria sair na frente e dar tudo na última parte. Eu fiquei em dúvida na hora da bicicleta, mas os treinadores pediram para eu ir, e eu fui!”, disse a sorridente Vittoria Lopes.

Contudo, após pedalar toda a parte do ciclismo sozinha, Vittoria estava muito mais cansada do que as outras. Foi então que Luisa foi fundamental para que a vice-campeã mantivesse o ritmo na busca do pódio. “Quando a Luisa passou ela falou ‘Vamos, vamos, vamos’, então deu uma ajuda e foi muito legal, estou bem realizada”, completou a atleta brasileira.

E foi bem assim mesmo, já que quando Luisa ultrapassou Vittoria, a mexicana Cecelia Flores, que ficou com o bronze, estava acelerando e também alcançando a brasileira. “Quando eu consegui cruzar com a Vittoria, eu falei para ela ‘Põe cadência, põe cadência’, e isso foi suficiente para quebrar o ritmo da mexicana. Porque a ideia era que ela pudesse vir junto comigo. Esse quilometrozinho que ela permaneceu junto foi suficiente para que as duas fossem embora, trazendo a medalha de ouro e a de prata para o Brasil”, finalizou a triatleta Luisa.

E essa parceria ainda pode render mais medalha em Lima. Isso porque ambas devem participar do revezamento misto, prova que estreia nos Jogos Pan-Americanos e cujo favoritismo é do Brasil.

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