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Curling brasileiro começa trabalho para formar atletas no país

CBDG firmou Termo de Fomento com Ministério da Cidadania e vai implementar núcleo para formar time paralímpico e recrutar jovens atletas

Curling brasileiro se recupera e vence o México no America's Challenge de curling
Marcelo Mello montou primeira seleção brasileira de curling no Canadá. Agora, país vai formar seus próprios atletas em seu território (WCF/Clare Toia-Bailey)

Um dos principais sonhos do Curling Brasileiro finalmente vai se tornar realidade. Nas próximas semanas, a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) dará início ao trabalho de desenvolvimento da modalidade dentro do território nacional. As atividades serão realizadas na Arena Ice Brasil, em São Paulo.

O objetivo é formar os primeiros atletas de alto rendimento que moram no país, aproveitando as três pistas montadas na capital paulista e inauguradas no início de 2020. Dessa forma, a expectativa é expandir o número de competidores e, principalmente, montar equipes com mais tempo de vivência na modalidade – e quem sabe repetir o sucesso da Itália em Pequim 2022 no futuro.

Para isso, a entidade firmou um Termo de Fomento com a Secretaria Especial do Esporte, do Ministério da Cidadania, em fevereiro de 2022. Pelo acordo, vai receber R$ 407 mil para implantar um núcleo de base do esporte. O projeto tem duração de um ano, ou seja, com vigência até fevereiro de 2023. 

A proposta, evidentemente, é potencializar o curling brasileiro por meio da formação de jovens talentos. A ideia é trabalhar com 12 meninos e 12 meninas entre 10 e 18 anos e mais 16 atletas cadeirantes (oito homens e oito mulheres) para a formação da equipe paralímpica. Além disso, pretende capacitar até 12 instrutores para auxiliar na formação técnica.

Desenvolver atletas da modalidade no território nacional era um dos principais objetivos por trás da construção da Arena Ice Brasil. Atualmente, todos os representantes do país que participam de competições internacionais moram no Canadá ou em países da Europa pela facilidade de acesso à estrutura de treinamento.

Curling brasileiro busca técnico experiente para comandar projeto

Parte do dinheiro vai ser usado para recrutar um técnico de experiência internacional na modalidade. Assim, ele vai comandar o projeto e ser o responsável pelas equipes brasileiras. A CBDG até divulgou a vaga em seu LinkedIn e, entre os requisitos desejáveis, está a experiência de dez anos na gestão de equipes adultas e júniores.

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A exigência se justifica porque esse profissional vai comandar o curling brasileiro nesse período. A ideia da CBDG é começar o trabalho já em abril com um vínculo mínimo de onze meses. Ele não só vai orientar os treinamentos das categorias olímpica e paralímpica como, principalmente, vai capacitar os instrutores. 

Até porque ele não estará em tempo integral no Brasil. Por conta de possíveis restrições da pandemia e até para contenção de custos, o trabalho vai ser híbrido. Ou seja, ele estará presente na Arena Ice Brasil em determinadas épocas do ano e, no restante do tempo, vai acompanhar remotamente o desenvolvimento.

Brasil quer receber Olympic Celebration Tour, da Federação Mundial de Curling

No intuito de popularizar ainda mais a modalidade, a CBDG solicitou à Federação Mundial de Curling (WCF) o projeto Olympic Celebration Tour. O programa, que começou em 2013, é uma iniciativa para promover a modalidade, apresentando a história e as regras por meio da interação entre atletas e público.

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Assim, um atleta olímpico da modalidade e instrutores da federação mundial devem visitar o Brasil e realizar diversas ações, como visitas a escolas, treinos e demonstrações. O curling brasileiro aguarda a aprovação do pedido. O Brasil Zero Grau apurou que o país possui uma atleta preferida e até mesmo Kate Caithness, presidente da WCF, cogita estar presente.

Caso seja confirmado, o evento vai fazer parte da cerimônia de abertura do primeiro Campeonato Brasileiro de Curling realizado no território nacional. A expectativa é organizar a competição em agosto. Além disso, a ideia é contar com as categorias masculina e feminina, júnior e paralímpica em vez de somente as Duplas Mistas.

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