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Assunção 2022

Júlia Soares leva ouro e lidera Brasil rumo ao título por equipes

Com show na trave e 52.666 geral, ginasta lidera dobradinha com Carolyne Pedro na final individual. Ouro na equipe, Brasil classifica as seis atletas para as finais por aparelh

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(Ricardo Bufolin/COB)

O Brasil fez uma campanha impecável na disputa da ginástica artística feminina na noite desta quinta-feira (6) nos Jogos Sul-Americanos de Assunção e garantiu a medalha de ouro, com ampla vantagem para a Argentina. Além do ouro por equipes, ainda fez dobradinha no individual, com Júlia Soares e Carolyne Pedro.

Júlia Soares somou 52.666, a frente de Carolyne Pedro, que terminou com 51.833. Luisa Gomez Maia beliscou o top3 e terminou com 50.200, pouco atrás da argentina Brisa Ailen Carraro, que levou o bronze com 50.367. Christal Bezerra ficou em oitavo com 48.800. Luiza Maia e Beatriz Lima também levaram o ouro por equipes, mas não competiram no individual geral.

Na disputa por equipes, o Brasil somou 206.299, muito a frente da Argentina que levou a prata com 199.300. Numa disputa acirrada pelo bronze, entre Colômbia e Chile, decidida no último momento, deu Colômbia com 190.667.

Além dos dois ouros e prata garantidos nesta quinta-feira, o Brasil garantiu as oito vagas possíveis nas finais com aparelho, e com boas chances de medalha. 

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Julia Soares foi a melhor do dia na trave e no solo, enquanto Carolyne Pedro foi a melhor do dia nas barras assimétricas e passou em terceiro no solo. Luiza Maia se classificou para a final da trave, onde foi a segunda melhor da noite, enquanto Thais Fidelis se garantiu na final das barras assimétricas, onde foi a sexta melhor. Christal Bezerra, em quarto e Beatriz Lima, em sétimo, também se garantiram na final do salto.

Como foi a disputa por equipes da ginástica artística feminina

O Brasil participou da segunda parte das competições, sabendo muito bem o que precisava depois de ter assistido a Argentina chegar perto dos 200. Porém, o Brasil foi muito melhor do que a encomenda, com poucas falhas e a única nota 14 da competição, com Júlia Soares na trave, numa boa amostra do que pode mostrar no Mundial de Liverpool no fim do mês.

Pódio do individual geral em Assunção 2022 (Ricardo Bufolin / CBG)

O primeiro equipamento foi nas barras assimétricas. Carolyne Pedro abriu para o Brasil com 13.133, sendo a melhor do dia. Júlia Soares e Thais Fidelis fizeram 12.667, enquanto Christal Bezerra teve sua nota descartada ao fazer 11.667. Luisa Maia encerrou para o Brasil com 12.033. A soma de 50.500 foi superior a melhor nota do Sula no aparelho.

Em seguida, o Brasil fez show na trave. Destaque para Júlia Soares que cravou a trave com 14.033. As outras quatro representantes fizeram 12 alto: Luisa Maia flertou com o 13 (12.967), enquanto Thais Fidelis fez 12.833 e Carol Pedro fez 12.700. A nota de Christal, 12.500, novamente foi a descartada para o Brasil, mas ainda assim foi a sexta melhor do geral. Os 52.533 alcançados pelo Brasil foram cinco pontos superiores à nota da Argentina, segunda melhor.

Quadro de medalhas dos Jogos Sul-Americanos de Assunção

No solo, foi outro espetáculo, com destaque mais uma vez para Júlia Soares, que fez a melhor nota do solo da noite, com 13.233. O Brasil conseguiu outra nota 13, desta vez cravado (13.000) com Carolyne Pedro. Beatriz Lima fez 12.533 e Luisa Maia fechou a apresentação brasileira com 12.467. Mais uma vez, a nota de Christal Bezerra foi a descartada, com 11.533.

No salto foi a vez de Christal Bezerra se destacar e fazer 13.100. Como ela foi a quarta ginasta a se apresentar, foi com seu salto que o Brasil garantiu a medalha de ouro. A melhor nota do país veio com Beatriz Lima, responsável por 13.200. Além delas Carolyne Pedro fez 13.000 e Júlia Soares e Luiza Maia fizeram 12.733. 

Christal e Beatriz que não tinham vaga garantidas em finais, foram as duas brasileiras que fizeram o segundo salto para tentar a medalha e fizeram bonito. Christal Bezerra fez 12.233 para alcançar a média de 12.666 e ficar em quarto. Bia Lima fez 11.933 e sua média de 12.566 foi o suficiente para a final, com a sétima melhor nota.

+ Equipe masculina fatura o ouro na ginástica artística

Quem se garantiu nas finais individuais de Assunção 2022

Time feminino no treino de pódio (Ricardo Bufolin/CBG)

As seis ginastas brasileiras Beatriz Lima, Carol Pedro, Christal Bezerra Julia Soares, Luisa Maia, e Thais Fidelis se garantiram também nas disputas individuais da ginástica artística que serão disputadas na sexta (7) e sábado (8).

Carolyna Pedro passou para a final das barras assimétricas. Thais Fidelis foi a quinta melhor, e conseguiu a segunda vaga do país, mesmo com a mesma nota final de Júlia Soares, porque conseguiu melhor nota E, de execução. Duas ginastas da Argentina e da Colômbia também passaram para a final, além de uma cada para Peru e Panamá.

Na trave, o Brasil brilhou e as cinco ginastas ficaram entre as oito melhores. Com o limite de apenas duas por país, Júlia Soares e Luisa Maia, as duas melhores de toda a noite, se classificaram para a final. Novamente duas ginastas da Argentina e Colômbia, além de uma do Peru e Panamá.

No solo, Julia Soares e Carol Pedro foram as únicas a fazer acima de 13, além da argentina Brisa Ailen Carraro que passou em segundo. Duas atletas de Argentina, Brasil e Chile passaram para a final, além de uma de Equador e Panamá.

No salto, apenas atletas que fizeram um salto extra puderam se classificar para a final, como é de praxe nas competições. Christal Bezerra passou em quarto e Beatriz Lima ficou em sétimo. As duas melhores notas vieram do Chile, enquanto Panamá também classificou duas atletas. Bolívia e Panamá completam o rol de finalistas.

Interessado em cinema, esporte, estudos queer e viagens. Se juntar tudo isso melhor ainda. Mestrando em Estudos Olímpicos na IOA. Estive em Tóquio 2020.

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