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Etiene Medeiros relembra temporada antes do Mundial

Em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia, Etiene Medeiros relembrou a temporada de 2018 antes da disputa do Mundial de piscina curta na China.

“Olha, vou falar a verdade, um pouco pressionada, um pouco ansiosa, um pouco não, bastante ansiosa”. Essa é Etiene Medeiros prestes a disputar o Campeonato Mundial de natação em piscina curta na China, entre os dias 11 e 16 de dezembro.

No último mês, a atleta pernambucana esteve trabalhando com a ansiedade e o stress, e dosando os treinos para a competição mais importante da temporada, que foi marcada por uma cirurgia no ombro direito e um retorno satisfatório às piscinas.

“Nesse ano eu ‘pisei em ovos'”, disse Etiene em entrevista ao Olimpíada Todo Dia. “É um sentimento meio que de medo, é normal. Não tenho nem vergonha de falar isso, porque todo mundo sente, e quem não sente está mentindo, falo mesmo”, completou.

Mas, para chegar preparada à competição na China, a nadadora passou por outros campeonatos importantes em 2018. Agora, vamos relembrar, na visão de Etiene, um por um. Confira:

Campeonato Paulista

Na primeira competição após a cirurgia, Etiene esteve longe de sua melhor performance, mas ainda assim subiu ao pódio, com o ouro nos 50m livre, 50m costas e revezamento 4x100m e 4x50m livre.

“Ali eu estava inchada, com sobrepeso, com muitas dúvidas”, contou. “Mas foi tranquilo porque eu acho que eu estava tendo um apoio médico, psicológico e técnico muito bons, então eu entrei naquela competição bastante confiante para realmente me testar”, acrescentou.

Torneio Sette Colli e Open de Paris

A primeira experiência internacional do ano foi marcada por um drama pessoal. O irmão de Etiene teve um problema de saúde e passou por uma intervenção cirúrgica na época da viagem da atleta à Europa.

“Além de ser um atleta de alto rendimento, as vezes você tem que lidar com esse tipo de obstáculo”, considerou.

Em sua terceira participação no Torneio Sette Colli, na Itália, a brasileira conquistou o ouro nos 50m costas, com 27s87. Já na estreia pelo Open de Paris, também levou o ouro nos 50m costa e o bronze nos 50m livre.

“Eu fui com meu coração pesado, mas a competição foi muito boa e eu voltei para o Brasil mega motivada, sabendo que, além dos problemas que eu estava tendo, eu estava conseguindo um resultado bom. Eu sabia que estava no caminho certo”, afirmou.

Troféu José Finkel

“Foi o ápice”, assim Etiene definiu o Troféu José Finkel. Com 00:24.10, a nadadora garantiu a medalha de prata nos 50m livre e o índice para o Mundial na China.

“Pós os 50m costas, eu lembro que eu voltei para o hotel e tive uma crise de choro muito grande, sozinha. Caraca, como pode né? Eu estava vindo em uma leva muito boa até 2016, e depois de 2016, tive várias quebras. Ali foi o ápice de dizer ‘estou de volta, você consegue, vamos lá’. Me marcou muito aquela competição”, contou.

Etapas da Copa do Mundo

À convite da FINA, Etiene disputou duas etapas da Copa do Mundo: em Eindhoven e Budapeste. Na Holanda, a brasileira conquistou o ouro nos 50m costas. Já na Hungria, não subiu ao pódio.

“Foi um contive muito legal, porque foi a primeira vez que recebi diretamente da FINA. Foi durante um mês que a gente estava precisando muito viajar”, contou.

“Consegui fazer um baita resultado lá, voltei muito empolgada e motivada, meus treinos evoluíram demais depois dessa competição. E isso foi muito importante para estar nesse cronograma para a China”, completou Etiene.

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