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Tóquio 2020

Vou para Tóquio melhor do que estava no Rio, diz Laís Nunes

A atleta Lais Nunes esteve nos Jogos Olímpicos Rio-2016 e se considera mais preparada para conquistar uma medalha no Japão

Lais Nunes luta olímpica wrestling Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 até 62kg
Lais Nunes se diz pronta para buscar uma medalha em Tóquio (Divulgação)

Um dos principais nomes do wrestling do Brasil, Lais Nunes é uma das classificadas para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Com vaga assegurada na competição, adiada para 2021, por causa da pandemia de coronavírus, ela busca agora um resultado histórico: tornar-se a primeira medalhista olímpica na história da modalidade.

A lutadora já soma outras conquistas importantes em sua carreira, como a de ser a primeira brasileira campeã pan-americana nas categorias cadete, juvenil e adulta.

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“Quando penso em Tóquio, vem uma alegria e uma gratidão a Deus muito grande. Sei que estou muito mais preparada do que há quatro anos, no Rio. Estou cada vez mais próxima de uma medalha olímpica, da realização de um sonho”, afirmou Lais, que compete na categoria até 62 kg e que na edição disputada no Brasil foi eliminada na primeira fase.  

Começo na modalidade

Com 27 anos, Lais nasceu em Barro Alto, cidade próxima a região do Vale do São Patrício, no interior de Goiás. Ela traz em seu histórico um começo no judô, com 12 anos, quando entrou em um projeto social esportivo que, em seguida, passou a oferecer aulas de luta olímpica por causa dos custos altos.

“Queria gastar energia e acreditava que o esporte poderia ser uma oportunidade de uma vida melhor para mim e minha família. Durante um tempo, tive que deixar o esporte para trabalhar. Morava com o meu pai e a minha irmã, precisava ajudar em casa. Quando voltei a treinar, disputei um primeiro campeonato no Rio de Janeiro e fui campeã, o que me fez acreditar que poderia ir muito mais longe”, disse a atleta.

São Paulo e mulheres do wrestling

Lais Nunes está na convocação do Pan-americano de wrestling no Canadá
Lais Nunes elogiou as mulheres brasileiras que praticam luta olímpica (divulgação)

Lais passou por dificuldades de adaptação quando chegou em São Paulo. “Saí de casa aos 15 anos e fui morar sozinha em São Paulo. Foram muitos momentos de solidão e dificuldades financeiras. Era duro até para comer. Ainda tinha o frio, era tudo duro demais”, declarou a lutadora.

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Uma das referências de sua modalidade, Lais exaltou outras mulheres brasileiras que lutam diariamente. “Gosto de observar as pessoas que estão ao meu redor, e cada uma das lutadoras brasileiras, como a Aline Silva, a Joice Silva, a Camila Fama e a Kamila Barbosa. São mulheres guerreiras que ajudaram a construir a história do wrestling nacional”, concluiu Lais.

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