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Vôlei de Praia

De ídolo a torcedora: os diferentes papéis da mãe de Duda

Duda Lisboa iniciou no esporte graças a sua mãe, Cida. A atleta comentou um pouco sobre os diferentes papéis exercidos por sua mãe ao longo de sua carreira

Duda Lisboa comenta sobre os diferentes papéis exercidos pela mãe ao longo de sua carreira no vôlei de praia

Atleta que defenderá o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, Duda Lisboa iniciou no vôlei de praia graças a sua mãe, Cida. A atleta comentou um pouco sobre os diferentes papéis exercidos pela mãe ao longo de sua carreira.

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Ela cresceu com os pés na areia. Desde cedo, acompanhando a mãe Cida rodar pelo Circuito Brasileiro de vôlei de praia, era natural que se apaixonasse pelo esporte e seguisse os passos da família. Eduarda dos Santos Lisboa, ou simplesmente Duda, tem 21 anos e já é uma das principais atletas da modalidade no Brasil. A jovem, natural de São Cristóvão (SE), garantiu, ao lado de Ágatha, uma das vagas para representar o país nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e foi premiada, na noite de ontem (10.12), como melhor dupla de vôlei de praia do ano de 2019.

Tímida fora das quadras, Duda mostra muita maturidade durante as partidas, uma frieza para definir os pontos dignos das mais veteranas no esporte. E foi assim que conquistou o espaço entre os maiores nomes do voleibol de praia no mundo. Campeã do Circuito Mundial em 2018, eleita a melhor jogadora do mundo na mesma temporada, além dos títulos de campeã mundial sub-19 (três vezes) e sub-21 (duas vezes), consolidam a carreira de quem surgiu como grande promessa.

Em entrevista exclusiva para a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Duda conta um pouco de seu surgimento no esporte, o amadurecimento como atleta e dos diferentes papéis exercidos pela sua mãe ao longo de sua carreira.

Você surgiu, até de forma precoce, no vôlei de praia como uma grande promessa, mas conseguiu se firmar no Circuito bem rápido, como lida com essa pressão?

Eu sempre escutei que eu seria uma grande promessa. Sempre entrei em quadra no intuito de me divertir, não chegava a sentir uma pressão propriamente. Acreditava que o que tinha que acontecer, aconteceria e seria fruto de muito trabalho. Aconteceu tudo tão rápido, e eu jogava na base mais solta, me divertindo. Nos mundiais que ganhei era assim, me divertia em quadra, não era um peso. As oportunidades de jogar apareciam e eu aproveitava da melhor forma. Hoje tenho mais consciência da responsabilidade do meu papel como atleta, principalmente por tudo que envolve, todas as pessoas que trabalham em volta de mim para que eu consiga alcançar os objetivos.

Depois de formar a parceria com a Ágatha você mudou para o Rio, foi morar longe da família, principalmente da sua mãe, que te iniciou no esporte. Como foi a sua adaptação morando sozinha, e quanto esta experiência te amadureceu como atleta?

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Hoje é mais tranquilo. Já tenho toda a minha rotina estabelecida, tenho até minha agendinha (risos). Mas o começo, tão nova, foi bem difícil. Eu ficava mais estressada com toda a responsabilidade de cuidar da casa, pagar as contas, cozinhar. Depois de três anos aqui no Rio já estou bem acostumada e adaptada. Minha mãe veio ficar comigo no início, me deu todo o apoio, ajudou em tudo. Hoje o vôlei é 90% da minha vida e ter as responsabilidades da vida adulta me deixou mais focada no que preciso fazer como atleta.

E como é hoje a sua relação com a sua mãe? Ela foi a responsável pela sua iniciação no esporte e treinadora.

Hoje ela só cumpre o papel de mãe mesmo (risos). Ela é uma mãe torcedora, me passa a tranquilidade que preciso quando estou em quadra. Ela me apoia muito e é quem eu mais admiro. É um ídolo do esporte para mim.

E por falar nisso, quem são os seus ídolos?

Além da minha mãe (risos), no vôlei de praia a (Kerri) Walsh é quem eu mais admiro e me espelho. O jeito que ela joga é incrível. A primeira vez que eu joguei contra ela foi numa etapa do Circuito Mundial na Rússia em 2016, eu jogava com a Elize Maia e nós perdemos no tiebreak por 16 a 14, foi um jogo inesquecível. Eu pensava: “nossa, estou jogando contra a Walsh”, foi muito legal. No final eu pedi o top dela, não poderia deixar passar.

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