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Vôlei de Praia

Maria Clara e Carol e a etapa “relembrando os velhos tempos”

Irmãs Maria Clara e Carol se unem apenas na etapa de Ribeirão Preto de vôlei de praia: “super especial”

Baita dupla! Maria Clara Salgado e Carol Solberg se uniram pontualmente na etapa de vôlei de praia de Ribeirão Preto. Ouví-las separadamente ou em dupla pode ser quase a mesma coisa. As irmãs são alinhadas no discurso, na aparência e na sintonia. Assista ao vídeo!

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“Está sendo super especial. Eu estou vindo de uma lesão. Fiquei quase 45 dias sem treinar, sem fazer nada. Então tem uma coisa leve. Assim, a gente não vai formar uma parceria. A Maria tá com outros planos. Então está sendo divertido. (Estamos) curtindo. Estar no quarto juntas, relembrando os velhos tempos. Está muito maneiro, está especial,” conta Carol.

Maria Clara completa: “Está sendo muito especial, porque não só eu tive uma história com ela jogando, a gente é irmã. Recuperar, poder viajar junto, poder estar no mesmo quarto, conviver durante a etapa inteira é muito especial. Porque, obviamente, a gente fez isso muito tempo. E tinham muitos stress. Hoje em dia não tem stress nenhum. Esse é o lado bom. A gente sabe que não vai jogar junto para frente. Uma etapa que ela está voltando e eu também não tenho uma parceira no Brasil. Então calhou perfeitamente e estar junto é muito gostoso mesmo”.

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As irmãs ficaram juntas como dupla durante 13 anos. Passaram quatro anos separadas. Elas sabem como muita coisa mudou nesse período. Maria Clara sempre foi mais comunicativa, vibrante e Carol adquiriu um espaço maior jogando, adquiriu características com Maria Elisa.

“Ela é uma outra jogadora. Muito forte emocionalmente também. Uma jogadora que aprendeu outras coisas. Ela é uma jogadora que fala menos jogando. E eu de alguma forma sou muito vibrante. Então acho que a gente está encontrando isso e vamos, se tudo der certo, continuar crescendo no torneio. Pode ser um torneio muito legal pra gente”.

Maria Clara não sabe como será 2020 e fica dividida entre os Estados Unidos e o Brasil: temporada aberta. Enquanto Carol quer o ciclo inteiro focada e já está pensando numa nova parceria, que ainda não está definida.

“As desvantagens de jogar com a minha irmã, acho que tem uma intimidade muito grande as vezes acaba que a gente é sincera demais e falando tudo. Brigas que não precisavam ter. Discussões que a gente poderia evitar se a gente pensasse: ‘pô, deixa pra lá. Essa menina é meio maluquinha. Engata a segunda e vai.’ A gente não tinha isso. A gente era ferro e fogo o tempo inteiro”, lembra Maria Clara.

O lado bom sempre fala mais alto e pode ser listado bem mais fácil: “Isso tem sua vantagem, porque a gente resolve as nossas brigas de uma forma muito sincera. Muito honesta. E a gente é muito parceira na vida. E também ganhar do lado dela não tem nada melhor. Porque aquele abraço é mais verdadeiro do que tudo,” diz Maria Clara.

Dentro da quadra, as posturas, as características como jogadoras e os objetivos são diferentes. Já na vida pessoal, além da história de vida e o vôlei de praia, as irmãs vivem o mesmo momento: a maternidade.

“Sem dúvidas, é a parte mais especial. Porque isso é para a vida. O vôlei é algo que nós temos em comum que é muito legal. Mas a nossa vida é para sempre. A Maria é a minha melhor amiga. A gente está junto o tempo inteiro. A gente divide tudo da nossa vida, conversamos sobre tudo. Uma está ali pra outra para o que der e vier mesmo. Então ter filhos da mesma idade é o maior barato. Até os programas, a gente viajar, saber que um tem ao outro quando a gente está fora. Toda a vez que a Maria tem uma viagem o filho dela vem para casa um pouco, o meu para a casa dela. Isso dá um conforto que não tem preço. Saber que os dois estão juntos é muito legal,” conclui Carol.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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