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Zé Roberto demonstra incômodo e detecta problemas do Brasil



O técnico Zé Roberto passou pela zona mista, após a derrota do Brasil para a Itália na VNL e demonstrou incômodo com algumas abordagens nas perguntas e com sistema defensivo e o passe do time comandado por ele



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Zé Roberto apontou os problemas do Brasil na derrota para a Itália pela Liga das Nações (VNL) (Foto: Mauricio Val/FV Imagem/CBV)

O Brasil finalizou a primeira semana da Liga das Nações (VNL) de 2025 neste domingo (8), quando sofreu a única derrota em quatro jogos. Após a partida, o técnico Zé Roberto Guimarães passou pela zona mista, assim como todos os dias em que a seleção brasileira atuou, e realizou uma avaliação ampla com a visão dele sobre o desempenho de suas comandadas na derrota para a Itália, por 3 sets a 0. O treinador chegou ao local em que o Olimpíada Todo Dia (OTD) estava posicionado incomodado com a abordagem de algumas perguntas, uma delas sobre a saída de Tainara ainda no primeiro set.

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“A gente sabe que vai enfrentar um time que é campeão olímpico, que está acostumado a jogar junto, que tem sincronismo, que é campeão europeu, que é campeão mundial, mas parece que o pessoal não entende muito isso. Parece que a gente, com um time jovem, montado agora, tem que ganhar. Está certo, vamos seguindo”, afirmou Zé Roberto. Antes de falar com o OTD, ele foi questionado porque tirou Tainara ainda no primeiro set e justificou a opção por ela ter cometido erros em sequência, algo que realmente aconteceu no primeiro set.

Erros pesaram contra o Brasil

Os números da partida mostram que os erros foram determinantes para o resultado. As duas seleções fizeram 42 pontos de ataque. Nos outros dois fundamentos, a junção deles, deixou tudo igual também, com o Brasil ganhando em aces (7 a 5) e perdendo em bloqueios (9 a 7). Desta forma, o jogo realmente foi decisivo nas falhas. De acordo com os números oficiais, a seleção brasileira concedeu 23 pontos às italianas, que só deram 11, diferença de 12. Esse número é ainda superior ao apresentado por Zé Roberto, que trouxe dados levantados por sua comissão técnica durante o embate.

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“Tivemos dez erros a mais do que a Itália. Dez! Isso é muito erro em um jogo de três sets. Isso faz uma diferença muito grande. Contra times como a Itália, que não te dão pontos de graça, você não pode errar. Se você erra um, dois pontos, acabou. Dificilmente você vai recuperar porque elas erram pouco. Quando você joga contra time que erra pouco, você não pode dar pontos de graça. Você não pode! Errou um saque, até vai, mas ataque errado, mão na rede, essas coisas são mais complicadas”, destacou Zé Roberto ao OTD.

Problemas detectados

O tricampeão olímpico detectou os problemas apresentados pelo Brasil neste último compromisso da primeira semana da Liga das Nações. De acordo com Zé Roberto, a equipe não foi bem no passe e no sistema defensivo do Brasil. “O passe e o sistema defensivo precisam melhorar. O problema é o parâmetro que esses grandes times vão nos dar para gente poder evoluir. É o que sempre falo, você tem que aprender com quem está na sua frente, o que eles estão fazendo diferente”, apontou o treinador.

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“Eles têm duas opostas muito fortes, ponteiras que defendem bem, algumas têm mais problemas no passe, duas centrais que têm bom posicionamento. Importante lembrar que esse time da Itália está sendo preparado há 15 anos”, completou o técnico. “Agora vamos continuar trabalhando e vendo como é que as coisas vão acontecendo no futuro com esse time que precisa de jogos assim. Precisa pegar do outro lado times melhores, times que vão errar pouco e a gente precisa evoluir nesse quesito, saber que um erro pode custar”, acrescentou.

Terceiro set como ponto positivo

O melhor momento do Brasil na partida aconteceu no terceiro set, quando chegou a ter chances de ganhar. Zé Roberto destaca essa parcial como algo positivo neste domingo. “Eu só gostei do terceiro set. Acho que a gente conseguiu, pelo menos, incomodar a Itália um pouco. Nós temos coisas boas. Ter brigado de igual para igual no terceiro set foi importante. Porém, a gente precisa ter uma precisão muito grande na hora que vai entregar uma bola fácil para fazer todo mundo jogar e essa qualidade do sistema defensivo lá no fundo, quando tocar no bloqueio, de recuperar a bola, poder contra-atacar bem”, disse.

Para concluir, Zé Roberto reforça a importância do trabalho com o sistema defensivo e deve usar a semana de treinos antes da segunda sequência de quatro jogos para realizar um intensivo sobre isso. “Não tem muita coisa para fazer além de treinar. O sistema defensivo é uma coisa difícil de treinar, que requer muita repetição. Você tem que ter muito chão para poder tocar em bolas, lateralidade, leitura, e isso demanda um pouco de tempo”, finalizou o treinador da seleção brasileira feminina, profissional que está no comando desde 2003.

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