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Rosamaria embarca para a Itália rumo aos 1000 pontos

Após o título sul-americano com a seleção brasileira, jogadora volta ao vôlei italiano, onde reencontrará um velho conhecido

Rosamaria Vôlei Casalmaggiore Itália - Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 - seleção brasileira de vôlei feminino
(Ricardo Botelho/Inovafoto/CBV)

Rosamaria embarca nesta segunda-feira (20) para a Itália levando na bagagem os títulos de vice-campeã olímpica nos Jogos de Tóquio e da Liga das Nações, além da medalha de ouro do Campeonato Sul-Americano com a seleção brasileira de vôlei conquistado neste domingo (19), na Colômbia. Em sua terceira temporada em quadras italianas, dessa vez pelo Igor Volley Novara, a oposto/ponteira poderá atingir a marca de 1000 pontos no campeonato nacional.

“Ter mais essa marca será muito importante para mim porque vem sendo especial jogar na Itália, um diferencial na minha carreira. Acredito que esse ano talvez seja um pouco diferente dos outros porque eu era uma das mais experientes nos times, mas tomara que eu atinja esse número e vou trabalhar bastante para isso. Mas, mais que isso, espero poder conquistar vários títulos com a minha equipe e, com certeza, vamos brigar para isso. Não vai ser fácil, mas sei que, pelo elenco que a gente tem, e pela capacidade de trabalhar bastante, poderemos atingir esses objetivos”.

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Em sua primeira temporada na Itália (2019/20), Rosamaria jogou pelo Perugia. Foram 19 jogos e 382 pontos marcados. A competição acabou sendo interrompida pela pandemia do coronavírus. Em seu segundo ano (2020/21), ela defendeu o Casalmaggiore em um total de 24 partidas e com 408 acertos. Com muitos infectados pela Covid-19 no elenco, inclusive na comissão técnica, a equipe não teve condições de disputar os playoffs do campeonato italiano, e terminou eliminada.

Velho conhecido

Para começar a sua passagem pelo Novara, comandado pelo técnico Stefano Lavarini, com quem já trabalhou no Minas Tênis Clube, um dos objetivos poderá ser atingido no próximo dia 2 de outubro, quando será disputada a Supercopa, contra o Conegliano. Antes disso, o Novara tem alguns amistosos programados.

“A Supercopa vai ser importante. Vamos medir forças com um dos nossos maiores adversários e o time a ser batido, que é o Conegliano. Não vai ser fácil porque leva um tempo também para me adaptar com as minhas companheiras de time, com o clube. Mas estou muito confiante porque a gente tem um grupo forte e vai ser uma prova de fogo para a nossa equipe. É o início de uma temporada e, independentemente de qualquer coisa que acontecer, a gente tem de saber que o caminho é longo. Estou bem ansiosa para saber como que a gente vai reagir nessa primeira oportunidade,” avaliou a jogadora.

Recuperação

Rosamaria se recupera de uma ruptura na fáscia plantar do pé esquerdo. O problema começou ainda na reta final do campeonato italiano passado.

“O pique da dor foi durante os Jogos Olímpicos e a medalha de prata teve um valor ainda maior porque a gente sabe que está passando por dificuldades e que mentalmente foi muito forte. Então quando tudo acabou eu disse: “Meu Deus, esse pé vai descansar”. Meu medo, na verdade, era que esse rompimento acontecesse durante as Olimpíadas. Estava com muita dor, mas conseguia ir levando. Infelizmente aconteceu, mas foi no tempo certo. Em Tóquio, nos três, quatro últimos jogos, já não conseguia mais puxar 100% para atacar. Mas a gente sabe que sacrifica muita coisa e passa por cima das dores nos momentos importantes”, afirmou Rosamaria.

O Sul-Americano, na Colômbia, foi o último compromisso da seleção brasileira na temporada. Foi também a primeira competição com a presença do público no ginásio que as brasileiras puderam ver este ano.

“Foi uma sensação estranha e boa ao mesmo tempo. A gente torce que as coisas melhorem ainda mais. A pandemia ainda não acabou, então todos os cuidados têm que continuar a serem tomados. Existem maneiras de fazer o público voltar aos ginásios. Tem tanta coisa já acontecendo no mundo e acho que o esporte merece esse voto de confiança. Mas foi legal ver o ginásio cheio de novo e espero que isso possa acontecer na Itália também. Eu sei que lá eles estão se organizando e se preparando para isso. Aos pouquinhos, as coisas vão voltando ao normal. E é gostoso demais ver o carinho do público de perto, porque nesses últimos anos só tivemos contato através das redes sociais. Então foi bom ver a galera torcendo”, completou Rosamaria.

Brasil x Colômbia Campeonato Sul-Americano de vôlei feminino - Rosamaria

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