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Tóquio 2020

No tie-break e de tirar o fôlego, Brasil consegue virada sobre a Argentina

Após sair perdendo por 2 sets, seleção consegue embalar e derrota rivais argentinos em virada emocionante

Brasil argentina vôlei tie-break jogos olímpicos de tóquio
(Julio Cesar Guimarães/COB)

Depois de estrear com vitória sobre a Tunísia, a seleção de vôlei de masculino voltou à quadra para o segundo desafio nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. E que desafio! O Brasil não foi bem ao encarar a Argentina, grande rival sul-americano. O time demorou para reagir, flertou com a derrota, mas arrancou a vitória no tie-break: 19/25, 21/25, 25/16, 25/21 e 16/14.

Brasil e Argentina estão no chamado “grupo da morte” dos Jogos Olímpicos de TóquiolE, ao lado de França, Estados Unidos, Rússia e Tunísia. Os quatro melhores de cada chave avançam, então, para as quartas de final. Agora, a seleção de vôlei masculino encara a Rússia.

+Tudo sobre o vôlei masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020

Apesar da vitória brasileira, o principal pontuador da partida foi Bruno Lima, que anotou 26 pontos, sendo 22 no ataque. Ainda pelo lado argentino, Palacios fez 19 pontos.

Do lado vitorioso, Leal fez 18 pontos, sendo 17 no ataque. Wallace fechou com 12 ponto e Lucão nove. Destaque para Lucarelli, que fez três aces e três pontos de bloqueio.

O jogo

O Brasil deu indícios que estava muito ligado nos primeiros pontos. Mas isso mudou rapidamente. Bruninho não se acertou com Isac, Leal, bem marcado, teve dificuldades para virar e Lucarelli sofreu com o posicionamento argentino.

Se o ataque brasileiro não virava, o argentino sobrava. Bruno Lima, Palacios e Loser deitaram e rolaram. O bloqueio brasileiro não tocava e De Cecco deu show. Levantamento de uma mão, tempo atrás, pipe e tudo muito perfeito.

Para piorar, a recepção brasileira sofreu demais com o saque argentino. Bruninho teve que correr demais atrás da bola. Renan até tirou Leal, que não estava bem e colocou Douglas Souza.

Só que a Argentina, muito mais organizada, foi abrindo vantagem e o Brasil não conseguiu chegar. Foi assim nos dois primeiros sets. Toda tentativa brasileira era imediatamente rechaçada. Era preciso mexer.

Brasil argentina vôlei tie-break jogos olímpicos de tóquio
Demorou para embalar, mas Brasil consegue virada sobre a Argentina (Julio Cesar Guimarães/COB)

Outro jogo

E Renan mexeu. Cachopa voltou no lugar de Bruninho, a recepção melhorou muito e o ataque passou a virar. O trio Leal, Wallace e Lucarelli se encontrou na partida. Melhor que isso, Cachopa fez Lucão ser outra peça pelo meio. Com tantas opções no ataque, o Brasil foi criando uma certa vantagem e a Argentina sentiu.

Embalado, o Brasil desandou a fazer pontos. Tudo funcionava como manda o figurino. Saque forte, passe na mão, ataque virando e recepção perfeita. O resultado não poderia ser outro, set ganho e com diferença de nove pontos.

Mas o embalo passou no começo da quarta parcial. A Argentina ressurgiu e repetiu o desempenho dos dois primeiros sets. Renan não titubeou, tirou Bruninho e colocou Alan no lugar de Wallace. Os argentinos venciam por seis pontos de diferença e já sonhavam com uma vitória.

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Só que o Brasil não veio para brincar em Tóquio. Leal emendou uma sequência incrível de saques, o adversário sentiu, de novo, o momento e abaixou a guarda. Com um ace, Lucarello forçou o tie-break.

Definição

Um ponto lá, outro aqui e muita igualdade. Bruno Lima e Leal duelaram até o fim. Mas a confiança do Brasil era visível, enquanto os argentinos estavam atônitos com a reação.

E, na bola final, Conte tremeu. Tirou o braço, quis explorar o bloqueio e deu um balão para fora.

Seleção de vôlei masculino:

Levantadores:
Bruninho (Modena/Itália)
Cachopa (Sada Cruzeiro)

Opostos:
Wallace  (Sada Cruzeiro)
Allan (Kuzbass Kemerovo/Rússia)

Ponteiros:
Leal (Modena/Itália)
Lucarelli (Trentino/Itália)
Douglas Souza (Taubaté)
Maurício Borges (Vibo Valentia/Itália)

Centrais:
Maurício Souza (Minas)
Lucão (Campinas)
Isac (Sada Cruzeiro)

Líbero:
Thales (Taubaté)

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