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Zé Roberto faz apelo contra fuso à FIVB: “Temo pela saúde”

José Roberto Guimarães, técnico da seleção brasileira de vôlei. Foto: Luiz Fernando Teixeira / Olimpíada Todo Dia

O técnico José Roberto Guimarães aproveitou o treino aberto à imprensa nesta terça-feira (20) para fazer um pedido à Federação Internacional de Voleibol (FIVB). O treinador falou sobre a participação da equipe no Grand Prix durante entrevista coletiva realizada em Barueri (SP). A jornalistas, Zé Roberto criticou as constantes mudanças de fuso horário previstas na tabela.

“Nós vamos sair daqui para a Turquia com uma semana de antecedência. Sairemos da Turquia e vamos para o Japão, onde são sete horas de fuso. Depois, a gente volta para o Brasil para jogar em Cuiabá. Saímos de Cuiabá, se nos classificarmos, e vamos para a China. Eu queria fazer uma reivindicação à Federação para que revisse essa situação de deslocamento. O ideal para a gente seria sair do Brasil, ir para a Europa e depois Ásia. Agora é muito desgaste, eu temo pela saúde das jogadoras”, detalhou o comandante da seleção feminina.

O treino

Zé Roberto comandou um treino focado em técnicas defensivas. As atletas que conquistaram o título do Montreux Volley Masters no último dia 11 se uniram à levantadora Macris e à oposta Monique para os preparativos visando o Grand Prix. De acordo com o treinador, os torcedores poderão ver mais evoluções no desempenho da seleção à medida em que o time for se ajustando.

“Durante o nosso período de treinamento, as jogadoras participaram do Mundial de clubes. Nós tivemos com elas praticamente dez dias para sincronizar, deixar a coisa um pouco mais ajustada. Nós chegamos na segunda-feira e jogamos na terça e na quarta”, lamentou Guimarães. “Encontramos a Polônia e depois a Alemanha, que estava ajustadinha. Ela vinha do quali europeu com cinco jogos nas costas e jogando bem. Conseguimos jogar essas duas partidas, mas vimos problemas principalmente no sistema defensivo. A gente ajustou isso nos treinamentos lá em Montreux e as coisas começaram a sair com uma naturalidade muito maior”, avaliou.

Foto: Leandro Martins/MPIX/CBV

Nunca satisfeito

Mesmo com o título, Zé Roberto garantiu que ainda não está satisfeito. Para ele, pontos fortes como o bloqueio e os contra-ataques ainda precisam ser desenvolvidos. O treinador acredita que a afinidade entre as atletas será fundamental para o Grand Prix, especialmente ao encontrarem seleções de diferentes escolas.

“Técnico nunca está satisfeito. Acho que tem muita coisa a ser trabalhada ainda, esse sincronismo, essa afinidade entre as passadoras. Tudo isso é tempo, prática e experiência. O que a gente quer é cada vez mais esse discernimento e essa sensibilidade para que nosso passe seja sempre um dos melhores. Nosso time não é um time alto. Nós precisamos jogar com a bola na mão para imprimir a velocidade que a gente precisa contra todos os times do mundo”, concluiu.

Zé Roberto comanda a seleção brasileira em dois amistosos contra a Polônia antes da disputa do Grand Prix. O primeiro no dia 27 de junho em Belo Horizonte (MG), e o segundo no dia 29 de junho em São Paulo (SP). A estreia da equipe no Grand Prix será contra a Bélgica no dia 7 de julho, na Turquia. Clique aqui e confira a tabela completa do Grand Prix de vôlei.

Jornalista baiana, soteropolitana, faconiana. Mestrado em jornalismo esportivo pela St. Mary's University, do Reino Unido. Bolsista Chevening 2015/2016.

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