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Paralimpíada Todo Dia

Dias mágicos Rio 2016, por gentileza, multipliquem e virem rotina!

A colunista Mônica Valentin relembra reações causadas nos torcedores que assistiram aos esportes paralímpicos durante a Rio-2016

Divulgação/CPB

Estava eu andando pelo Parque Olímpico durante as Paralimpíadas do Rio 2016 e me deparo com um pequeno grupo de pessoas conversando com muita empolgação. Fiquei curiosa e prestei mais atenção para entender o assunto. Um contava para os outros a emoção que vivenciou no jogo de goalball. O garoto contador de histórias entretinha os demais ao demonstrar a habilidade da jogada e como foi difícil controlar a vontade de comemorar o gol, devido ao silêncio necessário para os jogadores que são deficientes visuais. Eu sei que não é bonito escutar a conversa alheia, mas eu não estava acreditando naquela cena! Rs.

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Poucos dias depois recebi uma foto de algumas crianças que pegaram as traves do futebol, juntaram as duas deitadas na grama para fazer a rede para jogarem vôlei sentado no parque. E outra, de uma criança que quis tirar um braço de seu boneco para que se tornasse um atleta paralímpico. Foram momentos de extrema alegria e esperança. Seria o tímido início de uma sociedade mais inclusiva? Seria um novo normal sobre o esporte paralímpico? Os anos se passaram e infelizmente ainda são meras memórias especiais praticamente guardadas só na minha mente. Ainda não é real para todos.

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Mas eu quero sonhar com isso! Porque não?

Lindo seria se o ano dos Jogos Paralímpicos fosse levado à sério tanto quanto o ano da Copa do Mundo de Futebol. Queria eu que as pessoas também ficassem ansiosas para a divulgação da convocação dos atletas. Queria ter a “roupa de ir torcer”. Você vai assistir esporte paralímpico com camiseta da CBF, com as estrelas do Penta?

Queria que todo mundo se empolgasse com as rivalidades entre os países. Brasil x Argentina no futebol de cegos também pode render memes, gente! E o Irã sempre incomodando no vôlei sentado… A cada Paralimpíada uma nova leva de chineses surpreendendo. Ahhh, tem tanta coisa para gente conversar sobre!

Esse é o lado do torcedor, mas os empresários também podem embarcar nesse sonho! Criando campanhas publicitárias estonteantes como se fosse um intervalo do SuperBowl. Criatividade eu sei que não falta por aí!

É, ainda é tudo sonho! Pode ser utopia ou somente uma realidade distante. Mas não quero só lamentar aqui, eu vim te convidar a fazer a diferença. Eu estou tentando fazer a minha parte, dentro do meu universo, dentro da minha comunidade, da minha rede de contatos. Tipo igual o sentimento e conscientização que aprendemos a ter com economia de luz, água e reciclagem de lixo. Trabalho de formiguinha, anos até virar um hábito e uma saudável prática. Com o esporte paralímpico não é diferente no meu ponto de vista. Comece seguindo os atletas nas redes sociais, comente com os seus amigos sobre seus feitos. Incentive seu amigo empresário a contratar pessoas com deficiência e a patrocinar o esporte paralímpico. Ajude a cobrar por medidas acessíveis. Vamos abrir espaço que temos muito o que aprender ainda! Se abra para o universo paralímpico!

A AUTORA DO BLOG UNIVERSO PARALÍMPICO

Foto divulgação Monica Valentin UNIVERSO PARALÍMPICO

Mônica Valentin é graduada em Publicidade e Propaganda pela Universidade de Mogi das Cruzes, com MBA Executivo em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas, pós-graduação em Gerenciamento Esportivo pela Griffith University/Austrália, Master da FIFA/FGV/CIES em Gestão, Marketing e Direito no Esporte e pós-graduação em Marketing Digital pela ESPM & Digital Marketing Institute.

Dezessete anos de carreira na área de marketing e comunicação. Já trabalhou no segmento de outdoor, universidade, jornais e televisão. Atuou na área de Operações da Maratona de Gold Coast/Austrália, foi colunista na J. Cocco Sportaiment Strategy, atendeu o Sport Club Corinthians Paulista, até ingressar no esporte paralímpico, em 2013, no Comitê Paralímpico Brasileiro, onde ficou na área de marketing por três anos e depois por mais dois na área de esportes. No início de 2018, assumiu a carreira do nadador paralímpico Daniel Dias e do marketing do Instituto Daniel Dias. No ano seguinte, abriu sua própria empresa para ampliar o agenciamento à atletas paralímpicos. Durante as Paralimpíadas de Tóquio tinha seis dos sete agenciados em atuação conquistando medalhas. Também em 2021, começou a trabalhar na Confederação Brasileira de Skate para o gerenciamento do patrocínio das Loterias Caixa.

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