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Tóquio 2020

Em visita a Bolsonaro, comitês celebram zero casos de Covid em atletas

Nos Jogos em meio à pandemia, delegações brasileiras não tiveram atletas com o novo coronavírus

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(Foto: Júlio Dutra/ Min. Cidadania)

Com um certo atraso, o presidente Jair Bolsonaro recebeu atletas olímpicos e paralímpicos que competiram nos Jogos de Tóquio-2020. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto, contou com alguns atletas como Maria Carolina Santiago, Thiago Braz e Mayra Aguiar. O evento celebrou a participação brasileira no Japão, principalmente pelo compromisso dos comitês nacionais de não propagar o vírus da Covid-19.

Além do presidente Jair Bolsonaro, estiveram no palco a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, o presidente do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), Mizael Conrado, e o vice-presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Marco La Porta.

“Que imagem maravilhosa estamos tendo neste momento. Na linha de frente, no destaque, essa garotada que estava representando o Brasil do outro lado do mundo e dignificando o nosso país. Mais ainda, a satisfação de ver o verde e amarelo aqui dentro do Palácio da Presidência da República”, disse Jair Bolsonaro, que não usou máscara no evento.

Sempre ressaltando seu histórico de atleta, o presidente agradeceu a presença de medalhistas e atletas que estiveram no evento. “Cada vez que lá do outro lado do mundo entre aquelas três bandeiras subia uma verde e amarela, era uma vibração enorme aqui. Muito obrigado por esses momentos de alegria que vocês proporcionaram para todos os brasileiros”.

Primeiramente, a cerimônia estava marcada para o dia 9 de setembro, mas não havia clima logo após as manifestações com uma agenda antidemocrática do dia 7 de setembro.

Medalha invisível

Mas o principal discurso do evento ficou por conta de Marco La Porta, que ressaltou o brilhantismo do Brasil ao participar dos Jogos de Tóquio e não ter sequer um caso de Covid entre os atletas.

“Tínhamos uma missão impossível. Era levar mais de 300 em meio à uma pandemia. Com o nosso protocolo, críamos nossas medalhas invisíveis. O Brasil não levou vírus para o Japão. O Brasil não teve nenhum integrante de sua delegação com teste positivo durante nossa estadia no Japão”, finalizou o vice-presidente do COB.

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Atletas paralímpicos são homenageados no Palácio do Planalto (Foto: Júlio Dutra/ Min. Cidadania)

A fala de Marco La Porta vai na contramão da narrativa que o presidente Jair Bolsonaro defende, não à toa a comitiva brasileira que foi a Nova York para a abertura da Assembleia-Geral da ONU teve dois casos de Covid, um deles Marcelo Queiroga, ministro da Saúde.

A delegação paralímpica do Brasil em Tóquio teve dois casos, mas não de atletas. Inclusive, 100% dos atletas paralímpicos viajaram imunizados ao Japão.

Cidadania

Além de ressaltar o trabalho em conjunto na preparação e execução dos Jogos de Tóquio, o presidente do CPB, Mizael Conrado, fez um discurso voltado para a inclusão social. “Essas medalhas são produto de muita luta e trabalho, mas elas representam o potencial de milhares de pessoas com deficiência no Brasil.”

Mizael seguiu defendendo o esporte paralímpico como inspiração, mas principalmente como programa de socialização da pessoa com deficiência. “Se eles podem ser campeões, por que não podem viver com condições de igualdade com qualquer um na sociedade? Estudar na sua escola ou trabalhar na sua empresa? Essa é a mensagem do esporte paralímpico transmite, do potencial dessas pessoas”.

Destaques

Entre os atletas olímpicos, estiveram presentes Thiago Braz, ouro nos Jogos Rio 2016 e bronze em Tóquio, no salto com vara, Hebert Conceição, ouro no boxe na categoria até 75kg no Japão, e a judoca Mayra Aguiar, medalhista de bronze em Tóquio e nas edições do Rio2016 e Londres 2012 na categoria até 78kg.

O esporte paralímpico foi representado por diversos expoentes, como a nadadora Carol Santiago, principal medalhista brasileira em Tóquio com três medalhas de ouros (nos 100m peito, nos 100m e 50m livre, esta última também com recorde paralímpico), uma prata (revezamento 4 x 100m) e um bronze (100m costas).

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Maria Carolina Santiago durante a cerimônia no Palácio do Planalto (Foto: Júlio Dutra/ Min. Cidadania)

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A o evento ainda contou com outros campeões paralimpícos, como Silvânia Costa (ouro em Tóquio no salto em distância), Yeltsin Jacques (ouro em Tóquio nos 5.000m e 1.500m na classe T11 e responsável pela centésima medalha de ouro da história do Brasil em Jogos Paralímpicos), Maciel Santos (ouro no Rio 2016 e bronze em Tóquio, na bocha), Fernando Rufino (ouro em Tóquio na canoagem), Jovane Guissone (ouro em Londres 2012 e prata em Tóquio na esgrima), Cassio Reis (ouro em Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2021 no futebol de 5) e Wendell Belarmino (ouro, prata e bronze em Tóquio na natação), entre outros.

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