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Gabriel Bandeira se define como “uma pessoa que se diverte nadando”

A promessa virou realidade em Tóquio, Gabriel Bandeira é recém chegado ao movimento paralímpico e já garantiu duas medalhas na Paralimpíada; conheça mais o atleta

Alê Cabral / CPB

Tóquio – Requisitado pelos repórteres internacionais em locais de entrevista. Muito esperado pelo público que acompanha a natação. Gabriel Bandeira chegou, chegando. Para se ter uma noção, foi em 2020 que ele competiu pela primeira vez na modalidade paralímpica. Na Paralimpíada de Tóquio 2020, o atleta já levou para casa duas medalhas (um ouro e uma prata) e pode vir mais. Sorriso sempre estampado, nem a máscara esconde. Mas quem é Gabriel Bandeira? “Uma pessoa que se diverte nadando”, ele diz.

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“Não sei não (o que passa pela minha cabeça em estar numa Paralimpíada). Eu fico muito feliz com isso, quando eu era menor não acreditava que eu ia chegar aqui não. Principalmente nesses últimos tempos, que eu estava duvidando um pouco de mim, mas esse tempo que a gente ficou preso no quarto (em isolamento), eu coloquei a cabeça no lugar e deu certo,” contou depois da sua primeira medalha de ouro.

Gabriel Bandeira, natação, paralimpíada Tóquio 2020
(Miriam Jeske/CPB)

Gabriel Bandeira competia na natação convencional desde os 11 anos. Depois de algumas dificuldades de evolução nos treinos, foi submetido a alguns testes e foi constatada uma deficiência intelectual. Ele está no esporte paralímpico há pouco mais de um ano: “Eu acho que eu encontrei meu mundo. As pessoas são muito gentis comigo. Todo mundo é muito amigo e a transição do olímpico pro paralímpico foi uma coisa muito leve, muito tranquila.”

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Desde que chegou, não parou de ganhar. Na sua primeira competição: quatro recordes brasileiros. No início desse ano, mais seis melhores tempos das Américas. Pressão? “Por enquanto tá tranquilo, eu tô vivendo um momento de cada vez.”

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O atleta conquistou o primeiro ouro da natação paralímpica desde André Brasil e Daniel Dias. Sobre isso ele brinca: “Primeiro eu acho que cai um pouquinho de pressão, mas eu tento ficar tranquilo com isso porque é só repetir o que eu fiz no treino e no treino eu fico tranquilo. Então só repetir. Eu acho que tem muita coisa pela frente.”

Estar em uma Paralimpíada é para ele realizar um desejo grande: “Vix. É aquele sonho de criança quando você vê alguém na televisão pegando medalha e quando chega no pódio ouvir o hino. Queria ouvir isso pra mim e eu consegui.”

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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