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Tóquio 2020

Mestre sala e porta-bandeira? Bruninho celebra “grande marco” e igualdade

Ao lado de Ketleyn Quadros, Bruninho representará o vôlei e brinca com energia carnavalesca para inovar na cerimônia de abertura

Miriam Jeske/COB

A cerimônia de abertura é um dos momentos mais esperados pelo grande público quando se fala em Jogos Olímpicos. No entanto, muitas modalidades não conseguem participar. Bruninho, do vôlei, teve a sorte de conseguir estar na dos Jogos de Pequim 2008 e Rio 2016. Agora, em Tóquio 2020, o levantador vai experimentar uma sensação diferente e ainda mais especial em ser porta-bandeira ao lado de Ketleyn Quadros, do judô.

“Estou muito feliz. Eu falo pra todo mundo, que pra mim sinceramente a ficha nem caiu. Porque é algo bem grande. Representar não só o Time Brasil, mas o povo brasileiro, todo mundo e o sonho de qualquer atleta é disputar uma Olimpíada. Você chega aqui a maior emoção entrar na Vila e tal. Poder falar isso aí realmente vai ser emocionante”, contou Bruninho.

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Ele não estará sozinho. Nesse ano, a escolha poderia ser dupla desde que tivessem um homem e uma mulher. Avanço em prol da igualdade, comemorado pelo atleta: “Sem dúvidas importante. E está demonstrando tudo que a gente vem, não só as mulheres, mas todas as pessoas, vem conquistando. Essa questão de hoje, o número de homens e mulheres tá praticamente igual. Então isso é igualdade total.”

Ao lado de Bruninho, uma atleta que está na história do esporte feminino do Brasil: “E a Ketleyn é uma guerreira. Para mim vai ser uma honra estar do lado dela. Primeira medalhista individual feminina olímpica. Fui buscar até um pouco mais de toda a história dela e é muito importante ver mais uma história inspiradora que tem no esporte. Então é isso que o Brasil precisa, o mundo precisa. Então acho que o que todas as delegações vão ver é um grande marco para as pessoas entenderem que existe essa igualdade no esporte hoje. E que isso sirva de inspiração e exemplo pra todos”.

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O frio na barriga é diferente, mas não pode ser levado de forma ruim, mas sim uma forma de levar sua modalidade para o holofote da cerimônia: “Eu estou procurando viver um dia de cada vez. No dia ali vai ser diferente. Eu treinei mais do que o normal, com certeza não importa a experiência, acho que isso é muito emocionante assim. Com certeza vai passar todo um filme na minha cabeça. Principalmente do voleibol, todo mundo, que passou por aqui e fez tanto pelo voleibol e acho que marca tudo isso. Marca o esporte, que tanto tem dado alegria pro Brasil.”

Preparativos? Mestre sala e porta bandeira?

Com as regras e protocolos do Covid-19 em Tóquio 2020 não terá treino ou qualquer contato antes da cerimônia. Quem vai levar mais a bandeira? “Ninguém falou nada ainda, a Ketleyn pode aguentar até mais eu acho, porque ela está mais acostumada no tatame com o judô. Vamos ver como vai ser. Como vai ser esse procedimento, mas vai ser algo especial.”

Bruninho não teve tempo de pensar em fazer algo diferente, mas vai apostar numa energia carnavalesca: “Alguma coisa de mestre sala e porta bandeira. Eu vou começar a olhar no YouTube. Tipo Carnaval, acho que tem tudo a ver com o Brasil também. Carnaval é um dos marcos do Brasil. Talvez alguma coisa de mestre salas e porta-bandeiras possa ficar bacana”, brincou.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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