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Lauro Chaman e Jady Malavazzi são esperanças sobre rodas

Medalhistas em mundiais e em etapas da Copa do Mundo, Chaman e Malavazzi vão à Paralimpíada para brigar no topo

Lauro Chaman e Jady Malavazzi, do paraciclismo (Montagem OTD)

Diferentemente do ciclismo olímpico brasileiro de pista e estrada que não terá nenhum atleta em Tóquio-2020, o paraciclismo conta com Lauro Chaman e Jady Malavazzi para brigarem por pódio na Paralimpíada daqui exatamente um ano.

Lauro Chaman é extremamente versátil e pedala tanto na pista quando na estrada. No Mundial de 2020, ele saiu da competição com duas pratas e um bronze. Na estrada, Chaman ficou com o bronze na classe C5 em 2020 e foi prata em 2018.

Por sua vez, Jady Malavazzi é a principal atleta brasileira do hand bike, modalidade exclusiva do paraciclismo de estrada. No Mundial de 2018, ela conquistou o bronze na prova de resistência da classe WH3 e foi sétima no contrarrelógio. Contudo, ela precisou passar por uma cirurgia em 2019 e não medalhou no Mundial do mesmo ano.

Os dois ciclistas possuem rodagem internacional e devem ser os escolhidos para representarem o Brasil no Japão. Isso porque as vagas não pertencem aos atletas, e sim ao CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) e à CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo).

“As três vagas (duas na estrada e uma na pista) confirmadas foram atribuídas ao final do primeiro período classificatório, ainda em 2018, onde foi distribuído um numero de vagas para cada continente. E dentro do continente, cada país poderia ter no máximo uma vaga masculina e uma vaga feminina, de acordo com a posição de cada país no ranking mundial de nações da UCI”, explica Edilson Rocha “Tubiba”, coordenador do paraciclismo na CBC.

Chama acesa

Em grande forma, Lauro Chaman é um nome certo na briga por medalhas na Paralimpíada de Tóquio. Com uma prata e um bronze na Rio-2016, o ciclista busca a única medalha que falta do pódio paralímpico. ”Eu luto e me preparo da melhor maneira possível para subir ao pódio e trazer o ouro”.

Apesar de ter começado a participar de competições grandes desde 2010, Lauro Chaman só passou a viver de ciclismo em 2014. Apesar do pouco tempo, o atleta não parou de colecionar grandes conquistas no período, como o título mundial e o dos Jogos Parapan-Americanos de 2015, em Toronto.

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Em busca do ouro paralímpico, a medalha que falta para Lauro Chaman (Divulgação/CBC)

“Mesmo com o título mundial, as medalhas no Rio de Janeiro são as maiores conquistas. Por ser em um Paralimpíada, por toda a minha família estar presente, meus amigos, por tudo que significou. As medalhas da Rio-2016 são mais importantes para mim”, disse Lauro Chaman que é dono das duas primeiras medalhas paralímpicas da história do país na modalidade.

Para Tóquio, Lauro Chaman, que conseguiu manter as conquistas no ciclo, espera conquistar a única medalha do pódio paralímpico que falta. “Não sei se vou conseguir conquistar uma medalha (por causa da pandemia do coronavírus), mas eu luto e me preparo da melhor maneira possível para subir ao pódio e trazer o ouro”.

Entre as melhores

Conquistas que vão desde etapas da Copa do Mundo aos mundiais. Jady Malavazzi é a referência brasileira quando se fala em hand bike, modalidade do paraciclismo de pista em que se pedala com as mãos.

Em 2019, Jady Malavazzi foi detectada com uma ferida na região do glúteo e quadril. Ela teve que passar por uma cirurgia e quase não treinou por dois meses.

jady malavazzi tóquio paralimpíada
Entre as melhores do mundo, Jady vai brigar pelo topo em Tóquio-2020 (Fotogliso)

Mesmo assim, a atleta no Campeonato Mundial de 2019 foi a 7ª no contrarrelógio e a 6ª colocada na prova resistência do ciclismo de estrada.

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“Depois de um ano atípico, saio extremamente feliz com o resultado alcançado. Somei importantes pontos para o ranking, o que dará tranquilidade para trabalhar com foco total para os Jogos Paralímpicos de Tóquio em 2020”, disse Jady à época em entrevista ao “Mackenzie”.

Na Rio-2016, seu melhor resultado foi um 10º lugar na prova de resistência do ciclismo de pista e um sexto lugar na prova do contrarrelógio. Para Tóquio-2020, a expectativa é melhorar esses resultados.

E diante de tudo o que ela fez durante o ciclo, uma medalha á algo bem plausível para a Paralimpíada em 2021.

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