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Legião de campeões vai brilhar no atletismo paralímpico

A um ano da Paralimpíada, atletismo do Brasil tem 13 campeões mundiais e vários paralímpicos para fazer história no Japão

Petrúcio Ferreira vai ao Mundial de atletismo paralímpico em Dubai
Petrúcio Ferreira é o homem mais rápido do esporte paralímpico e pode competir com atletas convencionais. Foto: Divulgação/CPB

Principal esporte paralímpico do Brasil, o atletismo tem tudo para daqui exatamente um ano seguir puxando o país para cima no quadro de medalha da Paralimpíada de Tóquio-2020. Petrúcio Ferreira e Beth Gomes são as caras mais conhecidas, mas há muito mais gente boa que chegará no Japão como favorito.

Claudiney Batista, Rayane Soares, Júlio César Agripino, Thiago Paulino, Daniel Tavares, Thalita Simplício, Jerusa dos Santos, Lucas Prado, Alessandro Rodrigo, João Victor Teixeira e Cícero Valdiran são atuais campeões mundias e muitos detentores de recordes mundiais.

Para se ter uma ideia, no Mundial de Dubai em 2019, o Brasil conquistou 39 medalhas, sendo 14 de ouro. Ou seja, tem 13 campeões mundiais, já que Petrúcio Ferreira venceu os 400 m e os 100 m na classe T47. É muita qualidade no alto rendimento do atletismo paralímpico.

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Expectativa

Na última edição dos Jogos Paralímpicos, na Rio-2016, o esporte faturou 33 medalhas, sendo nove de ouro. Para Tóquio-2020, dá para acreditar em um desempenho melhor, tanto em número de medalhas quanto em ouros.

Elizabeth Gomes teve um 2019 inesquecível (Daniel Zappe/EXEMPLUSCPB)

Mesmo porque além de 14 medalhas de ouro no Mundial de Dubai 2019, os brasileiros ainda quebraram 21 vezes recordes do campeonato e mundiais. Um desempenho incrível e que dá fôlego para Tóquio-2020.

Obviamente que a pandemia irá influenciar. Afinal, nunca houve uma distância de dois anos entre um mundial e uma edição de paralimpíada. Fora que o calendário está todo bagunçado e reclassificação funcional pode ser feita dias antes do início dos Jogos em 2021.

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Se nada muito anormal acontecer, esses treze campeões mundiais reúnem condições para repetirem o feito, assim como os demais medalhistas. A expectativa para a Paralimpíada de Tóquio-2020 é tão grande quando o desempenho dos atletas brasileiros no ciclo paralímpico.

Claudiney Batista campeão com recorde no Mundial de Atletismo Paralímpico
Claudiney Batista vibra com o ouro no Mundial de Dubai 2019 (Daniel Zappe/Exemplus/CPB)

As feras

Petrúcio Ferreira é o atleta paralímpico mais rápido da história. Ele é o atual campeão olímpico nos 100 m T47, prova em que é bicampeão mundial e tem o recorde mundial de 10s42.

Elizabeth Gomes conquistou ouro no lançamento de disco nos Jogos Parapan-Americanos de Lima e no Mundial de Atletismo em Dubai, onde bateu o recorde mundial da prova (16m89) na classe F52.

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Claudiney Batista é uma fera no lançamento de dardo e atual campeão paralímpico. O recorde mundial na classe F56 é dele (46m68), bem como o ouro no Mundial de Dubai 2019.

Thiago Paulino paralimpíada tóquio
Thiago Paulino quebrou o recorde mundial três vezes só em 2019 (Alê Cabral/CPB)

Thiago Paulino é uma máquina de quebrar recordes mundiais no arrmesso de peso na classe F57. Só em 2019, foram três quebras, fora a conquista do bicampeonato no Parapan de Lima e o bicampeonato no Mundial de Dubai.

Alessandro Rodrigo da Silva é recordista mundial no arremesso de disco na classe F11. Ele conquistou a medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos Rio-2106, é bicampeão mundial e soma quatro ouro parapan-americanos.

Alessandro Rodrigo foi ouro no Mundial de Atletismo Paralímpico de Dubai no lançamento de disco tóquio paralimpíada
Campeão na Rio-2016, Alessandro Rodrigo quer repetir o feito em Tóquio (Ale Cabral/CPB)

+ Paratletas brasileiros classificados

Daniel Tavares Martins é o maior corredor do mundo na classe para deficientes intelectuais. Ouro nos 400 m T20 da Rio-2016, quando bateu o recorde mundial (47s22), ele sagrou-se campeão do mundo da mesma prova, ao vencer a disputa em Londres.

Olho nelas

Jerusa dos Santos é a cega mais rápida do mundo. Ela é recordista mundial, campeã parapan-americana e mundial nos 100 m da classe T11. Só falta o ouro paralímpico. Ela já soma dois bronzes e uma prata.

Jerusa Santos tóquio paralimpíada
Jerusa Santos ouro no Mundial de Dubai (Daniel Zappe/Exemplus/CPB)

Rayane Soares estreou em mundiais paralímpicos com o ouro nos 400 m da classe T13. Com o resultado, ela garantiu sua presença em Tóquio, onde também fará sua estreia em Jogos Paralímpicos.

Thalita Simplício venceu a prova dos 400 m T11 no Mundial, com o tempo de 56s85, o melhor da carreira. Na Rio-2016, ela ficou com a prata e tem tudo para sair com o ouro no Japão.

Olho neles

Júlio César Agripino é um fundista da classe T11, especialista na prova de 1.500 m. Na Rio-2016, ele passou longe do pódio, mas o ouro no Mundial de Dubai o credencia para ser um dos favoritos no atletismo em Tóquio.

Lucas Prado é um veterano que ainda luta no topo. Em Pequim-2008, ele saiu com três ouros e foi chamado de o ‘cego mais rápido do mundo’. Em Londres vieram mais duas pratas, mas ele passou em branco na Rio-2016. Com o ouro no Mundial de Dubai nos 100 m T11, Lucas renasceu para as pistas e virá embalado em 2021.

Lucas Prado no Mundial de Atletismo Paralímpico paralimpíada
Com experiência de sobra, Lucas Prado quer encerrar a carreira medalhando na Paralimpíada do japão (Daniel Zappe/Exemplus/CPB)

Cícero Valdiran não conseguiu medalhar na Rio-2016 e está com fome de medalha para Tóquio-2020. Em 2019, o atleta do lançamento de dardo foi campeão mundial na classe F57 e ouro no Parapan de Lima.

João Victor Teixeira é mais um que não conseguiu medalha na Rio-2016 e vem melhor e mais preparado para Tóquio-2020. Campeão mundial no arremesso de disco na classe F37, o atleta evoluiu muito nos últimos anos e mira a Paralimpíada de Tóquio como grande objetivo.

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