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Tênis

Djokovic pede contribuição de tenistas em fundo para atletas

Atleta número um do planeta quer mostrar que os tenistas não tão bem ranqueados não foram esquecidos

Novak Djokovic
Novak Djokovic é o atual número um do ranking masculino (Foto: Instagram/djokernole)

Atual número um do planeta, o tenista Novak Djokovic realizou um pedido para que seus colegas de quadra contribuam no fundo destinado a atletas da modalidade que estão passando por dificuldades devido a pandemia do coronavírus.

Segundo o sérvio, a ideia em contribuir no fundo serve para demonstrar aos atletas de ranking mais baixos que eles não foram esquecidos. Chefe do conselho de jogadores da ATP, Novak Djokovic já havia discutido a criação desta ação com grandes nomes da modalidade, como Roger Federer e Rafael Nadal.

“Tenho realmente o privilégio de poder usar meu status de jogador importante que pode, neste momento, aumentar a conscientização sobre esses atletas que estão sofrendo”, declarou Djokovic durante uma transmissão no Instagram com o italiano Fabio Fognini na terça-feira (21), segundo a agência Reuters.

+ Nadal diz não entender motivo da paralisação dos torneios

Na quarta (22), as principais entidades ligadas ao tênis, como ATP, WTA, ITF, além das federações francesa, inglesa, australiana e norte-americana, anunciaram a criação de um plano de assistência financeira aos jogadores que estão sendo afetados pela suspensão do circuito.

Apesar de não comentar sobre valores, a criação do fundo foi aprovada pelo atual melhor tenista do planeta, que aproveitou ainda para fazer um apelo por doações feitas por atletas que estejam bem financeiramente.

“É difícil pressionar os jogadores a darem dinheiro, independentemente de suas posições no ranking. Eu compreendo que há diferentes opiniões. Então, eu convido qualquer um que goste de tênis, que quer que o tênis sobreviva como um esporte”, declarou Djokovic relembrando ainda que os atletas mais bem ranqueados vivem uma situação privilegiada.

“Eu pessoalmente ganhei dinheiro suficiente para viver por muitos anos sem jogar tênis. Os jogadores individualmente podem ajudar o quanto quiserem”, completou Novak Djokovic.

Dificuldades nos rankings mais baixos

Com o calendário da modalidade suspenso até, pelo menos, o meio de julho devido a pandemia do coronavírus, vários tenistas começaram a relatar os efeitos do longo período sem competições a serem disputadas.

Isso porque uma boa parcela dos tenistas não consegue se manter apenas de patrocínios, como é o caso de Novak Djokovic e os tenistas mais bem ranqueados, e tiram o seu “salário” das premiações dos torneios que acontecem mundo afora.

Mitchell Krueger vive com problemas financeiros nessa quarentena (AP Photo/Kin Cheung)

Um dos tenistas a reportar esse tipo de dificuldade foi o norte-americano Mitchell Krueger. Aos 26 anos, o número 195 do planeta se inscreveu para receber benefícios de desemprego nos Estados Unidos. Krueger chega até mesmo a questionar se alguns atletas voltarão a jogar após finalizada a pandemia.

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“Existem muitos jogadores que sentem que não podem sobreviver sem ganhar dinheiro. Depois de um tempo, eles podem entrar em outra coisa e perceber que talvez seja melhor. Se isso continuar nos próximos meses, será que eles vão se incomodar em tentar voltar e jogar de novo?” disse Krueger, que ganhou US $ 39.264 em prêmios em 2020, antes da paralisação. “Eu mentiria se dissesse que toda essa situação não me levou a considerar um pouco o que faria”, finalizou.

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