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Santiago 2023

Almir Júnior supera medalhista mundial e é prata no salto triplo

Brasileiro cravou 16m92 no Estádio Nacional e se intrometeu entre os cubanos Lázaro Martínez e Cristian Nápoles, que foram ao pódio este ano em Budapeste

Almir Júnior medalha de prata salto triplo jogos pan-americanos santiago 2023
(Andrey Heuler/Santiago 2023)

Santiago – O brasileiro Almir Júnior conquistou a medalha de prata na prova de salto triplo disputada nesta sexta-feira (3), penúltimo dia do atletismo dos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Ele alcançou 16m92 e ficou apenas atrás dos 17m19 registrados pelo cubano atual vice-campeão mundial Lázaro Martínez. O bronze também foi para Cuba, Cristian Nápoles, conseguindo 16m66 no Estádio Nacional. Nápoles foi terceiro colocado no Mundoal deste ano, em Budapeste.

Almir Júnior começou com 16m51 no primeiro salto, que lhe rendeu a terceira colocação. Ficou atrás apenas dos dois representantes do país caribenho. Lázaro Martínez marcou os 17m19 que rendeu o ouro logo de cara e Cristian Nápoles fez 16m66. Após queimar o segundo salto, o brasileiro cravou 16m88 no terceiro para subir uma posição.

Almir Júnior medalha de prata salto triplo jogos pan-americanos santiago 2023
(Jonnathan Oyarzun/Santiago 2023)

O quarto colocado era o estadunidense Christopher Benard, já mais para trás, com 16m48 e os 17m19 de Lázaro Martínez parecia distante. Então, na sexta e última rodada de saltos, a disputa mais concreta era mesmo pela medalha de prata, com Almir levando a melhor por 22 centímetros. A prata foi confirmada ainda antes do último voo do brasileiro, já que Cristian Nápoles queimou o último salto. Mas ainda deu tempo de Almir cravar os 16m92 no últmo salto da noite.

Recompensa

“Dever cumprido, no último (Pan, em Lima 2019) fui quarto e hoje, numa prova bem forte, digna de pan-Americano, conseguimos dar o nosso melhor. Saio tendo certeza que dei meu máximo, até o que não tinha. Foi um dia difícil”, contou, revelando que ficou doente nos útlimos dias e só conseguiu ir para a pista um dia antes da prova. “Tive dois dias de cama, febre, dor de garganta, tudo.”

A medalha de prata tinha um sabor de recompensa. “Sabor de saber que em alguns momentos o trabalho vai ser recompensado. Em outros não. Nesses que não foi, é onde tem de mostrar o quão grande você é e seguir trabalhando, porque lá na frente a recompensa vem.” O próximo passo? paris 2024. “Felicidade, dever cumprido pra mostrar que estamos no caminho para Paris. Finalizamos a temporada entrando na outra da melhor forma possível. Ainda sou muito novo nisso. Tenho tentado amadurecer para chegar numa Olimpíada e fazer o que outros três brasileiros gigantes já fizeram.”

Lançamento do dardo

Ao lado do salto triplo, Jucilene de Lima disputava a prova feminina do lançamento do dardo. Ela chegou a circular entre as posições que a levariam para o pódio, porém foi superada e acabou com a quinta colocação. Marcou 59m04 na segunda tentativa. A medalha de ouro foi para a colombiana Flor Denis Ruiz registrando 63m10. A de prata foi para as Bahamas, conquistada por Rhema Otabor alcançando 60m54. Já o bronze foi para Madelyn Harris, dos Estados Unidos, com 60,06.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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