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Santiago 2023

Ana Sátila brilha e garante tri pan-americano na canoagem slalom

Ana Sátila, Kauã da Silva, Pepê Gonçalves e Omira Estácia levam medalhas e Brasil conquista 100% de pódios na canoagem slalom

(Fábio Canhete/Canoagem Brasileira)

Ana Sátila é a dona e senhora do C-1 feminino da canoagem slalom dos Jogos Pan-Americanos. Na terceira edição da prova, que estreou em Toronto-2015, no evento, a brasileira conquista sua terceira medalha de ouro. Depois de dar um susto na semifinal, ela se recuperou na final para conquistar o tricampeonato.

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Ana Sátila dá susto, mas brilha na final

Ana foi a última a descer pelas semifinais do C1 feminino. Ela começou com muita velocidade e acertou todo o percurso até a porta 9, mas tocou na baliza seguinte e perdeu a 10. Desse modo, a prova ficou comprometida, com tempo de 324.04, com acréscimo de todas as penalidades. Como todas as seis atletas se classificaram, Ana Sátila Vargas se garantiu na decisão ao completar o percurso.

Na decisão, no entanto, Ana Sátila foi perfeita, não perdeu e nem tocou nas portas. Fez uma descida completamente limpa e, com a marca de 104s52, garantiu a medalha de ouro com 13 segundos de vantagem sobre a canadense Lois Betteridge, que ficou com a medalha de prata. A paraguaia Ana Paula Castro completou o pódio.

“Foi um desafio diferente a competição. O frio não ajudou, o vento mexeu muito as balizas e hoje foi bem desgastante.” Ela comentou sobre a semifinal, em que se cansou para tentar recuperar a porta perdida. “Eu arrisque e sofri muito por isso, me cansei muito, isso foi o pior. Mas fico feliz em levar a medalha para o Brasil”, completou feliz a tricampeã pan-americana da prova.

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Kauã fica com prata

Kauã da Silva foi o primeiro brasileiro a competir no domingo de chuva em Los Andes. O atleta começou bem o percurso da semifinal da canoa masculina, com poucos problemas. Mas mais para o final da prova, Kauã teve problemas nas portas 18 e 20, recebendo 4 segundos de penalização e o tempo total de 106.85. Kauã avançou para a decisão com o segundo melhor tempo, atrás apenas de Sebastian Rossi da Argentina.

Na decisão, o brasileiro recebeu apenas uma penalidade ao tocar na porta 18. Com os 2 segundos a mais, Kauã ficou com tempo de 97.22, 1s35 acima do americano Zachary Lokken, que ficou com o ouro. “Ficou aquele gostinho de ouro, por conta de uma penalidade não consegui o ouro. Mas estou muito feliz por conseguir essa prata.

Pepê vai ao pódio no caiaque

Pepe Gonçalves levou para casa a prata no caiaque masculino. Ele foi o último a descer nas semis do caiaque, fez prova muito rápida, teve um toque na porta 18, mas nada comprometedor. O tempo final foi de 93.53 e a segunda melhor colocação das semis. Para o atleta, o nível do rio e o frio influenciam muito na descida. “O frio do vento não fez tanta diferença, mas a água está muito gelada. Eu cheguei na metade da pista e não sentia mais meus dedos, tive que fechar mais a mão no remo para sentir ele. É algo que temos que lidar, é difícil, mas é ruim para todos”, explicou o atleta.

O sol abriu na parte das finais, mas para Pepê o frio ainda o acompanhou durante a descida da prata. ” Senti frio igual, meus dedos estão roxos. Acabei tocando em algumas balizas que me tiraram da briga pelo ouro. Porém a prata não é ruim, sou um dos melhores das Américas”, completou o canoísta.

Omira é prata no caiaque

Omira Estácia também competiu pelo Brasil nesse domingo. A brasileira foi a segunda colocada na semifinal do caiaque feminino com tempo de 106.29, com apenas uma penalidade. Na decisão,

De Lima para Santiago, Omira contou como evoluiu muito, não só na parte técnica dentro da água, mas principalmente na mente, para se manter firme em competições como o Pan. “Naquela época eu só conseguia focar na medalha e só queria aquilo. Mudei bastante, minha cabeça está bem mais fria”, refletiu a brasileira. A maturidade trouxe presentes para a atleta, que foi vice-campeã pan-americana.

Tarde com Caiaque Cross

Para finalizar as competições da canoagem slalom nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, o Brasil terá dois atletas nas provas de Caiaque Cross. Ana Sátila Vargas volta ao Rio Aconcagua para a disputa do feminino, enquanto no masculino Guilherme Mapelli vai em busca da sua primeira medalha no masculino. As finais acontecem a partir de 14h30 (horário de Brasília).

Formada em Jornalismo pela Unesp-Bauru, participou da Rio-2016 como voluntária, cobriu a Olimpíada de Tóquio-2020 pelo Olimpíada Todo Dia e hoje coordena as Redes Sociais do OTD.

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