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Santiago 2023

Mesmo machucada, Fênix voa rumo à medalha no MTB

Raiza Goulão sofreu uma forte queda logo na primeira volta, caiu pra sétimo lugar, mas se recuperou para repetir em Santiago 2023 feito de Jaqueline Mourão em Lima 2019

Raíza Goulão MTB medalha de bronze santiago 2023 jogos pan-americanos ciclismo mountain bike
(Wander Roberto/COB)

Santiago – Raíza Goulão largou bem na disputa feminina do ciclismo mountain bike de Santiago 2023. Porém, no final da primeira das seis voltas, sofreu uma queda forte que quase a tirou da prova. A brasileira, porém, não apenas se manteve na disputa como saiu da pista montada no Club Deportivo Universidad Catolica, no pé da Cordilheira dos Andes, com a medalha de bronze. Desta forma repete neste sábado (21) feito de Jaqueline Mourão, que subiu no mesmo lugar do pódio em Lima 2019. “Como tinha postado antes da prova, ‘deixa a fênix voar’. E ela voou e foi lindo”, afirmou a brasileira do MTB.

“Foi um tombo tolo, no final da primeira volta. Meu pé acabou ‘desclipando’ (escapando do equipamento que mantém o pé preso ao pedal). São coisas que não estão no nosso controle. Foi muito forte e minha sensação foi que rompi ligamentos do joelho. Num primeiro momento, achei que tinha acabado a prova ali, confesso, mas consegui fazer a recuperação. Foram seis voltas, então tinha de ter um mental e um foco muito fortes. Mantive meus mantras na mente, fiz força sem olhar pra trás e ouvir as pessoas pontuais”, disse.

Raíza Goulão MTB medalha de bronze santiago 2023 jogos pan-americanos ciclismo mountain bike
(Wander Roberto/COB)

Apoio da equipe

Raíza Goulão chegou em Santiago 2023 com a estrategia muito bem definida. “Vim pro ouro, pra disputar, entregar tudo o que tinha. Sabia as atletas que estariam no pelotão da frente. A do Canadá veio muito forte”. Porém, tudo mudou após a queda e ela fez questão de lembrar do apoio que teve do restante da equipe. “Estavam ali, torcendo, falando da possibilidade da medalha. Consegui crescer e recuperar posições. Então essa medalha de bronze tem um gostinho muito maior e traz uma motivação maior, além de representar o Time Brasil, em busca da vaga olímpica e de representar o Brasil em Paris. Não somente como mais uma atleta, mas performando na frente.”

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Grande inspiração

No final das contas, e caminhando com dificuldade, Raíza aparentava satisfação. Feliz, também, por igualar o que chamou de “uma grande inspiração” no MTB. “Comecei no projeto da Jaqueline Mourão e tenho de agradecer ela por fazer história no Brasil e deixar um legado. Espero também trilhar minha jornada e deixar o meu legado”, finalizou.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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