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Rúgbi

Brasil terá primeiro atleta ‘de casa’ jogando liga da Oceania

Wilton “Nelson” Rebolo, formado no rúgbi nacional, vai jogar a Super Rugby Pacific defendendo o Western Force, da cidade de Perth, na Austrália

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(divulgação)

O brasileiro Wilton Rebolo foi anunciado como novo reforço do Western Force, equipe de rúgbi da cidade de Perth, na Austrália. Com isso, aos 27 anos, se tornará o primeiro atleta formado no Brasil a jogar o Super Rugby Pacific, a liga da Oceania, que conta com equipes de Nova Zelândia, Austrália e Fiji. Nelson tem 30 jogos oficiais pela seleção brasileira, os Tupis, atua como primeira linha, seja de hooker ou pilar.

O Super Rugby Pacific reúne a nata da modalidade do continente, onde é mais popular, com todos os atletas da seleção da Nova Zelândia, tricampeã do mundo, e com a maioria dos atletas da seleção australiana, bicampeã mundial, e de Fiji. Ao todo são 12 equipes da liga, sendo seis da Nova Zelândia, cinco na Austrália e uma em Fiji. A temporada começa no dia 24 de fevereiro.

Campeão nos EUA

Formado no Mastodontes de Catanduva, interior paulista, Wilton Rebolo passou ainda por outros três clubes brasileiros – Band Saracens, São José e Pasteur. Desde 2020 estava na Major League Rugby, a liga profissional estadunidense, da qual foi campeão em 2022 atuando pelo New York. O feito de ser campeão da MLR já havia sido inédito para um brasileiro no rúgbi.

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“Sempre foi meu sonho jogar no Super Rugby, todos os meus companheiros do Brasil têm esse sonho. O Force é um grande time e me sinto sortudo por ter tido essa oportunidade”, afirmou Wilton Rebolo. “Estou animado para jogar e trarei muito entusiasmo. Sou um grande executor na hora do scrum e mal posso esperar para aprender com Simon Cron [treinador do Force], especialmente no jogo estratégico. Acho que vou ganhar muita experiência no Force e isso vai elevar meu nível dentro da Seleção Brasileira e aumentar muito a qualidade do meu jogo.”

Rápido, explosivo e grande

O técnico Simon Cron está ansioso para ter o brasileiro em campo, pressionando o time mais amplo em todas as facetas do treinamento. “Wilton é rápido, explosivo e traz muito tamanho ao elenco. Ele é forte defensivamente e no ataque tem uma pisada muito boa. O mais importante para nós é capitalizar seus pontos fortes e ajudá-lo a melhorar nas áreas de lances de bola parada, já que ele começa a pressionar vários jogadores do elenco por uma vaga de titular”, afirmou Cron. “Uma das coisas que precisamos em nosso esquadrão é o que chamaríamos de ‘lutadores de rua’, então precisamos de caras que fazem exercícios de contato duro e batem forte continuamente. Ele é obviamente um desses jogadores.”

Curiosamente, o Western Force já teve no passado outro atleta que vestiu a camisa dos Tupis, David Harvey, formado no rúgbi australiano, mas com mãe brasileira. Harvey atuou no Force em 2012, mas defendeu o Brasil depois, entre 2015 e 2016.

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