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Pequim 2022

Bobsled do Brasil cumpre primeira missão e busca ‘prova da vida’

Pela primeira vez o trenó 4-man termina o primeiro dia no Top 20 e quer manter posição na terceira descida dos Jogos Olímpicos de Pequim 2022

Bobsled do Brasil 4-men Pequim 2022
Bobsled do Brasil fica no Top 20 após duas descidas e quer fazer prova da vida para avançar à bateria final (Wander Roberto/ANOC/Inovafoto)

O sonho do Top 20 para o Bobsled do Brasil ganhou contornos bem reais após a primeira descida do quarteto nos Jogos Olímpicos de Pequim 2022. A equipe cumpriu sua primeira missão e terminou na 20ª colocação após as duas descidas iniciais realizadas na madrugada de 18 para 19 de fevereiro no horário brasileiro.

A equipe conseguiu o tempo combinado de 1min59seg09, com destaque para a 16ª colocação obtida na segunda bateria. Dessa forma, está apenas a 0.06 do 17º colocado, o chinês Kaizhi Sun. Além disso, possui 0.39 de vantagem para o canadense Taylor Austin, o 21º. O alemão Francesco Friedrich lidera com 1min57seg00.

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“É indescritível, parece que tudo vale a pena: todos os esforços, toda a dedicação e treinamento. Independentemente de qualquer coisa, o que a gente fez até agora foi uma coisa histórica para o Bobsled do Brasil”, explica Edson Bindilatti.

A terceira descida vai acontecer na noite desse sábado, 19 de fevereiro, às 22h30, no horário de Brasília (9h30 do dia 20 em Pequim). Se manter a posição, o conjunto brasileiro participa da quarta descida na sequência, às 0h20 já no dia 20 no Brasil.

Push foi destaque e impulsionou resultado brasileiro

O sucesso do Brasil no primeiro dia do Bobsled 4-man nos Jogos Olímpicos de Pequim 2022 foi a largada. Na primeira descida, a equipe conseguiu um push (arranque) de 5.06, a 22ª melhor marca da bateria. Entretanto, na segunda o tempo foi de 5.00, o 12º melhor resultado na largada entre os 28 trenós.

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O arranque com o trenó foi um dos pontos de atenção do Bobsled do Brasil em Pequim 2022. Desde os treinos oficiais das duplas, os atletas buscam aperfeiçoar as passadas. Na análise técnica da equipe, a pista chinesa valoriza uma largada eficiente por ter um traçado “mais duro” do que outros locais.

“A gente quer correr o mais rápido possível, mas busca fazer abaixo de cinco segundos. Chegou bem perto na segunda descida. Já falei com eles aqui de fazer 4.95, 4.96 no push. Amanhã a terceira descida vai ser a mais importante das nossas vidas, vai decidir muita coisa”, comentou Erick Vianna, que completou 29 anos e ganhou o Top 20 de presente.

Bobsled do Brasil fica pela primeira vez no Top 20

Além de se aproximar do objetivo de disputar a quarta descida nos Jogos Olímpicos de Pequim 2022, a equipe brasileira atingiu outro feito. Essa foi a primeira vez que o país ficou no Top 20 em qualquer descida em um torneio de ponta na modalidade, como Olimpíadas e Campeonato Mundial.

Aliás, alcançou essas marcas nas duas baterias realizadas nesse primeiro dia. Na primeira parte, alcançou a 20ª posição com 59seg49. Na segunda, contudo, o Bobsled do Brasil fez o 16º tempo com 59seg60. Desempenho suficiente para manter uma posição segura para a terceira descida.

Curiosamente, o ciclo olímpico do conjunto brasileiro foi bem mais difícil do que há quatro anos. Em PyeongChang, o 4-men do país chegou a ficar em 17º no ranking internacional e possuía um trenó próprio. Agora, além de alugar um trenó da Coreia do Sul para a disputa olímpica, nem conseguiu competir na temporada 2020/2021 por conta da pandemia de covid-19.

Edson Bindilatti quer melhor prova da carreira

O último dia do bobsled nos Jogos Olímpicos de Pequim 2022 também marca a despedida de Edson Bindilatti. Piloto da equipe brasileira e integrante do trenó nacional há duas décadas, o atleta já comunicou sua aposentadoria das pistas. Dessa forma, quer que sua última prova seja em grande estilo.

Bindilatti é o principal nome do Bobsled do Brasil. Com cinco participações olímpicas, ele vivenciou as conquistas e também as dificuldades que o país enfrentou ao longo desses 20 anos. Assim, o Top 20 seria o presente perfeito para o fim dessa trajetória.  

“Agora é trabalhar nas lâminas novamente e fazer todo o processo de polimento. Depois é descansar que nem descansamos antes e vir como se fosse a última descida da vida. Para mim, é a última da carreira”, brincou Edson na zona mista.

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