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Daniel Martins divide pódio com sobrinho no Brasileiro

Campeão paralímpico, Daniel venceu os 400m T20 no Brasileiro e foi ao pódio com seu sobrinho Gustavp, que terminou a prova em terceiro lugar.

Daniel Martins (à direita) disputa liderança dos 400 m com Samuel. Ambos são acompanhados por Gustavo. Brasileiro de atletismo paralímpico

O paulista Daniel Martins conquistou a medalha de ouro nos 400 m da classe T20 (para atletas com deficiência intelectual) na manhã deste sábado (7) durante o Campeonato Brasileiro de atletismo, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O tempo do atleta foi de 48s87, que é a segunda melhor marca do ano na prova em 2022.

Daniel dividiu o pódio com Samuel Conceição, medalhista de prata ao percorrer o percurso em 49s35, e com o seu sobrinho Gustavo Dias, que terminou os 400 m em 50s40.

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“Eu comecei a correr antes e ele se interessou. No início, fui contra. Eu já levava o atletismo a sério e imaginei que ele não levaria. Mas, hoje, vejo que ele está bem e espero que tenha sucesso”, disse Daniel, que é tricampeão mundial e foi campeão paralímpico nos Jogos do Rio 2016.

Antes dos Jogos de Tóquio, o paulista de Marília teve Covid-19. A doença prejudicou seu rendimento na capital japonesa e ele ficou fora da final, na quinta colocação em sua série eliminatória, com o tempo de 50s10. Agora, Daniel, que é detentor do recorde mundial nos 400 m, tenta recuperar o ritmo. “Antes da Covid-19, eu cheguei a fazer a prova em 46s86, no ano de 2019, em São Paulo. Estou treinando firme para retomar o meu melhor desempenho”, completou.

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Enquanto Daniel tenta fazer os 400 m na casa dos 46s novamente, seu sobrinho Gustavo busca superar o tio. “Ele é o melhor do mundo e eu me inspiro nele, mas quero vencê-lo nas competições e chegar ao posto em que ele está hoje”, disse o atleta, que também foi para Tóquio e terminou sua etapa na sexta posição, com 51s12. Assim como seu tio, não avançou à final.

Se Daniel e Gustavo duelam pelas primeiras posições nos torneios que disputam, pelo menos, em uma coisa, ambos concordam: “É uma emoção dividir o pódio com o meu sobrinho”, disse Daniel. “Já compartilharmos treinador, clube e é uma alegria conquistarmos medalhas juntos”, completou Gustavo.

Halterofilismo

A competição foi realizada simultaneamente com o Campeonato Brasileiro de halterofilismo. Ambos os eventos começaram na última quinta-feira (5) e terminaram neste sábado com a participação de 732 atletas nos dois eventos.

Tayana Medeiros, deitada, se prepara para levantar os halteres na mesa de supino. Brasileiro de halterofilismo paralímpico 2022
Tayana Medeiros faz um dos seus levantamentos no Campeonato Brasileiro – Foto: Ale Cabral/CPB

No último dia de disputas do halterofilismo, duas atletas quebraram recordes brasileiros em suas categorias. Maria Luzineide de Oliveira (até 50 kg) levantou 92 kg e superou a marca anterior de 91 kg. Já a carioca Tayana Medeiros (acima de 86 kg) bateu seu próprio recorde nacional ao levantar 139 kg.

A marca anterior era de 133 kg, registrada também no CT Paralímpico, durante a primeira fase nacional do Circuito Paralímpico de halterofilismo de 2022, no último mês de abril. O peso suportado por Tayana neste sábado a deu o título de melhor supino feminino do Campeonato Brasileiro. Nesta disputa, que considera apenas os quilos absolutos levantados, independentemente da categoria, a carioca superou Mariana D’Andrea (até 73 kg), campeã paralímpica em Tóquio e que ergueu 138kg na sexta (6) para vencer na sua categoria.

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