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Seleção Brasileira

Tradição brasileira no salto triplo mostra sua força em dose dupla

Alexsandro Melo, de apenas 23 anos, é o mais novo destaque do Brasil no salto triplo, ao cravar a segunda melhor marca do mundo em uma prova na Bolívia

O brasileiro Alexsandro Melo, dono da segunda melhor marca do mundo no salto triplo em 2019 (Crédito: CBAt)

Quem acompanha um pouco a história do atletismo brasileiro sabe o tamanho da importância do salto triplo nesta trajetória.

Se você tem dúvida, os nomes de Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio, João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, e Jadel Gregório lhe dizem alguma coisa? Só neste parágrafo, são seis medalhas olímpicas (duas de ouro, uma de prata e três de bronze).

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Após um período sem grandes resultados, a prova voltou a ter um nome de destaque no país ano passado.

De forma até inesperada, Almir Junior começou a cravar ótimas marcas ainda no final de 2017. Antigo atleta do salto em altura, sem grandes resultados, começou a treinar o triplo e viu que tinha potencial na prova.

No início do ano seguinte, Almir beliscou uma medalha de prata no Mundial indoor (pista coberta) de Birmingham (ING). Ao final de 2018, Almir terminou simplesmente com a terceira melhor marca do mundo, com 17,53 m. Algumas lesões o impediram de melhorar este resultado ao longo da temporada.

Quando todos já esperavam que Almir seguisse como referência para o salto triplo em 2019, eis que surge mais um nome para ficarmos atentos. O paranaense Alexsandro Melo, de 23 anos, cravou na última quarta-feira (24) a segunda melhor marca do mundo na prova. Ele venceu o Grande Prêmio Sul-Americano de Cochabamba (BOL), com 17,31 m. Ele está atrás apenas do americano Omar Craddock (17,68 m).

Para provar que não foi um resultado aleatório, é preciso lembrar que no começo do mês, no Chile, Alexsandro (que atende pelo apelido de “Bolt”, porque tem na velocidade uma de suas principais características) já havia feito uma bela marca. Venceu com 17,22 m, que é a terceira melhor marca do mundo (alcançada pelo cubano Andy Diaz).

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Alexsandro e Almir já estão qualificados tanto para os Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, em julho, quanto para o Mundial de Doha, no final de setembro. Não é arriscado dizer que ambos, se mantiverem o atual ritmo e chegarem sem lesões, passam a ser uma esperança para o atletismo brasileiro na Olimpíada de Tóquio-2020.

Nesta sexta-feira (26), Alexsandro competirá novamente na Bolívia, mas no salto em distância. Será a mesma prova que ele competirá no próximo domingo (28), durante o Grande Prêmio Brasil, em Bragança Paulista.

Cá entre nós, uma ótima chance para acompanhar de perto mais uma grande promessa da prova que mais tem a cara do Brasil no atletismo.

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