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Em disputa acirrada, Nuzman tenta presidência da Odepa nesta quarta

Presidente do COB, Carlos Nuzman testa seu prestígio nesta quarta-feira na eleição para comandar o esporte das Américas. Mas será que consegue levar?

Nesta quarta-feira, Carlos Arthur Nuzman testará seu prestígio no cenário do esporte olímpico internacional. Numa disputa que promete ser bastante acirrada, o brasileiro disputa a eleição da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana). O pleito será a principal pauta da Assembleia Geral da entidade, em Punta del Este (URU). Após muito tempo, a Odepa verá uma real disputa pelo poder, após quase 40 anos ficar sob o comando do mexicano Mario Vázquez Raña, morto em 2015. O mandato foi completado pelo uruguaio Julio Maglione.

Nuzman, impulsionado pelo prestígio alcançado com a organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016, começou a disputa como favorito. O presidente do COB chegou inclusive a mandar uma carta aos membros dos 41 comitês olímpicos nacionais que compõe a Odepa mostrando alguns de seus planos de governo. Modernização da área de marketing, incremento nos direitos de transmissão e criação de novos eventos esportivos estão em sua plataforma.

Com cinco possíveis candidatos no início da disputa, a eleição acabou ficando restrita a três nomes. Além de Nuzman, concorrem o chileno Neven Ilic e o dominicano José Joaquín Puello. O que se tornou um belo problema para o brasileiro, que comanda uma entidade continental quase desconhecida, a Odesur (Organização Desportiva Sul-Americana), composta por seis apenas comitês olímpicos nacionais: Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Panamá (sim, Panamá!) e Uruguai.

A desistência de dois outros candidatos do bloco do Caribe – Richard Peterkin (Santa Lúcia) e Keith Joseph (São Vicente e Granadina) deixa Puello como favorito a abocanhar os votos do continente. Ele foi presidente do comitê organizador do Pan-Americano de 2003, em Santo Domingo.

Com 55 anos, o chileno Ilic, o mais novo dos três (Nuzman tem 75 anos e Puello, 74), chega como azarão na disputa. A princípio, terá como maior ganho político levar a sede do Pan-Americano de 2023 para Santiago, tarefa facilitada após Buenos Aires sair da disputa. Ilic, porém, poderá acabar dividindo os votos da Amperica do Sul.  A grande dúvida é como irão votar os países da América do Norte (México, Estados Unidos e Canadá).

Como será a eleição

Terão direito a voto na eleição desta quarta-feira os 41 membros integrantes da Assembleia Geral da Odepa. Além deles, os dez países que receberam as últimas edições de Pan-Americanos também terão direito a um voto cada, sem contudo repetir o país. Seriam pela ordem Canadá (2015), México (2011), Brasil (2007), República Dominicana (2003), Argentina (1995), Cuba (1991), Estados Unidos (1987), Venezuela (1983), Porto Rico (1979) e Colômbia (1971).

A eleição do novo presidente da Odepa será acompanhada de perto pelo presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), o alemão Thomas Bach, alén de presidentes de confederações pan-americanas e mundiais dos esportes que fazem parte do programa olímpico. No total, são aguardados 350 líderes do esporte olímpico mundial no Centro de Convenções de Punta del Este.

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