Dia 12 – Irmãs suecas lideram no biatlo

As irmãs Hanna e Elvira Öberg ajudaram e muito a Suécia a vencer no revezamento do biatlo, enquanto Joahnnes Klaebo levou seu 5º ouro da carreira no sprint por equipes. Na pista curta, show de Choi Minjeong e uma bela vitória canadense no revezamento.

Noël no slalom

O francês Clément Noël foi o grande vencedor da prova de slalom masculina com o tempo de 1:44.09. Ele fez o 6º melhor tempo na 1ª descida com 54.30, 0.38 atrás do austríaco Johannes Strolz, que já levou um ouro em Pequim na prova combinada. Na 2ª descida, Noël fez o melhor tempo de 49.79 para vencer. Strolz, com 1:44.70 foi prata e o bronze ficou com norueguês Sebastian Foss-Solevaag.

Líder da Copa do Mundo, o norueguês Lucas Braathen, que é filho de mãe brasileira, acabou errando na 1ª descida e não terminou. Já o brasileiro Michel Macedo finalmente conseguiu estrear, após o diagnóstico positivo de Covid tirá-lo do slalom gigante. Na 1ª descida ele ficou com o 37º tempo, mas errou na 2ª e ficou sem tempo. Esta foi a 3ª prova olímpica da carreira dele e ele nunca conseguiu terminar uma.

Suecas vencem no biatlo

A equipe sueca liderada pelas irmãs Elvira e Hanna Öberg venceu o revezamento feminino no biatlo. Após as primeiras duas pernas, o Comitê Russo liderava com 11s de vantagem sobre a Itália e 33s sobre as suecas. Mas Hanna não só atirou melhor que as concorrentes como entregou pra sua irmã Elvira com leve vantagem de 7s sobre as italianas.

Só que última italiana ficou pra trás, enquanto Elvira manteve sua equipe na frente para vencer com 1:11:03.9, 12s a frente das russas e 37s sobre a equipe da Alemanha. a Noruega acabou em 4º lugar por conta de uma péssima prova de Tiril Eckhoff, que evitou que sua companheira Marte Olsbu Roiseland faturasse sua 5ª medalha em Pequim.

Alemãs surpreendem no sprint por equipes

A dupla alemã de Katharina Hennig e Victoria Carl surpreendeu as favoritas suecas e russas e venceu o sprint por equipes do esqui cross-country. Elas souberam atacar na hora certa e segurar as adversárias, que são mais fortes no sprint individual. Carl venceu com apenas 0.17 de vantagem sobre a dupla sueca e 0.71 sobre as russas. Em má fase, Maiken Caspersen Falla acabou quebrando o bastão em um momento e a Noruega ficou apenas na 8ª posição.

Já na final masculina, ótima prova dos noruegueses Eril Valnes e Johannes Hoesflot Klaebo, que venceram com 19:22.99, colocando pouco mais de dois segundos sobre a dupla da Finlândia, de Iivo Niskanen e Joni Maki, muito fortes nesta prova, já que ela foi disputada no estilo clássico. O bronze ficou com a dupla do Comitê Russo de Alexander Bolshunov e Alexander Terentev. Bolshunov disputou quatro provas em Pequim e venceu medalha em todas. Já Klaebo também chegou à sua 4ª medalha nos Jogos em cinco provas, conquistando o bicampeonato nesta prova e ao seu 5º ouro olímpico na carreira.

EUA e China no freestyle

Dobradinha dos Estados Unidos no slopestyle em esqui masculino. Alexander Hall foi o único a passar dos 90 pontos na final com 90,01 ainda na 1ª das três passagens e levar o ouro, o 1º individual americano em Pequim no esqui freestyle. O 2º lugar ficou com Nick Goepper com 86,48 e o bronze foi pro sueco Jesper Tjader com 85,35. Melhor na quali, o suíço Andri Ragettli ficou em 4º e o campeão do Big Air, o norueguês Birk Ruud, ficou em 5º.

Já na final do Aerials masculino, o ouro foi pra China com Qi Guangpu, bicampeão mundial em 2013 e 2015. Na primeira parte da final, ele acabou ficando em 4º com 125,22 pontos enquanto o favorito russo Ilia Burov foi o melhor com 129,50. Só os 6 melhores passaram pra Final 2, com apenas um salto para cada. O chinês foi perfeito no dificílimo salto com cinco mortais, com um pouso espetacular e tirou 129,00. O ucraniano Oleksandr Abramenko fez o mesmo salto, mas tirou 116,50 e ficou com a prata, a primeira medalha de seu país nos Jogos. O bronze foi pra Burov com 114,93. Ele foi o último a saltar e, com um salto quádruplo, levou a medalha, enquanto os outros três concorrentes, incluindo dois americanos, fizeram o salto quíntuplo, mas pecaram muito no pouso.

Semifinais definidas

As disputas das quartas de final do torneio masculino de hóquei começaram com a surpresa da eliminação dos Estados Unidos para a Eslováquia. Os americano tinham conseguido o melhor desempenho na 1ª fase com três vitórias no tempo normal e viram a Eslováquia abrir 1-0, mas eles logo viraram 2-1. Faltando 45s pro fim da partida, a Eslováquia empatou e a partida foi pra prorrogação, onde ninguém marcou. Nas cobranças de penalidades, Peter Cehlarik foi o único dos nove que cobraram a marcar e a vitória foi pros eslovacos.

Outro resultado interessante foi o do último jogo do dia, entre os favoritos Canadá e Suécia. Os suecos marcaram na metade do 3º tempo e ampliaram 2-0 com 2min pro fim do jogo, eliminando o Canadá. Nos outros jogos, Comitê Russo fez 3-1 na Dinamarca e a Finlândia fez 5-1 na Suíça. As semifinais ficaram: Finlândia x Eslováquia e Comitê Russo x Suécia.

Na disputa do bronze feminino, mais um confronto entre Suíça e Finlândia, que não deram chances para as adversárias e venceram por 4-0. Foi o 4º bronze olímpico da história da Finlândia, que também tem 13 bronzes e uma prata em Mundiais.

Choi vence enquanto Fontana e Schulting fazem história

Nos 1.500m feminino na patinação de velocidade em pista curta, praticamente sem surpresas nas quartas de final. Na semifinal, destaque para a sul-coreana Choi Min-jeong, que bateu o recorde olímpico na 3ª semifinal com 2:16.831, passando pra final ao lado de todas as favoritas. Na decisão, Choi mandou na prova na sua segunda metade e venceu com 2:17.789, levando o bicampeonato da distância. A disputa pelas outras medalhas ficou entre os dois grandes nomes do esporte nos Jogos, a holandesa Suzanne Schulting e a italiana Arianna Fontana. A italiana venceu por apenas 3 milésimos com 3:17.862 e faturou a sua 11ª medalha olímpica da carreira, chegando agora a 2 ouros, 4 pratas e 5 bronzes. Schulting foi bronze e foi a única a medalhar em todas as provas femininas dos Jogos.

No revezamento 5.000m masculino, o ouro foi pro Canadá, que liderou nas últimas 16 voltas e venceu com 6:41.257. Liderado pelo veterano Charles Hamelin e por Steven Dubois, o Canadá conseguiu abrir uma leve vantagem sobre a equipe da Coreia do Sul, prata com 6:41.679. A China, que batalhava com a Coreia, acabou escorregando e ficou fora do pódio, que foi completado pela Itália, bronze com 6:43.431. Foi a 4ª medalha do Hamelin nesta prova e o seu 4º ouro na carreira.

Medalhistas do dia

Após doze dias, acertei 38 dos 78 campeões (44,2%), coloquei 59 deles no pódio (68,6%) e coloquei 133 dos 258 medalhistas no pódio (51,6%).

Saulo Próspero