Siga o OTD

Os Olímpicos

Dia 11 – Medalhas brasileiras, Duplantis voando e Biles no pódio

Bicampeonato na vela!

Dependendo apenas delas, Martine Grael e Kahena Kunze brilharam na Medal Race da Classe 49erFX. Controlando suas concorrentes ao pódio, as brasileiras ficaram em 3º lugar na regata, atrás de Argentina e Noruega, que não brigavam por medalha, e garantiram o ouro com 76 pontos! Bicampeãs olímpicas em mais uma bela campanha! A dupla alemã Tina Lutz e Susann Beucke fora prata com 83 pontos e as holandesas Annemiek Bekkering e Annette Duetz bronze com 88.

Os britânicos Dylan Fletcher e Stuart Bithell venceram a Medal Race da Classe 49er e ficaram com o ouro com 58 pontos, empatados com os neozelandeses favoritos Peter Burling e Blair Tuke, mas como ficaram na frente justamente na Medal Race, ouro britânico. Também houve empate na disputa de bronze, mas como os alemães Erik Heil e Thomas Plössell chegaram na frente, ficaram com a medalha.

Na despedida da Classe Finn dos Jogos, o britânico Giles Scott faturou o bicampeonato olímpico com apenas 36 pontos perdidos. Ele venceu 6 das 11 regatas e conquistou o 6º ouro britânico seguido na classe. Prata pro húngaro Zsombor Berecz com 39 e bronze pro espanhol Joan Cardona Méndez com 51.

A dupla italiana Ruggero Tita e Caterina Banti só precisava terminar a regata para levar o ouro na Classe Nacra 17. Com uma campanha espetacular com 10 top-3 nas 12 regatas iniciais, eles somaram apenas 35 pontos pro ouro. Os britânicos John Gimson e Anna Burnet prata com 45 e os alemães Paul Kohlhoff e Alica Stuhlemmer bronze com 63.

Duas medalhas no atletismo

O dia do atletismo começou na manhã desta segunda-feira com o salto em distância feminino e a disputa foi tão acirrada quanto na prova masculina. A nigeriana Ese Brume abriu com 6,97m e, na 3ª rodada, a americana Brittney Reese fez os mesmo 6,97m, mas por ter um segundo salto melhor, foi pro 1º lugar. Reese continuava saltando bem, mas sem melhorar, até que na última rodada, a alemã campeã mundial Malaika Mihambo tirou um 7,00m da cartola e levou o ouro, com Reese na prata e Brume no bronze.

Karsten Warholm vence 400m com barreiras destruindo o recorde mundial (Michael Steele/Getty Images)

Também pela manhã, tivemos a prova mais espetacular dos 400m com barreiras da história e, quiçá, do atletismo. O norueguês Karsten Warholm tinha quebrado o recorde mundial da prova que vinha desde 1983 um mês antes dos Jogos, em 1º de julho com 46.70. Ele, junto com o americano Rai Benjamin e o brasileiro Alison dos Santos, tinham soltado nas semifinais e ainda assim feito ótimos tempos. Mas nesta final, o que vimos foi um show dos três. Warholm e Benjamin dispararam e abriram, e na reta final o norueguês manteve o ritmo para bater o recorde mundial com um incrível 45.94. Benjamin também correu abaixo so WR anterior com 46.17 e Alison completou o pódio com 46.72, 0.02 acima do WR antigo e o 4º melhor tempo da história. Tivemos mais três recordes nacionais na prova, mostrando que foi uma final inesquecível.

Já na sessão noturna, o sueco Armand Duplantis não teve muito trabalho para confirmar e vencer o salto com vara com 6,02m, sem nenhum erro, se poupando nas alturas mais baixas. O americano Christopher Nielsen ficou com a prata com 5,97m e Thiago Braz subiu novamente ao pódio olímpico levando um incrível bronze com 5,87m. Thiago não teve um ciclo bom, ficou durante quase todo o tempo com dificuldades em alturas relativamente baixas, tirando um bom resultado raramente. Mas cresceu nas últimas competições antes dos Jogos e o resultado apareceu! Cresce muito em Olimpíada esse! O francês Renaud Lavillenie teve um problema no pé ainda no aquecimento e só conseguiu um salto válido em 5,70m, terminando em 8º. Duplantis ainda tentou bater o recorde mundial com 6,19m, mas não conseguiu por muito pouco.

No lançamento de martelo, resultado histórico de Anita Wlodarczyk. A polonesa recordista mundial e se tornou a 1ª mulher tricampeã olímpica individual do atletismo ao vencer com 78,48m, seguida da chinesa Wang Zheng com 77,03m e de outra polonesa, Malwina Kopron com 75,49m. Campeã mundial e favorita, a americana DeAnna Price decepcionou com o 8º lugar com apenas 73,09m.

Na pista, não deu pra mais ninguém nos 800m feminino além da americana Athing Mu. Com 19 anos, ela dominou completamente a prova, dosou, liderou, comandou o ritmo e ainda venceu com o tempaço de 1:55.21, recorde nacional. A britânica Keely Hodgkinson conseguiu aguentar o forte ritmo de Mu e foi prata com 1:55.88, enquanto a americana Raevyn Rogers completou o pódio com 1:56.81.

Fechando o dia, a espetacular final dos 200m feminino. A jamaicana Elaine Thompson-Herah disparou após a curva para vencer com 21.53, apenas o 2º melhor tempo da história! E se torna a primeira da história a vencer os 100m e os 200m numa mesma Olimpíada por DUAS vezes. A jovem Christine Mboma, de 18 anos da Namíbia, disparou na reta para passar todo mundo e chegar na prata com 21.81, recorde mundial sub20, e a americana Gabrielle Thomas foi bronze com 21.87. Shelly-Ann Fraser-Pryce acabou em 4º lugar com 21.94.

Biles volta para medalhar no último dia

Não tinha como competir com o chinês bicampeão mundial Zou Jingyuan na final das barras paralelas. Com uma prova impecável, ele venceu com 16,233, com uma incrível nota de execução de 9,333. Prata foi pro alemãs Lukas Dauser com 15,700 e o bronze para o turco Ferhat Arican, com 15,633, 1ª medalha turca na história na ginástica.

Pódio da trave Tóquio com o bronze de Simone Biles (Lisi Niesner/Reuters)

Simone Biles voltou a competir na final da trave. Com uma série mais simples que a sua tradicional, ela tirou 14,000 e pegou a medalha de bronze, encerrando uma Olimpíada complicada mentalmente para a americana, que, apesar de quase não ter competido, ainda sim é um dos nomes dos Jogos. Foi dobradinha chinesa com a impecável Guan Chenchen ouro com 14,633, com uma dificuldade enorme de 6,60, e Tang Xijing prata com 14,233.

Daiki Hashimoto foi o único ginasta nesses Jogos a sair com dois ouros, após vencer no individual geral e também na barra fixa. Com muitas belas largadas e retomadas e ótima execução, ele venceu com 15,066, contra 14,900 do croata Tin Srbic e 14,533 do russo Nikita Nagornyy.

Carrington brilha na canoagem

A neozelandesa Lisa Carrington brilhou na raia de Sea Forest ao vencer o K1 200m feminino, se tornando tricampeã olímpica da prova. Nada menos que heptacampeã mundial da distância, ela sobrou, abrindo um barco de vantagem para vencer com 38.120, contra 38.883 da espanhola Teresa Portela e 38.901 da dinamarquesa Emma Joergensen.

Na final do C2 1.000m, vitória dos cubanos Serguey Torres e Fernando Jorge, que, num sprint final excepcional, passaram a dupla chinesa para vencer com 3:24.995. Os chineses Liu Hao e Zheng Pengfei foram prata com 3:25.198 e os alemães Sebastian Brendel e Tm Hecker bronze com 3:25.615. Os brasileiros Isaquias Queiroz e Jacky Godmann, que só tiveram 4 meses para treinar juntos, acabaram na excelente 4ª posição com 3:27.603.

Dobradinha húngara no K1 1.000m masculino, com Bálint Kopasz vencendo com 3:20.643, seguido de Ádám Varga com 3:22.431. Apesar da Hungria ser fortíssima na canoagem de velocidade, o último ouro húngaro nesta prova foi apenas em 1968. O português Fernando Pimenta completou o pódio com 3:22.478.

Carrington voltou à raia para a final do K2 500m e, ao lado de Caitling Regal, levou mais um ouro com folga. Elas marcaram 1:35.785 contra 1:36.753 das polonesas Karolina Naja e Anna Pulawska e 1:36.867 das húngaras Danuta Kozak e Dora Bodonyi.

Vitória gigante alemã na pista

Na decisão da perseguição por equipes feminina no ciclismo de pista, a equipe da Alemanha fez uma prova incrível para vencer com 4:04.242, batendo pela 3ª vez o recorde mundial em Tóquio! Elas quase alcançaram a Grã-Bretanha por trás, que ficou com a prata com 4:10.607. Na disputa do bronze, os Estados Unidos venceram a equipe do Canadá.

Na final do sprint por equipes masculina, a equipe da Holanda confirmou o favoritismo e venceu com 41.369. Os britânicos, que buscavam o tetracampeonato, erraram uma das trocar dos ciclistas e ficaram longe com 44.589. Bronze para a França, que venceu a equipe australiana, que também errou a troca.

Ouro usbeque no levantamento de peso

O usbeque Akbar Djuraev foi ouro na categoria 109kg no levantamento de peso ao somar 430kg, sendo 193kg no arranco e 237kg no arremesso. O favorito armênio Simon Martirosyan errou duas tentativas no arremesso e repetiu a prata do Rio-2016, ao somar 423kg. Completou o pódio o letão Arturs Plesnieks com 410kg.

Primeiras finais do boxe

Na primeira decisão do boxe, a japonesa Sena Irie bateu a filipina Nesthy Petecio na categoria peso pena até 57kg, o 1º ouro japonês no boxe feminino. Os bronzes foram para a italiana Irma Testa e para a britânica Karriss Artingstall, que derrotou a brasileira Jucielen Romeu nas 8as.

No peso meio médio masculino, até 69kg, ouro cubano para Roniel Iglesias, que conquista seu 2º ouro olímpico, após o ouro em 2012 no meio-médio ligeiro. Ele derrotou na final o britânico Pat McCormack por decisão unânime. Bronzes para o irlandês Aidan Walsh e para o russo Andrey Zamkovoy.

5º ouro chinês nos saltos

Prova brilhante de Xie Siyi no trampolim 3m masculino, que somou 558,75, uma marca impressionante, com quatro saltos para mais de 90 pontos e fechando com 102,60, pontuação de plataforma! Wang Zongyuan completou a dobradinha chinesa com 534,90, também fechando com salto de 102,60. Prata no Rio, o britânico Jack Laugher foi bronze com 518,00.

3 ouros para 3 campeões mundiais

O húngaro Tamas Lorincz foi ouro na luta greco-romana 77kg ao derrotar na final Akzhol Makhmudov, do Quirguistão por 2-1. Os bronzs ficaram com o japonês Shohei Yabiku e para o azeri Rafig Huseynov.

Nos 97kg masculino, o russo bicampeão mundial Musa Evloev derrotou o armênio Artur Aleksanyan, que buscava o bicampeonato, por 5-1. O polonês Tadeuz Michalik e o italiano Mohammad Hadi Saravi foram bronze.

A american Tamyra Mensah sobrou durante toda a competição vencendo por superioridade e na decisão fez 4-1 na nigeriana Blessing Oborududu. Completaram o pódio a ucraniana Alla Cherkasova e Meerim Zhumanazarova, do Quirguistão.

Mais em Os Olímpicos