Siga o OTD

Os Olímpicos

Dia 5 – Ledecky vence seu 1º ouro e Fiji conquista o bi

Titmus vence mais uma e Ledecky pega seu 1º ouro

A primeira final do dia veio com mais um duelo entre a australiana Ariarne Titmus e a americana Katie Ledecky nos 200m livre. Desde o início, a americana não nadava bem e ficava um pouco pra trás. Titmus bateu apenas em 4º nos 100m, mas ela foi se recuperando, já que sempre força na 2ª metade. Siobhan Haughey, de Hong Kong, que liderava, mas na última piscina a australiana a foi buscando até passar na metade da última piscina e vencer com 1:53.50, novo recorde olímpico. Haughey foi prata com 1:53.92 e a canadense Penny Oleksiak bronze com 1:54.70. Ledecky terminou apenas em 5º com 1:55.21. Esta foi a 1ª na vida que ela não pegou medalha em uma prova em Mundiais ou Olimpíadas.

O húngaro Kristof Milak confirmou o favoritismo e venceu com facilidade os 200m borboleta com 1:51.25, novo recorde olímpico. Após vencer, ele fez uma cara de poucos amigos e depois admitiu que ficou bravo por não ter batido o recorde mundial. Prata foi pro japonês Tomoru Honda, com 1:53.73, e o bronze pro italiano Federico Burdisso, com 1:54.45.

A japonesa Yui Ohashi repetiu o ouro dos 400m medley agora nos 200m medley com 2:08.52. Na ;ultima piscina ultrapassou as duas americanas e ficou com a vitória. Alex Walsh prata com 2:08.65 e Kate Douglass bronze com 2:09.04. A última vez que nadadoras diferentes venceram os 200m e os 400m medley foi em Barcelona-1992.

Katie Ledecky venceu os 1.500m livre, a estreia da prova nos Jogos, com 15:37.34 e faturou seu 1º ouro em Tóquio. Ela venceu com facilidade, mas não com a mesma facilidade de outrora. Ledecky fez 15:37.34, 12º tempo da história, sua compatriota Erica Sullivan 15:41.41 e a alemã Sarah Köhler bronze com 15:42.91.

Fechando o dia, o revezamento 4x200m livre masculino, onde a Grã-Bretanha confirmo o favoritismo para vencer com 6:58.58, recorde europeu e a apenas 0.03 do recorde mundial! Destaque pra parcial de 1:43.45 de Duncan Scott, que fechou pros britânicos. O time russo com 7:01.81 ficou com a prata e a Austrália com 7:01.84 e o bronze. Os Estados Unidos ficaram em 4º lugar e foram do pódio pela 1ª vez na história, sem considerar quando não disputaram em Moscou-1980.

Corrida contra o relógio

Com nomes fortíssimos, a vitória na prova de contrarrelógio ficou com o esloveno Primoz Roglic, que completou os 22,1km em 55:04.19, colocando mais de 1min de vantagem sobre o resto. Em segundo lugar ficou o holandês Tom Dumoulin, que repetiu a colocação do Rio-2016. Campeão mundial em 2017, ele fez o tempo de 56:05.58. O australiano Rohan Dennis completou o pódio com 56:08.09.

A disputa feminina foi vencida pela holandesa Annemiek van Vleuten, com o tempo de 30:13.49. A vantagem dela foi de quase um minuto sobre a suíça Marlen Reusser, com 31:09.96. Van Vleuten teve uma queda muito séria na prova de estrada no Rio-2016 enquanto liderava. A também holandesa Anna van der Breggen pegou o bronze ao completar os 22km de percurso em 31:15.12. A americana Chloe Dygert, especialista em provas longas de pista, era a favorita, mas ficou em 7º lugar.

Hashimoto vence no individual geral

Daiki Hashimoto deu mais um ouro pro Japão ao vencer a disputa do individual geral masculino na ginástica, o 3º ouro consecutivo japonês nesta prova. Numa prova impecável, ele somou 88.465 para ficar com o ouro, com destaque para suas provas de cavalo com alças (15,166) e barra fixa (14,933), as melhores de toda a final. O chinês Xiao Ruoteng foi prata com 88,065 e o russo Nikita Nagornyy, atual campeão mundial, foi bronze com 88,031.

Fim da hegemonia japonesa no judô masculino

Após vencer 4 ouros seguidos no judô masculino, não tivemos Japão no pódio nos 90kg. Shoichiro Mukai perdeu cedo, ainda nas 8as, e nem foi para a repescagem. O ouro foi pro georgiano Lasha Bekauri, que venceu na final o alemão Eduard Trippel. Os bronzes ficaram com o usbeque Davlat Bobonov e com o húngaro Krisztián Tóth, lgoz do japonês.

Mas nos 70kg feminino, tudo voltou ao normal, com ouro para Chizuru Arai. A japonesa derrotou na final a surpresa austríaca Michaela Polleres. Bronzes para a holandesa Sanne van Dijke e para a russa Madina Taimazova. A russa, aliás, foi o destaque da categoria. Fez uma luta de 14min58s contra a brasileira Maria Portela e uma de 16min41s na semifinal contra a japonesa, não se deixava cair, lutou contra Arai com o olho inchado e roxo, saiu da luta quase desmaiada. Uma das grande história dos Jogos.

Bicampeonato do Fiji

Fiji vence rugby pela segunda vez (AFP)

A equipe das Ilhas Fiji de rugby masculino faturou o bicampeonato olímpico na modalidade. Após vencer sua 1ª medalha da história no Rio-2016, venceu novamente com uma campanha invicta, mas com menos domínio do que no Rio. Na grande final, venceu a Nova Zelândia por 27-12. A Argentina conquista sua 1ª medalha em Tóquio com uma grande vitória sobre a Grã-Bretanha por 17-12.

A estreia do basquete 3×3

Uma das novidades dos Jogos é o basquete 3×3, que começou bem. A Sérvia era a grande favorita no masculino, fez uma campanha perfeita na 1ª fase com 7 vitórias, mas foi superado na semifinal pela equipe russa por 21-10. Na final, numa decisão muito acirrada até o fim, a vitória foi da surpresa Letônia, com 21-18 sobre os russos. A Sérvia foi bronze, ao vencer 21-10 a Bélgica.

Já no torneio feminino, ouro pros Estados Unidos, que derrotou a equipe russa por 18-15. A campanha americana só não foi perfeita por conta de uma derrota na última rodada da 1ª fase para o Japão, que parou nas 4as. O bronze ficou com a China, que fez 16-14 na França.

Primeiras finais do remo

Após 2 dias sem regatas no remo por conta do mau tempo, seis finais nesta quarta-feira, todas muitíssimo disputadas. A primeira foi o double skiff masculino, onde os franceses Hugo Boucheron e Matthieu Androdias venceram com 6:00.33, apenas 0.20 a frente da dupla holandesa Melvin Twellar e Stef Broenink. Bronze pro chineses Liu Zhiyu e Zhang Liang, atuais campeões mundiais, com 6:03.63.

No double skiff feminino, vitória das romenas Nicoleta Bodnar e Simona Radis com 6:41.03, colocando quase 4 segundos sobre as neozelandesas Brooke Donoghue e Hannah Osborne, prata com 6:44.82. O bronze foi para as holandesas Roos de Jong e Lisa Scheenaard com 6:45.73.

No Quatro Sem masculino, disputa acirrada entre o quarteto da Austrália e o da Romênia, que foi se aproximando dos australianos, colocou o barco do lado, mas não conseguiu passar. Australianos com 5:42.76 e romenos com 5:43.13. O bronze ficou com a Itália com 5:43.60. Mas o que mais chamou a atenção nesta final foi o barco britânico, que no finzinho, tentando acelerar, entortou e começou a sair da raia, quase batendo nos italianos. Chegou muito próximo e quase os remos bateram. A Grã-Bretanha venceu os últimos 5 Jogos, e agora fica fora do pódio.

E a Austrália fez dobradinha na prova, também vencendo o Quatro Sem feminino. A prova que voltou aos Jogos após só ser disputada uma vez em 1992 viu uma bela disputa entre australianas e holandesas. A vitória veio com 6:15.37, contra 6:15.71 das holandesas. A Irlanda completou o pódio com 6:20.46.

No skiff quádruplo masculino, o ouro ficou com a Holanda com 5:32.03, o melhor tempo da história nesta prova. A prata ficou com a Grã-Bretanha com 5:33.75 e a Austrália pegou mais uma medalha no dia com o bronze com 5:33.97.

Fechando o dia, no skiff quádruplo feminino, um domínio completo do quarteto campeão mundial da China. Elas sobraram na prova para vencer com 6:05.13, também melhor marca da história. A Polônia foi prata com 6:11.36, bem longe das chinesas, e a Austrália pegou sua 4ª medalha e foi bronze com 6:12.08.

Outras finais

O grande equipe da Coreia do Sul venceu no sabre por equipe masculino e conquistou o bicampeonato olímpico, apesar dessa prova não ter sido disputado no Rio-2016, pois havia um rodízio de provas por equipe. Na final, vitória sobre a sempre forte Itália por 45-26. Na disputa do bronze, vitória húngara, que tinha na equipe o tricampeão olímpico do sabre Áron Szilagyi, com 45-40 sobre a Alemanha.

Quarto ouro chinês no levantamento de peso. Shi Zhiyong venceu a categoria 73kg masculina com 364kg no total, batendo o recorde mundial deles mesmo por 1kg, com 166kg no arranco e 198kg no arremesso. OPrata para o venezuelano Julio Mayora com 346kg e bronze pro indonésio Rahmat Erwin Abdullah com 342kg. Abdullah, aliás, competiu no Grupo B, onde teoricamente competem os atletas mais fracos, mas ao se juntar todos os atletas, ficou na frente do albanês Briken Calja por apenas 1kg.

A Alemanha voltou ao topo no adestramento individual com vitória de Jessica von Bredow-Werndl montando TSF Dalera. Ela tirou 91,732 no Grand Prix estilo livre para levar o ouro, o 1º de seu país na prova desde Atlanta-1996. E quem venceu em Atlanta foi Isabell Werth, que, aos 52 anos, conquista a prata com 89,657 e chega a 12 medalhas olímpica, 7 ouros e 5 pratas. Bicampeã olímpica individual, a britânica Charlotte Dujardin completou o pódio.

Mais em Os Olímpicos