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Atletismo brasileiro fica no lucro após Campeonato Mundial indoor

A prata de Almir Junior no salto triplo aliviou um pouco a pressão que o atletismo brasileiro vinha sofrendo desde um início de ano cheio de crise

Almir Junior exibe a medalha de prata do salto triplo conquistada no Campeonato Mundial de Birmingham (Crédito: CBAt)

Mesmo após um início de ano que se desenhava terrível, o atletismo do Brasil não term do que reclamar do desempenho no Mundial Indoor (pista coberta) em Birmingham, encerrado neste domingo. A solitária medalha de prata obtida por Almir Junior no salto triplo acabou tendo um valor inestimável para a modalidade, que passa por um momento terrível no cenário nacional.

A notícia do fim da equipe B3 (a antiga BM&F), a principal do Brasil, seguida pelo fechamento do ASA São Bernardo, trouxe um cenário desolador ao atletismo brasileiro. Daí a importância da conquista de Almir. Neste sábado, ele confirmou a tradição brasileira no salto triplo, conseguindo terminar o Mundial com a prata, ao alcançar a melhor marca de sua vida, 17,41 m, somente 2 cm atrás do campeão, o americano Will Claye.

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O mais impressionante nesta conquista foi a forma como ela veio. Para quem ainda não sabe, Almir Junior, que é atleta da Sogipa (RS), começou por acaso no salto triplo. Há 18 meses, incentivado pelo treinador José Haroldo Gomes, o Arataca, Almir abandonou o salto em altura. Chegou a Birmingham com a melhor marca do ano na prova. Volta para casa como esperança numa prova na qual brilharam monstros sagrados como Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio e João do Pulo.

A decepção de Thiago Braz

Se de um lado a medalha de prata de Almir Junior traz um pouco de otimismo, existe motivo de preocupação com a performance de Thiago Braz. Mesmo chegando com a terceira marca do ano no salto com vara (5,90 m), ele terminou somente na 12ª posição, depois de ter queimado as três tentativas em 5,80 m. Para complicar, ele sofreu para cravar a marca de 5,60 m, conseguindo ultrapassar o sarrafo apenas na última tentativa. A inconstância nas grandes competições continua sendo o grande problema que o campeão olímpico na Rio-2016 vem enfrentando e precisa superar para sonhar com novo pódio em Tóquio-2020.

O Mundial Indoor também deixou uma boa impressão para Gabriel Constantino, de 23 anos, finalista nos 60 m com barreira e Darlan Romani, quarto colocado no arremesso de peso. Para quem imaginava um cenário de terra arrasada, até que o Brasil ficou no lucro em Birmingham.

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