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Tóquio 2020

Atletas do Afeganistão driblam Talibã e conseguem chegar a Tóquio

Zakia Khudadadi e Hossain Rasouli escaparam do grupo radical que tomou o poder no país e irão disputar a Paralimpíada

atletas Afeganistão
Hossain Rasouli e Zakia Khudadadi já estão na Vila Paralímpica de Tóquio (Reprodução/Twitter)

Terminou com final feliz a história dos dois únicos atletas do Afeganistão que estavam classificados para os Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020. Após o anúncio de que Zakia Khudadadi e Hossain Rasouli não conseguiram deixar o país após o caos social com a chegada ao poder do grupo radical Talibã, uma boa notícia neste sábado (28). O IPC (Comitê Paralímpico Internacional) anunciou que os dois atletas desembarcaram em Tóquio e irão disputar a Paralimpíada.

Segundo o IPC, Zakia Khudadadi e Hossain Rasouli conseguiram deixar o Afeganistão no final da semana passada e foram para Paris (FRA), onde ficaram no Instituto Nacional de Especialização e Desempenho Esportivo, cumprindo quarentena. De lá, embarcaram para Tóquio na sexta-feira (27), chegando à Vila Paralímpica na noite de sábado, no Japão.

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Zakia será a primeira mulher do Afeganistão a competir em uma Paralimpíada desde os Jogos de Atenas-2004. Atleta do taekwondo na categoria até 49 kg, classe K44, ela competirá na próxima quinta-feira (2). Hossain, que deveria ter participado da prova dos 100 m T47 do atletismo no sábado, agora competirá nos 400 m T47, na sexta-feira (3).

O IPC assegurou que irá proteger a integridade dos dois atletas no Japão. Além disso, anunciou que os dois não deverão conceder entrevistas até encerrada sua participação nos Jogos. Da mesma forma, foram liberados de passar pela zona mista de mídia, procedimento obrigatório para todos os atletas.

“Sempre soubemos que havia uma chance remota de os dois atletas participarem dos Jogos de Tóquio-2020, razão pela qual a bandeira afegã foi exibida na cerimônia de abertura na última terça-feira. Nunca perdemos as esperanças e agora ter Zakia e Hossain na Vila Paraolímpica ao lado de 4.403 outros paralímpicos mostra o poder notável do esporte para unir as pessoas em paz”, afirmou o presidente do IPC, o brasileiro Andrew Parsons.

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