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Desfalcado por covid, Brasil só tem mais uma chance de medalha em Antalya

Com 15 desfalques por causa de um caso de covid e três eliminações nesta quinta, a única esperança de pódio do Brasil no Grand Slam de Antalya é David Moura

World Masters de judô - David Moura - Bia Souza

O Brasil entrou na disputa do Grand Slam de Antalya desfalcado de 15 atletas por causa de um caso positivo de covid-19 na delegação que chegou à Turquia vinda de Tbilisi, onde a equipe nacional disputou competição na semana passada com direito a ouro de Maria Portela, prata de Rafael Silva e bronze de Beatriz Souza e Maria Suelen Altheman. Com isso, apenas quatro judocas puderam representar o país, dos quais três encerraram sua participação nesta quinta-feira, tendo como melhor resultado o sétimo lugar de Eric Takabatake na categoria até 60 kg. Assim, resta apenas uma esperança de medalha: o pesado David Moura, que luta apenas no sábado.

Os problemas brasileiros começaram no Grand Slam de Tbilisi, onde Eduardo Katsuhiro testou positivo e não pôde competir, assim como Eduardo Yudi, seu companheiro de quarto, que testou negativo, mas foi afastado da competição por precaução. Na chegada à Turquia, quem teve em seu exame detectado a presença do vírus foi Yudi e, seguindo o protocolo das autoridades locais, todos os outros 14 judocas da seleção brasileira, que estam na Geórgia com ele, mesmo tendo dado negativo no exame, foram isolados.

Com isso, o Brasil ficou sem Gabriela Chibana (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Ketelyn Nascimento (57kg), Jessica Pereira (57kg), Ketleyn Quadros (63kg), Aléxia Castilhos (63kg), Maria Portela (70kg), Ellen Santana (70kg), Maria Suelen Altheman (+78kg) e Beatriz Souza (+78kg); Eduardo Yudy (81kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Buzacarini (100kg) e Rafael Silva (+100kg) no Grand Slam de Antalya.

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Com tudo isso, apenas os judocas que viajaram direto do Brasil para a Turquia puderam participar do Grand Slam de Antalya. No primeiro dia de competição, nesta quinta-feira, três deles estiveram em ação e o melhor resultado foi de Eric Takabatake, eliminado na repescagem.

Na estreia, Eric Takabatake derrotou o turco Miharc Akkus somente no golden score. Depois de uma luta equilibrada no tempo normal em que cada lutador foi punido duas vezes, o brasileiro conseguiu um wazaari no período de desempate para avançar para as oitavas de final.

Na segunda luta, Eric Takabatake conseguiu um wazaari logo no começo do combate contra Magzhan Shamshadin, do Cazaquistão. Depois disso, controlou bem a luta até o final, sem dar chances para o adversário de conseguir algum golpe, para garantir a vitória.

Nas quartas de final, Jorre Verstraeten, da Bélgica, abriu vantagem sobre Eric Takabatake com um wazaari. Na tentativa de reagir, o brasileiro cometeu infrações que geraram três punições contra ele. Assim, ele acabou eliminado por ippon.

Com a derrota, Eric Takabatake foi para a repescagem. O brasileiro precisava vencer o francês Romaric Bouda para brigar pela medalha de bronze, mas foi derrotado por ippon no golden score.

Os outros dois brasileiros competiram na categoria até 66 kg. Daniel Cargnin estreou derrotando o romeno Petr Zhukov, que levou punições por falta de combatividade, duas vezes, e por falso ataque para perder o combate.

A campanha de Daniel Cargnin acabou nas oitavas de final contra o marroquino Abdehrrahmane Boushita. Depois de uma luta equilibrada nos quatro minutos regulamentares, o judoca africano aplicou um ippon no brasileiro no golden score para seguir adiante e eliminar o adversário.

Já Willian Lima, do Time Ajinomoto, não passou da estreia do Grand Slam de Antalya ao perder para Ivo Verhorstert, da Holanda, que venceu por wazaari.

Depois dos desfalques e das eliminações, David Moura encerra a participação brasileira no Grand Slam de Antalya no sábado. O judoca estreia já nas quartas de final contra o vencedor do confronto entre Alisher Yusupov, do Uzbequistão, e Cemal Erdogan, da Turquia.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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