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Governo do Japão cria ‘imposto sayonara’ para Tóquio-2020

Taxa que será cobrada de todos os visitantes na hora de deixar o país poderá render uma receita de mais de R$ 1,7 trilhão até a Olimpíada

O Estádio Olímpico, local das cerimônias de abertura e encerramento, além das provas de atletismo e também finais do futebol de Tóquio-2020 (Crédito: Japan Sport Council)

Quem for visitar o Japão para acompanhar a Olimpíada de Tóquio-2020 terá que desembolsar um dinheiro extra na hora de voltar para casa. O governo japonês criou uma taxa turística para visitantes estrangeiros e a japoneses que viajam de avião ou navio. O tributo, que entrou em vigor nesta segunda-feira (7), está sendo apelidado de “imposto sayonara” (adeus, em japonês).

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Segundo o “Yahoo Finance”, o imposto já foi implantado de olho no aumento do número de turistas que são esperados para Tóquio-2020.

Aprovado em abril do ano passado, o “imposto sayonara” fará com que os viajantes paguem a taxa de 1.000 yenes (cerca de US$ 9 ou R$ 33,62) antes de embarcarem de volta a seus países.

Parece pouca coisa – e de fato, não é nenhum custo exorbitante. Inclusive, trata-se de um tipo de imposto que é cobrado por outros países, como Austrália, Bermudas e Filipinas.

Reforço de caixa

Mesmo não sendo um valor muito pesado, o Japão já vislumbra o lucro que o “imposto sayonara” trará ao país nos próximos anos.

Pelas projeções do governo japonês, essa taxa turística poderá ser responsável por um aumento de receita de 6 bilhões de yenes (R$ 207 milhões) até março deste ano, quando termina o ano fiscal de 2018. Para o ano que vem, é esperado uma bolada bem maior: 50 bilhões de yenes (R$ 1,7 trilhão).

Como mostra a reportagem do Yahoo, a tendência é que estes números se comprovem na prática. O Japão tem um crescimento na presença de turistas nos últimos anos, chegando a 30 milhões de visitantes em 2018. Certamente esta quantidade não ficará abaixo disso durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020.

Mas não é todo mundo que pagará esta taxa, vale ressaltar. Crianças de até dois anos são isentas, bem como visitantes que permanecem no Japão por menos de 24 horas.

Não está claro se atletas e outros integrantes da chamada “Família Olímpica” também terão que deixar os 1.000 yenes antes de deixarem o Japão, ou se estarão isentos da cobrança. Possivelmente serão poupados , mas convenhamos, não será esta grana que fará falta aos cofres nipônicos.

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