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Paris 2024

Revelação Ana Luísa Passos treina em Aracaju de olho em Paris

Atleta de apenas 16 anos ganhou a oportunidade de treinar no Centro Nacional de Treinamento da modalidade já pensando em 2024

Ana Luísa Passos - Ginástica Rítmica
Ana Luísa Passos tem apenas 16 anos (Divulgação/CBG)

Enquanto os preparativos para Tóquio-2020 seguem com força total, o Brasil já se prepara também para Paris-2024. Nesta semana, a jovem brasiliense Ana Luísa Passos, reveleção de apenas 16 anos, está treinando no Centro Nacional de Treinamento de Ginástica Rítmica, em Aracaju e exaltou a oportunidade.

“Fiquei muito feliz por ter sido chamada para treinar aqui. É uma oportunidade incrível e que me surpreendeu por ter acontecido tão cedo. Agora o que me cabe é treinar bastante para representar o Brasil da melhor forma futuramente”.

Olho nela

Não é de hoje, entretanto, que Ana Luísa Passos está sendo acompanhada pela CBG (Confederação Brasileira de Ginástica). Além de ter sido convocada para importantes competições juvenis, em abril ela já recebeu, virtualmente, o mesmo treino ministrado às atletas da seleção brasileira adulta, atividades programadas para os meses iniciais da pandemia.

Segundo Kely Espínola, responsável pelos treinamentos da jovem desde que ela tinha apenas nove anos de idade, a convocação foi recebida naturalmente, mas o que a estranhou foi o momento em que isso ocorreu.

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“Sabia que isso iria acontecer um dia, só não sabia quando. Imaginava que seria mais para frente. Somos muito gratas pelo reconhecimento, e agora é trabalhar sempre com muita aplicação, uma característica da Ana Luísa, para que novas convocações possam ocorrer no futuro”, diz Kely.

Superação e reconhecimento

A treinadora também contou que a ainda curta carreira de Ana Luísa Passos ganhou novo embalo depois de um episódio bastante frustrante. “Ela sempre foi uma ginasta muito talentosa, e colheu muitos resultados bons, desde a categoria infantil. Mas ela começou a esbarrar no ‘quase’. Houve uma seletiva para o Sul-Americano e ela ficou em quatro lugar, o que a impediu de ir. Então, essa frustração, que foi muito grande, fez ela se desafiar”.

“Naquele ano, reestruturamos o treino, e os resultados confirmaram que seguimos o caminho correto. Ela foi campeã brasileira no juvenil e, no ano passado, recebeu a oportunidade de competir no Pan do México (7º lugar no geral), no Sul-Americano do Peru (Campeã) e no Mundial (25ª posição)”, completou.

Elogio dourado

Além disso, no Mundial Juvenil de Moscou, Ana Luísa Passos recebeu elogios da atual campeã olímpica individual de ginástica artística, Margarita Mamun. “Ela foi dar uma entrevista e disse que quem mais lhe chamou a atenção foi uma ginasta brasileira, pelas características físicas e pela limpeza dos movimentos, que era a Ana Luísa”, contou Kely.

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“Logo de cara foi possível perceber que era uma criança muito diferenciada. Além de ter um biotipo altamente favorável à GR – é esguia e tem pernas muito alongadas -, ela é muito inteligente. E tem uma capacidade de aprender tudo o que passamos com muita velocidade. Tanto é que participou, na época, de uma competição depois de receber apenas 60 dias de treinamento”, concluiu.

Integração CBG e COB

Além de Kely, o Centro Nacional de Treinamento de Ginástica Rítmica, recebeu diversos membros das comissões multidisciplinares da CBG e do COB, com a finalidade de coordenar esforços.

“A partir do mapeamento das atletas, traçaremos os objetivos individuais para a preparação, que objetiva a classificação olímpica. Vamos estabelecer estratégias e criar um plano de apoio à preparação. Essa atuação está dividida em vários momentos: pré-temporada, acompanhamento e suporte contínuo, pré-competição, avaliações por demandas técnicas ou médicas e suporte e acompanhamento em competições. Entendemos que saúde e alto rendimento precisam caminhar juntos”, disse Juliana Fajardo, Gestora Esportiva do COB com atuação junto à ginástica.

“Eu me sinto muito feliz e honrada por termos formado um time de profissionais tão capacitados, especializados e comprometidos com a melhoria do desempenho da ginástica brasileira. Temos que estar em constante evolução. Hoje as competições são definidas nos pequenos detalhes, e estarmos alinhados, mantendo a saúde das nossas ginastas, é fundamental para alcançarmos o ápice da performance”, concluiu a técnica da seleção de conjunto, Camila Ferezin.

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