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Ginástica Rítmica

Seminário de Ginástica Rítmica discute a modalidade no Brasil

Segunda edição do evento abordou as questões de planejamento e desenvolvimento da Ginástica Rítmica no Brasil

Após o sucesso da primeira edição, realizada no ano passado, terminou no último sábado (23) o 2º Seminário Nacional de Ginástica Rítmica, que faz parte da programação do Campeonato Brasileiro CAIXA de Conjuntos de Ginástica Rítmica “Ilona Peuker”, que acontece em Londrina.

O evento, promovido pela CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), foi aberto na sexta-feira (22) e teve como principal objetivo refletir sobre o desenvolvimento da Ginástica Rítmica do Brasil. Aberto a treinadores, atletas e integrantes das equipes multidisciplinares, o seminário abordou temas como planejamento e desenvolvimento, organização de eventos nacionais, aspectos psicológicos e também teve uma palestra a respeito de combate a assédios e abusos, além de abordar questões de doping e racismo.

Para Marcia Aversani, presidente da Federação Paranaense de Ginástica Rítmica (FPRG), a realização do seminário em meio ao Brasileiro de Conjuntos acontece por uma questão estratégica. “Para reunir todos estes profissionais da Ginástica Rítmica, chegamos à conclusão que só dá para fazer em uma competição, que é onde estão todos os integrantes da comunidade. Não há tempo hábil no calendário e recursos para fazer um evento que tenha o deslocamento de tantas pessoas”, afirmou.

O evento deste ano, segundo ela, foi concentrado em dois dias e atraiu o interesse de muitas pessoas ligadas à modalidade. “O grande objetivo é discutir, promover reflexões a respeito da ginástica rítmica no Brasil. Seja da base, passando pelo desenvolvimento, até o alto rendimento que é na Seleção Brasileira. Nós nunca teremos uma Seleção com mais resultados expressivos em eventos internacionais se não tivermos uma base mais forte que possa fornecer ginastas de melhor nível para as seleções futuras. Não é um trabalho para resolver agora, mas sim para as futuras gerações”, disse Marcia Aversani.

Um dos pontos discutidos foi a formação e descoberta de novos talentos. “Nós temos hoje no Brasil, no pré-infantil e infantil, meninas talentosíssimas, em todos os cantos do país. Quando vão para o juvenil e adulto, muitas vezes não se transformam numa ginasta de alto nível. O que temos que fazer para melhorar isso? Temos que discutir, descobrir onde está o problema. Nós entendemos que está na formação e na informação”, disse.

Seminário Nacional de Ginástica Rítmica
(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Marcia Aversani também destacou o bom número de árbitros com brevê alto atuando no Brasil. Sobre planejamento, destacou o estágio de treinamento que as principais ginastas do Brasil farão em Aracaju, onde funciona o Centro de Treinamento da Ginástica Rítmica nacional. “Assim, iremos conseguir mapear quais são as ginastas para os próximos ciclos olímpicos, aquelas que têm talento para chegar a buscar vagas em competições internacionais. E em um terceiro momento, que virá após buscarmos a vaga olímpica para Tóquio, em maio e junho, vamos realizar a escola de treinadores, que seria uma terceira parte deste planejamento”, afirmou.

Para a presidente da CBG, Luciene Resende, a realização do segundo Seminário Nacional foi extremamente importante para toda a comunidade da ginástica rítmica. “Encontros como este são fundamentais para aumentar a capacitação dos treinadores presentes no evento. Tivemos uma participação muito importante de todos os participantes, reforçando que a iniciativa vem dando certo. Temos certeza de que com um maior número de treinadores capacitados, consequentemente aparecerão atletas mais talentosos, com alto nível técnico e que irão brilhar nas competições internacionais”, afirmou.

Ela comentou ainda a importância de dar aos treinadores a oportunidade de poder fazer essa troca de experiências. “Ao capacitar um treinador, sabemos que ele poderá transferir este conhecimento para uma dezena de atletas. Realizando o seminário em um Campeonato Brasileiro como este, onde está a elite da Ginástica Rítmica, estes técnicos serão capazes de disseminar o conhecimento adquirido em seus estados. Isso fará com que a modalidade em todo o Brasil ganhe e possa crescer cada vez mais”, completou a presidente da CBG.

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