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Ginástica Artística

Yuri Guimarães é tri medalhista no Pan de Ginástica Artística

Yuri Guimarães levou três medalhas no Pan-Americano de ginástica artística e Brasil estará no Pan de Santiago

Yuri Guimarães é o maior destaque do Pan-Americano em Medellin, na Colômbia. - Copa do Mundo de Doha no solo
Ricardo Bufolin/CBG (Arquivo)

O Brasil conquistou três medalhas e se classificou para a final em equipes no primeiro dia do Campeonato Pan-Americano de ginástica artística, disputada em Medellín, na Colômbia. Yuri Guimarães levou medalhas em três provas e foi o grande destaque do dia. O brasileiro conquistou o ouro no salto, com a nota de 14.300. Além disso, também teve a prata no solo, com 14.433, e o bronze veio por conta do individual geral, de somatória 81.566. Mais do que isso, o atleta liderou a seleção brasileira que carimbou sua vaga nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023.

Além do grande desempenho de Yuri, a equipe brasileira masculina composta por Yuri, Bernardo Actos, Lucas Bitencourt e Patrick Correa fez uma boa performance, garantindo o seguindo lugar. Por isso, asseguraram a participação na disputa da final, que ocorrerá no domingo, 28. Colômbia, com apoio da torcida, terminou em terceiro lugar, garantindo ao lado do Canadá a vaga por equipes no Mundial de Ginástica Artística, que será disputado em Antuérpia em setembro.
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Yuri é destaque do Brasil

O ouro no salto de Yuri Guimarães veio da média entre seus dois saltos, de parciais 14.367 e 14.233, totalizando 14.300 . Com essa pontuação, o atleta ficou apenas 0.016 pontos a frente do segundo colocado, o chileno Ignacio Varas, que salvou para 14.284. Completando o pódio, Leandro Peña, da República Dominicana, fez uma pontuação de 13.933 e também garantiu sua medalha.

Vale lembrar que a prova de individual geral e por aparelhos nesse ano do Pan-Americano de ginástica foi realizada sem etapa classificatória, sendo utilizado a própria eliminatória por equipes como etapa final para a conquista das medalhas.

Na prova de solo, o brasileiro ficou com 14.433, atrás apenas do norte-americano Yul Moldauer, ouro com 14.500. O também estadunidense Shane Wiskus completou o pódio, com 14.200. Com boas passagens pelos outros aparelhos, Yuri ganhou ainda 12.933 no cavalo com alças – único brasileiro a não cair do aparelho -, 13.600 nas paralelas e 13.200 na barra fixa, somando 81.566 no individual geral, faturando com sobras a medalha de bronze.

Norte-Americano leva três títulos

Ainda que Yuri foi o principal nome, os outros brasileiros terminaram bem, apesar de alguns erros e terem ficado longe de qualquer chance de pódio nos aparelhos. Bernardo Miranda foi o nono melhor, com 77.099, Lucas Bittencourt, o Bisteca, ficou em 12º com 76.633 e Patrick Sampaio foi apenas o 15º, com 75.657. Bernardo, com 13.233 na barra, foi o único a obter uma nota melhor que Yuri em qualquer um dos seis aparelhos.

Um quase xará de Yuri foi o grande destaque do dia. Yul Moldauer, não só levou o título no individual-geral, com 84.200 mas também o ouro no solo e nas barras paralelas (14.567), além da prata na barra fixa (13.833) e o bronze no cavalo com alças (13.367). O também norte-americano Shane Wilkus ficou com a medalha de prata no individual-geral, com 82.800, além de ter levado prata nas paralelas e bronze no solo.

Yuri Guimarães, Yul Moldauer e Shane Miskus no pódio do individual-geral do Pan de 2023
Yuri Guimarães, Yul Moldauer e Shane Miskus no pódio do individual-geral (Divulgação/USA Gymnastics)

Outros estadunidenses conquistaram título no cavalo (Khoi Young) e na barra fixa (Curran Phillips). Apesar de terem feito os três melhores saltos do dia, nenhum norte-americano realizou um segundo salto. A única prova em que Moldauer disputou e não subiu ao pódio, portanto, foi nas argolas, em que ficou em quarto lugar.

Melhor para o argentino Daniel Villafañe, que levou o ouro, com 14.133, a frente do canadense William Emard e do cubano com Alejandro de la Cruz, com 13.833. Curiosamente, foi o único pódio alcançado pelos três países na noite desta sexta.

Disputa por equipes

Já na disputa por equipes o sistema continuou o mais tradicional: o classificatório oferta vagas para a disputa final com uma seleção dos melhores atletas. Nessa circunstância, o time brasileiro conseguiu atingir bons índices, como 41.866 em solo, 42.334 no salto, 40.300 nas barras paralelas e 39.466 na barra fixa. O ponto negativo ficou, mais uma vez com o cavalo, em que três atletas sofreram com várias quedas. Com estas passagens, o time brasileiro somou 34.233 no aparelho. As argolas já deram ouro olímpico ao Brasil, porém foram outro desfalque, com 38.600 no total.

Ao total, foram 236.799 pontos que levaram a equipe brasileira direto para o segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos, com 250.032. Agora, no domingo eles vão em busca da medalha de ouro na final. Como as duas seleções já estavam classificadas para o mundial, as duas seleções em sequência levaram as vagas: Colômbia e Canadá. A outra alegria dos donos da casa veio com o bronze de Dilan Jimenez nas paralelas.

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Vagas em Santiago e Antuérpia definidas

Com o desempenho da equipe, o Brasil garantiu mais uma vaga para os Jogos Pan-Americanos Santiago-2023, entre 20 de outubro e 5 de novembro. Poderá, portanto, levar uma equipe completa de cinco ginastas para o evento multi esportivo. O time feminino do Brasil brigará pelo mesmo feito ja neste sábado (27) e você acompanha ao vivo aqui no Olimpíada Todo Dia.

O top8 da competição se juntou ao Chile, já classificado por ser o país-sede: além de Brasil e EUA, se garantiram em Santiago 2023: Canadá, Colômbia, México, Argentina, Cuba e Porto Rico. As oito seleções também disputarão a final neste domingo. Além disso, outros países também garantiram atletas individuais no maior campeonato do continente.

Apesar de ter tido que brigar por uma vaga no Pan, o Brasil já estava classificado para o Mundial da modalidade, em Antuérpia, entre 30 de setembro e 8 de outubro. Assim como os EUA, os finalistas do Mundial de 2022 tinham presença assegurada. Restou aos atletas colombianos fazer bonito em casa para conquistar uma das duas vagas em disputa para o Mundial, ao lado do Canadá. A competição na Bélgica, por sua vez, distribuirá a maior parte das vagas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Como jornalista e atleta de tiro com arco, me vejo fascinada por contar histórias de como sonhos olímpicos se realizam. Vamos Brasil!

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