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Atletismo

Wilma Rudolph: a Gazela Negra que marcou a história

Wilma Rudolph superou a poliomielite para se tornar uma das maiores atletas da história dos Estados Unidos. Conheça a Gazela Negra!

Segurando suas três medalhas olímpicas, Wilma Rudolph, a Gazela Negra, que marcou a história do atletismo (Reprodução)
Segurando suas três medalhas olímpicas, Wilma Rudolph, a Gazela Negra, que marcou a história do atletismo (Reprodução)

Nascida prematura com apenas dois quilos no Tennessee, Estados Unidos, Wilma Glodean Rudolph, não só sobreviveu, como muitos duvidavam, mas conquistou ao longo da carreira de esportista quatro medalhas olímpicas no atletismo: três de ouro e uma de bronze. Mais conhecida como Gazela Negra, pode ser considerada um dos maiores nomes da história do esporte feminino.

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Vamos conhecer melhor sua história. Wilma foi a 17ª criança em uma família de 18. Com quatro anos de idade teve pneumonia dupla e escarlatina, doenças que a colocaram com risco de vida.

Ainda pequena contraiu poliomielite e não conseguia andar direto até os 11 anos de idade. A doença atrofiou o pé e a perna direitos, então Wilma Rudolph fez exercícios de correção e começou a praticar esportes como parte do tratamento.

Iniciou no basquete e virou estrela do time no colégio. Depois, foi descoberta por um técnico do atletismo e passou a se dedicar às pistas. No início ficava em último lugar, mas foi melhorando até que a Gazela Negra acabou virando a primeira mulher dos Estados Unidos a vencer os 100 m individual e o revezamento 4×100 m em Olimpíadas.

Trajetória Olímpica

Wilma Rudolph, a Gazela Negra, durante os Jogos Olímpicos (Reprodução) | história do atletismo | esporte feminino
Wilma Rudolph, a Gazela Negra, durante os Jogos Olímpicos (Reprodução)

Antes de se consagrar nas duas provas, Wilma Rudolph foi para os Jogos Olímpicos de 1956, em Melbourne, com apenas 16 anos. Lá conquistou o bronze no revezamento 4×100 m mesmo com a pouca idade. Na prova individual, dos 200 m, acabou eliminada.

Quatro anos foram tempo suficiente para fazer da Gazela Negra a velocista mais rápida do mundo. Nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, voltou pra casa com nada menos do que três medalhas de ouro. Além dos 100 m e do revezamento 4×100 m, levou também os 200m, fora os recordes mundiais.

Vinte anos e oito depois de vencer a poliomielite, Wilma Rudolph estabeleceu o recorde mundial de 22s9 para os 200 m e, também, o melhor tempo do mundo nos 100 m com 11s3. No revezamento, marca histórica na época também para 44s4.

A história no esporte não para por ai. Em 1961, igualou o recorde dos 100 m, em Moscou, e quatro dias mais tarde, em Stuttgart, baixou para 11s2. Na carreira ainda conquistou títulos dos Jogos Pan-Americanos e campeonatos nacionais e internacionais.

Legado da Gazela Negra

Wilma Rudolph causou impacto no esporte pela performance e pelo trabalho em prol do esporte feminino (Reprodução)
Wilma Rudolph causou impacto no esporte pela performance e pelo trabalho em prol do esporte feminino (Reprodução)

Durante todo o texto chamamos Wilma Rudolph de Gazela Negra, em inglês era conhecida como “The Black Gazelle” e você deve estar se perguntando o motivo. O apelido veio tanto pela velocidade quanto por sua beleza.

Formada em educação, em 1963, ela causou um grande impacto no esporte feminino e no atletismo dos Estados Unidos. Não só pelas performances, mas também pelo trabalho em prol das mulheres.

Quando parou de correr, a Gazela Negra criou a “Fundação Wilma Rudolph”, que trabalhava em prol de crianças carentes e patrocinava competições para elas em Indianápolis. Ela faleceu muito jovem, em 12 de novembro de 1994, com apenas 54 anos, vítima de um tumor no cérebro.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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