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Seleção Brasileira

Atletismo brasileiro sob suspeita

Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 7/08

Já diz aquele velho ditado que há males que vem para o bem. Você, caro(a) leitor(a), já imaginou o tamanho do vexame internacional que o atletismo do Brasil iria passar se os cinco casos de doping por eritropoietina (EPO) tivessem estourado em plena disputa do Campeonato Mundial de Berlim, que começará no próximo dia 15?

Sob este pragmático ponto de vista, deve-se encarar com um certo alívio que tenham sido divulgados antecipadamente os resultados positivos de Bruno Tenório, Jorge Célio Sena, Josiane Tito, Luciana França e Lucimara Silvestre além de Lucimar Teodoro, pega uma semana antes com femproporex. Todos são integrantes da equipe Rede, de Bragança Paulista.

Mas a rapidez com que a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) agiu para punir os culpados não diminui a gravidade do caso. De forma infeliz, o Brasil passou a fazer parte do rol dos “vilões” do esporte mundial, como são encarados todos os atletas dopados, nas mais variadas modalidades.

Casos de exames positivos sempre fizeram parte do noticiário esportivo brasileiro. O próprio atletismo sofreu com isso há seis anos, com o caso de Maurren Maggi. Mas jamais havia ocorrido um “doping por atacado”, com tantos atletas flagrados. Nos igualamos, por exemplo, à equipe de levantamento de peso da Bulgária, cujos 11 integrantes foram impedidos de participar das Olimpíadas de Pequim, no ano passado. O pior de tudo é saber que a mancha da suspeita vai atormentar por um bom tempo o atletismo brasileiro.

A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sextas-feiras pelo Diário de S. Paulo

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