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Tóquio 2020

‘Olimpíada é fazer o melhor possível’, diz Gustavo Borges sobre Tóquio

Quatro vezes medalhista olímpico, Gustavo Borges comentou sobre como vê os Jogos Olímpicos e ressaltou a importância do foco para “fazer o melhor possível”

Gustavo Borges - Tóquio 2020
(Divulgação)

Dono de quatro medalhas olímpicas e um dos maiores nomes da natação brasileira. Esse é Gustavo Borges. O ex-nadador fez uma live com o Olimpíada Todo Dia no Instagram para comentar sobre Jogos Olímpicos e foi direto ao ser questionado sobre o que ele pensa quando falamos da maior competição esportiva do planeta. “O mais importante da Olimpíada é fazer o melhor resultado possível para aquele momento. O melhor é fazer o seu melhor nos Jogos Olímpicos, seja o que for”.

Gustavo Borges participou de quatro edições olímpicas na carreira e conquistou quatro medalhas. Logo na primeira, em Barcelona-1992, o nadador começou a conqusita de medalhas ao ficar com a prata na disputa dos 100m livre. Para Gustavo, a Olimpíada ensina muito e muda as pessoas.

“Olimpíada é diferente. Completamente diferente, principalmente para as modalidades que tem a Olimpíada como o grande evento. Aprendi a fazer um exercício de paciência, em 1992, porque o placar não funcionou. O mais importante da Olimpíada é fazer o melhor resultado possível para aquele momento. Fazer o índice e chegar na Olimpíada não é o melhor, o melhor é fazer o seu melhor nos Jogos Olímpicos, seja o que for”.

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Foque, Foco, Focado

Onde é mais fácil conseguir o foco, no silêncio ou no caos? Sempre que se fala de esporte de alto rendimento a capacidade dos atletas ou do time se focar no objetivo é ressaltada em algum ponto da conversa. Para Gustavo Borges, essa questão é primordial para o sucesso de um atleta numa edição de Jogos Olímpicos.

“Eu sempre cheguei muito focado e preparado para as competições. Se eu pudesse dar uma dica para os atletas de hoje é foque no seu trabalho, nas suas coisas. A gente tem a mania de se comparar com os outros. Se isso acontece para a gente crescer, é aceitável. No esporte tudo é comparação e é normal. Mas, no momento que você está fazendo o seu trabalho, foque nele. Foque naquilo que você precisa focar. Vai lá e faz”.

Gustavo Borges
(Instagram/gustavo.borges)

“Essa Olimpíada está diferente do que a gente já teve, por conta da pandemia. O último ano foi conturbado para os atletas. Nas vésperas dos Jogos Olímpicos você se preparada mentalmente e fisicamente. Você pode ter lutas, momentos e dias completamente diferentes um do outro e você precisa chegar preparado mentalmente e fisicamente. Você precisa estar preparado para cada dia. O maior adversário é o próprio atleta e sua cabeça”.

As chances do Brasil

Referência do Brasil quando se fala de natação olímpica, Gustavo Borges recebe, neste período em que os Jogos Olímpicos se aproximam, vários questionamentos sobre a chance de pódio do Brasil na natação. Para o ex-nadador, as alternativas para subir ao pódio dos brasileiros são claras.

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“Bruno Fratus é um cara muito constante. Não conheço um cara que nada os 50m para 21s no mundocom tanta frequência. “O 4x100m livre brasileiro é o azarão. Os Estados Unidos, a Austrália, a Romênia estão na nossa frente. Temos esse garoto romeno, o David Popovici é para ficar de olho. Você ver garotos abaixo de 18 anos chegando em finais olímpicas é para ficar de olho. O Michael Phelps foi 5º em 2000 com 15 anos, por exemplo”.

Além de contar com modalidades estreantes, que são surfe, skate, caratê e escalada, os Jogos Olímpicos de Tóquio contam com algumas provas novas. No caso da natação, a Olimpíada na capital japonesa conta com a estreia da disputa do 4x100m medley misto. Para Gustavo Borges, a nova prova é interessante e ele quer “ver como será”.

“Acho interessante ter as provas mistas. Eu não vivenciei isso e por isso não consigo entender. Em termos de fazer a participação de homem e mulher junto na mesma prova é interessante, vamos ver como será”, finalizou Gustavo Borges.

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