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Blog da Lyanne Kosaka

Grand Slam do tênis de mesa – parte 2

Cinco atletas conquistaram o Grand Slam do tênis de mesa até hoje. O primeiro foi o sueco Waldner, e o mais recente, o chinês Ma Long.

O bicampeão olímpico Ma Long: Career Grand Slam no currículo (Foto: Divulgação)

No post anterior falei sobre as cinco mulheres que conquistaram o Grand Slam do tênis de mesa, ou seja: que foram campeãs individuais nos Jogos Olímpicos, no Campeonato Mundial e na Copa do Mundo.

Agora vou falar dos cinco homens vencedores de Grand Slam até hoje.

São todos mesatenistas destros. Quatro são do estilo clássico, com borrachas lisas em ambos os lados da raquete. E apenas um deles representa o estilo “classineta”, isto é: que combina a empunhadura do “penholder/caneteiro” com o uso das “costas/backhand” da raquete, como faz o clássico.

Vencedores de Grand Slam: De Waldner a Ma Long

O primeiro e único não-chinês da lista é o sueco Jan-Ove Waldner. O “Mozart do tênis de mesa” foi campeão olímpico em Barcelona-1992, bicampeão mundial (1989 e 1997) e campeão da Copa do Mundo em 1990. Reverenciado na China por ter sido, por muitos anos, o principal adversário a ser batido, Waldner declarou em 2019 ao Olympics.com: “Tenho tanta relação com eles que provavelmente me vêem como meio-chinês…” E relembra: “Tive um restaurante lá, virei selo na China e enfrentei seis gerações de mesatenistas chineses. Iniciei meus treinos na China, também. Fui para Xangai quando tinha 14 anos. Depois de disputar o Aberto da China, ficamos por lá e treinamos durante três semanas. Aprendi muito com aquele treinamento. Então há muito na minha carreira que tem a ver com a China.”

Jan-Ove Waldner: único não-chinês a conquistar o Grand Slam do tênis de mesa
Jan-Ove Waldner: único não-chinês a conquistar o Grand Slam do tênis de mesa (Foto: Divulgação)

Em seguida, vem Liu Guoliang. Precursor do estilo “classineta”, Liu foi campeão olímpico em Atlanta-1996, campeão mundial em 1999 e ganhou a Copa do Mundo em 1996. Trabalhando em Pequim-2008 como produtora, assisti à uma coletiva de imprensa com Liu Guoliang – então técnico da seleção chinesa. Com muita convicção, ele disse que a China dominava no tênis de mesa porque era o país que mais investia no esporte, em todas as suas instâncias, isto é: desde a formação de atletas, passando pelos técnicos, seleção nacional até o desenvolvimento constante dos treinamentos. Era de chamar a atenção a postura confiante dele. Atualmente, Liu Guoliang é presidente da Associação Chinesa de Tênis de Mesa e vice-presidente executivo da ITTF (Federação Internacional).

De Kong para “King”

O terceiro a conquistar o Grand Slam foi Kong Linghui. Kong foi campeão olímpico em Sydney-2000 (derrotou Waldner na decisão), campeão mundial em 1995 e da Copa do Mundo – também em 1995. Vale lembrar que o Mundial de 1995 (realizado em Tianjin, China) marca a reconquista do título por equipes pela China, isto é: após 3 triunfos seguidos da Suécia (1989, 1991 e 1993).

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Zhang Jike, o quarto da lista, foi ouro em Londres-2012, bicampeão mundial (2011 e 2013) e bicampeão da Copa do Mundo (2011 e 2014). Zhang Jike chegou novamente à final olímpica de simples no Rio-2016, mas não conseguiu impor grande resistência e foi superado em 4 sets pelo compatriota Ma Long.

GOAT do tênis de mesa?

E Ma Long é o mesatenista mais recente a conquistar o Grand Slam. Primeiro bicampeão olímpico (Rio-2016 e Tóquio-2020) da história, tricampeão mundial (2015, 2017 e 2019) e bicampeão da Copa do Mundo (2012 e 2015). Por muitos, considerado o “GOAT” do nosso esporte – o maior de todos os tempos. Vale destacar que Ma Long não pôde defender seu título mundial em Houston-2021 por não ter sido inscrito pela China. Mas este é um assunto para um outro post!

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