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Basquete

Yago revela sonhos com Olimpíadas, NBA e Espanha

Armador do Paulistano afirmou também, em live promovida pelo NBB, que tem como maior objetivo ser uma pessoa melhor

Yago Mateus revelou os sonhos de jogar a NBA e as Olimpíadas, falou sobre a quarentena do coronavírus e destacou sua evolução no Paulista e seleção brasileira
Yago é um dos destaques do Paulistano (Foto: Divulgação/NBB)

Aos 21 anos, Yago é um dos destaques do NBB e figurinha carimbada na seleção brasileira de basquete durante os últimos dois anos. Com a pouca idade e o protagonismo dentro do esporte nacional, o ‘baixinho’ do Paulistano estabelece metas para a vida e sonhos ambiciosos para a carreira, entre eles a NBA, mas coloca as Olimpíadas como maior desejo. O Brasil vai disputar a seletiva mundial, marcada para acontecer apenas no ano que vem.

“Meu maior sonho é jogar as Olimpíadas e meu maior objetivo é ser melhor. Eu uso essa frase porque foi uma das pessoas que eu mais admiro, o Filet, do Palmeiras, que me falou. Ele disse: ‘Yago, por você ser do jeito que você é, tem que ser a sua melhor versão a cada dia’. Não só no basquete, mas ser melhor para minha família, para a família da Manu (a namorada) e para os meus amigos. Esse é o meu objetivo de vida. De carreira, é jogar as Olimpíadas, chegar na NBA e jogar na Espanha”, disse em entrevista à Liga Nacional de Basquete (LNB).

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Para chegar à NBA, Yago se inspira em Isaiah Thomas, que tem 1,75 m, um centímetro a menos que o brasileiro, e foi All-Star duas vezes. Além do norte-americano, atualmente sem clube, o armador do Paulistano e da seleção brasileira tem como principal ídolo Stephen Curry, astro do Golden State Warriors.

“Não me espelho nele (Stephen Curry), mas eu vejo muitos movimentos dele que eu uso, como também os do Isaiah Thomas – como ele se protege dos pivôs grandes com o corpo mesmo sendo daquele tamanho. Olho para o Curry não só pelo chute, mas pela movimentação que ele faz sem a bola para achar os espaços livres”, disse.

Seleção brasileira e evolução

Yago foi convocado para as seleções de base desde os 14 anos, mas fez questão de lembrar da Copa América Sub-18 de 2016, quando enfrentou atletas que são, atualmente, referências em suas equipes na NBA. Após dois anos, o armador começou a ser chamado para o time principal do Brasil e esteve entre os escolhidos para o Mundial do último ano.

“A gente enfrentou jogadores que já sabiam o que seriam. Jogamos nos Estados Unidos contra o Trae Young, o Michael Porter Jr e o Markelle Fultz. Classificamos para o Mundial Sub-19 e foi uma conquista muito grande. Uma pena que a gente não pôde ir. Dois anos depois, fui convocado para a seleção principal. O Petrovic ficou encantado, me convocou e, desde ali, eu sempre me firmei na Seleção. Chegou a parte de ir para o Mundial, que foi a minha melhor conquista até hoje. Ter vivido aqueles dois meses foi uma coisa muito grande”, afirmou.

Apesar da pouca idade, Yago é uma das referências do Paulistano dentro e fora de quadra. Para alcançar os sonhos que estipulou, o armador trabalha para evoluir cada vez mais.

“Eu me vejo evolução constante. Acabei de completar 21 anos e estou na quarta temporada do NBB. Tenho muito o que evoluir e aprender ainda. Eu vejo que evoluí na liderança, no apoio ao time, na realização de um trabalho extra-quadra, como ver vídeos e aprender com o que está acontecendo”, analisou.

Quarentena

Yago está passando a quarentena em decorrência do coronavírus ao lado da namorada Manuela, mas longe do restante da família, que mora no interior paulista.

“Estou ficando em casa e esperando um tempo para visitar a minha família lá em Tupã. A adaptação está sendo difícil porque eu sempre estou fazendo alguma coisa. Ter que parar de fazer, do nada, é difícil. Às vezes, eu até pergunto ‘que dia é hoje?’ de tão perdido que fico. Acordo, treino e tenho o resto do dia livre até o treino à noite”, afirmou.

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Assim como a maioria dos atletas confinados, Yago está improvisando treinos dentro de casa. Algumas atividades físicas são montadas por Esteban Astroven, preparador físico do Paulistano, que promove trabalhos online com o restante do grupo.

“O Esteban acabou passando três planilhas de treinos extras, mas todo dia, em dois períodos, a gente se encontra online para poder treinar. Tenho alguns aparelhos em casa que facilitam bastante. Apesar de estar parado, eu consigo fazer exercícios que faço em época de jogo – o que eu mais faço é exercício de força. Faço muito exercício de pernas, flexão e trabalho de bola. Mas nada se compara ao trabalho com o time”, concluiu.

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