Siga o OTD

Atletismo

Erik Cardoso corre os 100m abaixo dos 10s e faz história no país

Erik Cardoso é o primeiro brasileiro a baixar dos 10s nos 100m. E foi numa final pra lá de histórica

Eric Cardoso 100n 10s final sul-americano atletismo
(Wagner do Carmo/CBAT/arquivo)

Depois de anos de expectativa, finalmente chegou a resposta sobre quem seria o primeiro brasileiro a correr os 100m abaixo dos 10s. E foi Erik Cardoso, com 9s97, na histórica tarde desta sexta-feira (28), na final do Sul-Americano de atletismo que está sendo disputado no Centro Olímpico de São Paulo. De quebra, ele ainda derrubou o recorde brasileiro, de 10s cravados, estabelecido por Robson Caetano em 22 de julho de 1988, na Cidade do México, e ainda registrou índice olímpico para Paris.

E não foi apenas o tempo de Cardoso que entrou para a história, afinal, os três primeiros colocados baixaram dos 10s, e o tempo de Robson Caetano era também o recorde sul-americano. O campeão foi Asinga Issamade, do Suriname, com 9s89 e, portanto, o novo recordista continental. Cardoso ficou em segundo e o bronze foi para o colombiano Ronal Longa Mosquera, com 9s99. Como se não bastasse, os 9s89 de Asinga Issamade são, ainda, recorde mundial sub-20. Paulo André, o outro brasileiro na final dos 100m durante o Sul-Americano de atletismo, cravou 10s03 e ficou na quarta colocação.

Eric Cardoso 100m 10s final sul-americano atletismo

‘Sentimento de felicidade’

“Deus me deu a graça de conseguir correr bem hoje. Já estava treinando muito bem este ano, mas Deus sabia a hora certa de sair esse sub-10s. Foi uma prova espetacular, com recorde sul-americano, brasileiro e de vários países”, disse Erik Cardoso, logo após o feito. “Muito feliz em poder fazer o índice olimpíco. Tô muito feliz pela prova. E agora é seguir trabalhando diariamente e focar nas próximas competições: Mundial, Pan-Americano e Paris.”

Robson Caetano, que estava no Centro Olímpico, comentou sobre a marca de Erik Cardoso. “O sentimento é de felicidade. Não tem outra palavra pra explicar. Os meninos estão correndo bem há muito tempo. Mas esse limitador fazia com que eles pensassem só nos 10 segundos, quando eles têm potencial para muito mais. No Troféu Brasil eu conversei com eles e falei para ignorarem esse limitador. E para nossa felicidade o Erik conseguiu.”

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

Mais em Atletismo