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João Victor Teixeira repete Tóquio e fatura bronze no Mundial

Medalhista paralímpico em Tóquio-2020, João Victor Teixeira conquista bronze no lançamento de disco do Mundial de Paris

João Victor Teixeira ajoelhado e com a bandeira do Brasil após medalha no Mundial
(Foto: Alexandre Schneider/CPB)

O brasileiro João Victor Teixeira conquistou a medalha de bronze na disputa do lançamento de disco da classe F37 (atletas com deficiência de coordenação motora) no Mundial de atletismo paralímpico, em Paris, na França, na manhã deste domingo (16). Ele atingiu a marca de 52,33m e repetiu o pódio que obteve nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021.

Carioca de 29 anos, João Victor Teixeira participou de uma prova de altíssimo nível, em que ao menos sete atletas tiveram chances de medalhar. O brasileiro ficou na segunda colocação na maior parte da final, mas perdeu o posto na última rodada e acabou com o bronze. Ele marcou 50,68m na primeira tentativa, subiu para 52,28m na quarta rodada e anotou 52,33m no quinto lançamento.

O ucraniano Mykola Zhabnyak levou o ouro com 53,97m, enquanto o australiano Guy Henly foi prata a 52,45m. Henly ficou a apenas 12 centímetros a frente de João Victor Teixeira. O brasileiro, por sua vez, teve quase 1,5m de diferença para o quarto colocado, o japonês Yamato Shimbo, que anotou 50,99m. Ao todo, 12 atletas participaram desta final.

Multimedalhista

Esta foi a terceira medalha mundial de João Victor Teixeira, que já havia conquistado o ouro no lançamento de disco e o bronze no arremesso de peso na última edição da competição, em Dubai 2019. Neste Mundial, ele também participou da disputa do arremesso de peso (também classe F37), mas terminou na décima colocação.

João Victor Teixeira na final do lançamento de disco no Mundial de atletismo paralímpico
João durante a final em Paris (Foto: Alexandre Schneider/CPB)

Esta foi a única medalha do Brasil nesta primeira sessão do domingo no Mundial de atletismo paralímpico. O país agora chega a 35 pódios na competição, acumulando 12 ouros, nove pratas e 14 bronzes. A equipe verde-amarela está perto de bater sua melhor campanha em um Mundial, que é de 14 ouros e 39 medalhas, de Dubai 2019.

Outras provas

Entre outras finais no dia, Izabela Campos terminou em nono lugar no arremesso de peso F12 (deficiência visual), com 8,95m. A italiana Assunta Legnante levou o ouro (15,55m), enquanto a uzbeque Safiya Burkhanova (13,72m) e a chinesa Zhao Yuping (12,78m) completaram o pódio. Medalhista nos 400m, Maria Clara Augusto foi 13ª no salto em distância T47 (deficiência nos membros superiores), com 5,00m. A equatoriana Kiara Rodriguez levou o ouro com 6,23m, recorde mundial.

Já nas disputas eliminatórias, destaque para os 200m feminino da classe T11 (cegas), em que Thalita Simplício e Jerusa Geber venceram suas baterias e se classificaram para a final da prova. Jerusa anotou 25s04, melhor tempo geral, enquanto Thalita marcou 25s61. Somente quatro atletas participam da final, ou seja, o Brasil tem ao menos um bronze garantido. A final ocorrerá na segunda-feira (17), às 12h48 (de Brasília).

Thalita Simplício, de cabelo rosa, corre com o guia Felipe Veloso, que usa colete
Thalita Simplício, com o guia Felipe Veloso, busca terceira medalha em Paris (Foto: Alessandra Cabral/CPB)

Rayane Soares também se classificou para a final dos 400m da classe T13 (deficiência visual). Ela ficou em segundo lugar em sua bateria com 59s21, atrás da estadunidense Erin Kerkhoff, com 59s09. A decisão ocorrerá na segunda, às 14h27. Por fim, o Brasil avançou à final do revezamento 4x100m universal, com Jhulia Karol, Ricardo Mendonça, Fernanda Yara e Ariosvaldo Fernantes, que venceram a eliminatória com 59s67. A final será hoje, às 16h20.

Paulistano de 22 anos. Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Estou no Olimpíada Todo Dia desde 2022. Cobri os Jogos Mundiais Universitários de Chengdu e os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023.

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