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Pan 2019

Em alta, Mayra e Rafaela tentam ouro inédito no judô

Multicampeãs, Mayra Aguiar e Rafaela Silva chegam a Lima voando para conquistar pela primeira vez o ouro do Pan

Mayra Aguiar está passando o trator esse ano (FIJ)

Mayra Aguiar e Rafaela Silva devem ter uma parede bem grande para colocar as principais medalhas e conquistas que têm no judô. São títulos mundiais, olímpico e de grandes competições pelo mundo afora. Mas nesta parede há um espaço esperando o ouro dos Jogos Pan-Americanos, que ainda não chegou.

Para a edição de Lima, próxima parada do judô brasileiro, Mayra Aguiar e Rafaela Silva chegam em ótima forma, como há muito não se via. Para começar, ambas vêm de medalha de ouro no domingo (14), no Grand Prix de Budapeste, o último compromisso da seleção de judô antes dos Jogos Pan-Americanos.

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o judô nos Jogos Pan-Americanos começa no dia 8 de agosto. Rafaela Silva luta no dia seguinte, dia 9, e Mayra Aguiar está no dia 11.

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Mayra Aguiar voando

Mayra Aguiar disputou sete torneios individuais neste ano e chegou a cinco finais. Ganhou três e é a atual número 1 do ranking mundial. Dentre os três que venceu está o Campeonato Pan-Americano específico da modalidade, sem relação formal com os Jogos Pan-Americanos.

No Campeonato Pan-Americano, que coincidentemente também foi em Lima, em abril, Mayra Aguiar venceu três lutas por ippons rápidos, sendo duas contra rivais que devem estar nos Jogos Pan-Americanos. Na semifinal passou por Nefeli Papadakis, dos Estados Unidos, e depois na final pegou uma das grandes rivais do continente, a cubana Kaliema Antomarchi.

Kaliema foi bronze no Mundial de 2017, em Budapeste, ano em que Mayra foi campeã. Bicampeã, para ser mais exato, já que em 2014 ela vencera em Chelyabinsk. A brasileira chegou, ainda, à final de 2010 e tem bronzes em 2011 e 2013. Isso só em mundiais. Olímpicas são duas as medalhas, ambas de bronze.

No circuito mundial já fez três e venceu duas finais de Masters, o segundo torneio anual mais importante no judô atrás apenas dos mundiais. Grand Slams, o terceiro na hierarquia, já decidiu nove e venceu cinco, além de ter mais seis medalhas de bronze. Em Jogos Pan-Americanos são três medalhas. Duas pratas e um bronze.

Para Rafaela Silva sorrir

Rafaela Silva também está em um ano fantástico e vem de dois ouros seguidos. Fez seis finais em nove torneios disputados, mas perdeu as quatro primeiras e foi ao pódio em todas com cara de poucos amigos. Porém, foi só ganhar a primeira, no Grand Slam de Baku, que voltou a sorrir.

Rafaela Silva

Rafaela Silva e sua terceira prata no ano. Sem sorrisos (Reprodução IJF)

A última final que não venceu foi justamente no Campeonato Pan-Americano. Ficou com a prata após perder para a canadense Christa Deguchi, que não deve ir a Lima. Antes da decisão Rafaela Silva venceu Ana Rosa, da República Dominicana, e Yadinys Amarais, da Colômbia, ambas que devem estar no Peru.

O currículo de Rafaela Silva também é repleto de feitos históricos. É a atual campeã olímpica e também já foi campeã mundial, além de ter uma prata em mundial. Tem medalha em Masters, nada menos do que 12 em grand slams e nove em torneios continentais. Duas são de Jogos Pan-Americanos. Tem uma prata e um bronze.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e Santiago

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