O Brasil venceu a França por 3 sets a 0 em uma partida eletrizante e está nas semifinais do Campeonato Mundial de Vôlei Feminino. As parciais do confronto pelas quartas realizado nesta quinta-feira (4), em Bangcoc, na Tailândia, foram de 27 a 25, 33 a 31 e 25 a 19. Agora, a seleção tem pela frente ninguém menos do que a Itália para tentar chegar na grande decisão.
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A Itália vive o melhor momento da sua história no vôlei feminino. Desde a chegada do técnico argentino Julio Velasco, em novembro de 2023, a Azzurra se transformou na seleção a ser batida no cenário mundial. É a atual bicampeã da Liga das Nações, venceu o Brasil na final deste ano, e atual campeã olímpica. Mais do que isso, vem de uma sequênia incrível de jogos consecutivos sem derrota. Saiba tudo sobre o jogaço e sobre as semifinais!

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Em busca do primeiro
O Brasil, seleção bicampeã olímpica no vôlei feminino, nunca foi campeão mundial entre as mulheres. Fez quatro finais. A primeira foi em 1994, quando perdeu por 3 a 0 para Cuba. Depois, duas derrotas seguidas por 3 a 2 para a Rússia, em 2006 e 2010. Em 2022, última edição antes da atual, a seleção perdeu a final para a Sérvia, atual bicampeã, por 3 a 0.
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Julia Bergmann
Na partida contra a França, nos números, o destaque ficou para Julia Bergmann com 17 pontos, todos no ataque. Gabi marcou 13, sendo 12 no ataque e um no saque, e Diana fez cinco, dos dez dela, no bloqueio. O outro foi um ace. Júlia Kudiess ajudou no muro, com três. Menção, ainda, para dois pontos de ataque da levantadora Roberta. Pelo lado francês, Cazaute marcou 20 vezes.

No coletivo, equilíbrio nas estatísticas. Foram 54 pontos do ataque brasileiro contra 50 do francês. Oito pontos contra seis no bloqueio a favor do Brasil e 21 pontos cedidos em erros pela França contra 17 da seleção. No saque, dois aces para cada lado.
When Brazil needed it most, the wall went up 🧱🇧🇷.
— Volleyball World (@volleyballworld) September 4, 2025
A clutch block powered them through the first set 🔥.
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Dois testes para cardíacos!
Brasil e França já haviam feito um jogo emocionante na fase de grupos do Mundial de Vôlei Feminino. E a história, de alguma forma, se repetiu. A seleção começou bem o jogo e numa passagem de Gabi pelo saque conseguiu uma vantagem de 6 a 2. Com a seleção muito ativa em quadra e pressionando muito, o técnico da França, o espanhol César Hernández, pediu tempo pra acalmar a partida. As europeias voltaram melhor, cortaram a distância para 13 a 12 e, em um bloque, o empate chegou no 16.
O jogo, então, ficou quente. As duas seleções passaram a virar simultanetamente e o confronto ficou ponto a ponto até a reta final. Uma largadinha francesa virou o placar a favor das europeias no 21 a 20, senha para o técnico Zé Roberto Guimarães parar a partida. Na volta, Júlia Kudiess pegou a oposta Ndiaye na entrada de rede e recolocou a seleção na frente, 23 a 22.
Na sequência, Gabi mostrou toda a categoria pra virar uma bola espetada na nossa entrada e o Brasil chegou ao primeiro set point. A França salvou. A camisa 10, numa between, conseguiu o segundo set point. A França salvou de novo. O terceiro set point chegou após um rally testa-cardíaco. A França entregou. Num toque na rede delas, em meio a mais um rally, o Brasil fez 1 a 0.

Segundo Set
A segunda parcial começou na mesma toada. Desta vez, porém, quem abriu primeiro uma vantagem, ainda que mínima, foi a França no 6 a 4. Num erro de recepção de Julia Bergmann, elas abriram 9 a 6. O Brasil reagiu e chegou a cortar para o 10 a 9 num contra-ataque aproveitado por Rosamaria, porém as francesas recolocaram três no 12 a 9 e Zé Roberto pediu tempo.
A desvantagem brasileira flutuou em torno dos três pontos até que Bergmann colocou um contra-ataque em quadra, após mais um rally, e a França bateu um side-out pra fora. Resultado, tudo igual no 19 e tempo pedido pelo time francês. Na volta, o Brasil chegou duas vezes no bloqueio em um mesmo ponto, mas o segundo pingou fora da quadra delas.

A seleção brasileira era melhor, a virada estava desenhada e veio com Julia Bergmann no 21 a 20. O jogo era com ela, que virou mais duas vezes para, junto com um erro de Ndiaye, levar o Brasil ao primeiro set point no 24 a 23. Era um side-out para o 2 a 0, bola na ponta pra Gabi, paulada, mas defesa francesa e contra-ataque no chão. Tudo igual. Piorou num bloqueio de Gicquel e o set point mudou de lado.
Olhos de águia
Júlia Kudiess manteve o Brasil na briga numa diagonal longa, da saída, de tirar o fôlego. Um erro de recepção francês colocou o set point na mão de Rosamaria, na rede, leve, sem bloqueio. Mas ela não aproveitou. A bola ainda voltou pra Gabi, que também não aproveitou.
A França, então, foi para mais um set point e chegou a comemorar um ataque de Rosamaria marcado para fora. Mas os olhos de águia de Zé Roberto não deixaram. Pediu o desafio e bingo! Toque no bloqueio.
Ninguém respira
Na sequência, o Brasil recuperou o set point e quase fechou no bloque, mas a bola, novamente, e caprichosamente, pingou fora. Ndiaye recuperou o ponto do set para a França explorando o bloqueio brasileiro e ninguém conseguia mais respirar no ginásio. No 30 a 30, Cazaute bateu uma diagonal pra fora e o Brasil recuperou o set point. A mesma bola pra Cazaute e ela salvou.
Júlia Kudiss, então, arrancou mais um set point pro Brasil e esse foi pra ela, a camisa 10, que colocou no chão e levantou o ginásio. Brasil 2 a 0!
What. A. Battle. 🔥
— Volleyball World (@volleyballworld) September 4, 2025
France 🇫🇷 and Brazil 🇧🇷 went the distance in the longest set of the World Championship — 38 minutes of pure chaos, ending 33–31 🤯.
Every rally felt like a final, and neither side gave an inch 💪.
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Fim de papo
Nada mudou no jogo no começo da terceira parcial, pelo menos no marcador. Era ponto a ponto. Mas o Brasil estava maior em quadra, mais leve, e a França sentindo o tamanho da montanha que teria de escalar. Resultado? A seleção começou a escapar no 14 a 12.

César Hernández pediu tempo, mas sem muito efeito e a vantagem foi a 16 a 12. O jogo estava escapando, e o espanhol parou o jogo mais uma vez. Não funcionou e abrimos 19 a 14. Estava acabado. Ao contrário dos outros dois sets, a reta final foi apenas protocolar para colocar o Brasil na semifinal do Mundial de Vôlei Feminino.