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Vôlei

Muro na rede deixa Brasil a um passo de inédito título mundial

Equipe vence a Itália pontuando três vezes mais do que as rivais no fundamento e está classificada para jogar a final se sábado contra a Sérvia. Seleção já fez três decisões e perdeu as três

Carol Gattaz Lorenne Brasil Mundial de Vôlei feminino itália semifinal final
(FIVB)

Subindo uma muralha na rede, o Brasil voltou a vencer a Itália e se classificou para a final do Mundial de Vôlei feminino. Desta vez, a seleção fez 3 a 1, parciais de 25/23, 22/25, 26/24 e 25/19, nesta quinta-feira (13) em Apeldoorn, na Holanda. O Brasil busca o título inédito – foi vice em 1994, 2006 e 2010 – e pega a Sérvia, que bateu os Estados Unidos na outra semifinal. O jogo é sábado (13), 15h, em Apeldoorn. Antes, no mesmo local, tem disputa do bronze entre italianas e estadunidenses às 11h.

O bloqueio brasileiro, que havia feito apenas seis pontos no jogo anterior contra o Japão, desta vez acabou com as adversárias. Foram 21 pontos, dez só da Carol, incluindo o match point (veja abaixo). A central fez mais pontos do que todo o time italiano no fundamento, foram apenas sete delas. Carol é a maior bloqueadora do torneio com 57 pontos, 18 a mais do que a segunda colocada. No ataque, a Itália foi melhor, 67 a 56, e fez quatro aces contra nenhum nosso. Nos erros, vantagem do Brasil, 13 a 21.

Egonu foi a maior pontuadora da partida, com 30, sendo 28 no ataque. É a melhor em toda a competição com 250. Gabi foi a segunda anotando 20, três deles no bloqueio. Carol marcou 17, mesma marca da italiana Sylla. Pelo lado brasileiro, Lorenne ajudou com mais 14 e Carol Gattaz marcou 11, sendo três no bloqueio. Rosamaria, Kisy e até Macris foram as outras três do Brasil que pontuaram no bloque.

Agora sim!

A vitóia serviu para desentalar de vez as italianas da garganta. A seleção europeia havia derrotado o Brasil por 3 a 0 na final da Liga das Nações esse ano. Agora, no Mundial, o Brasil venceu as rivais, mas em um jogo da fase classificatória, ainda pela segunda fase da competição. Agora é o Brasil que está entalado na garganta delas, já que elas só perderam para nós no Mundial.

Gabi Guimarães Brasil Mundial de Vôlei feminino itália semifinal final
Gabi, mais uma vez, foi a maior pontuadora do Brasil (FIVB)

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Dois sets parecidos

A expectativa de jogo equilibrado, como fora o primeiro entre ambas no Mundial de Vôlei feminino, foi plenamente confirmada em três dos quatro sets. O Brasil entrou diferente, com Lorenne e Rosamaria nos lugares de Pri Daroit e Tainara. A Itália comandou o placar quase toda a parcial, mas sem escapar mais do que dois pontos. Na reta final, porém, o bloqueio começou a aparecer, a seleção tomou a frente no marcador e abriu dois no 23 a 21 para não perder mais a dianteira até fazer o 1 a 0.

O segundo set foi a mesma coisa até a reta final. A diferença é que desta vez quem escapou no final foi a Itália, e bem no 24 a 22, em uma sequência de saque de Lubian. Zé Roberto ainda pediu um desafio, sem sucesso, e chamou um tempo antes do set point ser jogado. Nada deu certo e, em mais um saque de Lubian sem recepção brasileira, a bola chegou de graça para a Itália e Sylla matou da entrada de rede.

Egonu erra e Brasil vira

Na terceira parcial a seleção brasileira abriu vantagem no começo do set. Fez 7 a 4 em dois bloqueios seguidos de Gabi e chegou a 10 a 6 com Rosamaria matando do fundo um contra-ataque no rali mais longo da partida até então. A Itália reagiu e chegou a cortar a desvantagem pela metade, mas o Brasil tinha muita consistência e não deixava chegar.

Zé Roberto Guimarães Brasil Mundial de Vôlei feminino itália semifinal final
Zé Roberto prestes a escrever mais um capítulo inédito na história do vôlei brasileiro (FIVB)

Na reta final, porém, Sylla cresceu no ataque italiano, elas empataram no 21 a 21 e viraram no 23 a 21. Ficou pior no 24 a 23 contra, e tudo parecia resolvido quando a bola foi empinada na ponta para um contra-ataque de Egonu. A estrela italiana, porém, bateu pra fora. A seguir, Carol Gattaz puxou o set point para o nosso lado em um bloque simples pelo meio e, na bola seguinte, Lorenne não desperdiçou o contra-ataque a nosso favor e o Brasil fechou.

Atropelo e final

O embalo seguiu no começo do quarto set e, com três bloqueios seguidos de Carol, o Brasil impôs 4 a 0 na Itália. O placar não refletia o equilíbrio do jogo e as europeias buscaram no 6 a 6 em uma passagem de Pietrini pelo saque. Apesar da recuperação, as italianas não entraram bem na parcial e, com o bloqueio brasileiro fazendo estragos, a seleção chegou a 16 a 7. Foi mais do que suficiente para garantiu a vitória que colocou o Brasil a um passo do inédito titulo mundial de vôlei feminino.

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