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Aos 33 anos, Macris diz que ainda busca sua melhor versão

Aos 33 anos e no melhor momento da carreira, Macris ainda busca sua melhor versão nas quadras para se manter como referência

Troféu Super Vôlei feminino Macris
(Reprodução/FIVB)

Entrar em quadra e saber que é a referência. Jogar sabendo que todos vão te olhar, analisar, falar e criticar. Macris, levantadora do Itambé/Minas, joga com essa expectativa já há algumas temporadas e vem melhorando a cada ano que passa. Prestes a começar a disputa de mais um playoff pela Superliga de vôlei feminino e cotada para defender o poderoso Fenerbahce na próxima temporada, a levantadora de 33 anos segue em busca de sua melhor versão.

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“Todas as minhas escolhas foram pautadas com o objetivo de crescer, de evoluir. Eu amo o vôlei e sempre fiz o possível para melhorar e aumentar o meu nível. Sempre vai ser dessa forma, buscando melhorar e querendo crescer. Seja no clube ou nas oportunidades que eu tiver com a seleção brasileira sempre vou dar o meu melhor e buscar o melhor”, diz a levantadora.

Nome quase unânime na seleção brasileira de vôlei feminino durante a maior parte do ciclo para os Jogos Olímpicos de Tóquio, Macris se agigantou nos últimos anos. Nome frequente na seleção da Superliga feminina, a levantadora passou a figurar entre as melhores do mundo em todas as competições, como aconteceu em 2019 quando foi a melhor de sua posição em todos os torneios que esteve com o Minas. Sobre o atual momento, a levantadora sabe a razão disso. 

Macris Seleção Brasileira Zé Roberto Tóquio
(FIVB/Divulgação)

“Eu sempre priorizei jogar. Sempre tomei decisões sabendo que queria estar em quadra. Não achava bom ir para um time que poderia ir longe na temporada mas que eu ficaria no banco. Desta forma, acabei optando por equipes que lutavam pelos playoffs, depois Top6, uma semifinal e hoje estou no Minas, que é um clube que briga e conquista títulos. Acho que esse caminho me fez passar por momentos duros, mas me fez chegar bem para este momento”. 

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O melhor momento é o agora? 

Macris conheceu o vôlei através da sua família. Por influência dos pais sempre esteve ligada nos esportes e, por conta de sua irmã mais velha, acabou seguindo para a modalidade que a levou até o pódio olímpico em Tóquio. 

Hoje, quase 25 anos depois da escolha pelo vôlei, Macris é um nome consolidado no cenário nacional, na seleção brasileira e sabe que a chave para que o sucesso acontecesse foi encarar tudo como um processo. “As coisas passaram a ficar mais sérias ano a ano desde o começo lá atrás, em São Caetano. Como eu já comentei, as escolhas que eu fiz me trouxeram aqui e o Minas me deu a oportunidade de coisas novas. Foi aqui que eu joguei minha primeira semifinal de Superliga, minha primeira final, foi aqui que eu venci Sul-Americano, fui para o Mundial e tive o contato com técnicos europeus, o que me deu uma experiência estrangeira no Brasil”. 

O pós Tóquio 

29 de julho de 2021. Brasil x Japão e o maior susto que a seleção brasileira feminina poderia ter. Durante o terceiro set, Macris caiu, sofreu uma entorse no tornozelo e assustou todos no país. A imagem era muito feia e os dias seguintes foram de apreensão. 

O fim dessa história em Tóquio todos nós sabemos. Macris conseguiu voltar a jogar durante as quartas de final e foi peça fundamental para a conquista da medalha de prata da seleção feminina. Contudo, o que aconteceu depois disso?

Minas Valinhos Barueri Superliga feminina vôlei ao vivo
(Pedro Teixeira/Valinhos/arquivo)

“O meu corpo cobrou o preço. Claro que na Olimpíada tudo foi feito por um objetivo que era a medalha olímpica. Mas depois o meu corpo cobrou o fato de não ter tido o tempo de recuperação adequado. Digo que logo que eu pisei fora da vila olímpica as dores começaram. Sinto dores até hoje para falar a verdade. Não é mais algo que limita o meu trabalho, mas incomoda. O Minas com toda a estrutura de recuperação me ajudou a voltar de uma forma gradativa, principalmente no começo da temporada. Foi um período difícil, tem sido uma temporada complicada, mas eu faria tudo novamente”. 

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Após a conquista da medalha de prata, Macris teve constatado a ruptura total de um ligamento no tornozelo e passou a correr contra o tempo para poder disputar outras competições. “Tivemos dificuldade no começo. Tivemos Covid no elenco, lesões e foi difícil conseguir colocar o nosso melhor em quadra. Agora para os playoffs é jogar tudo que podemos e seguir jogo a jogo”. 

Vencedor das últimas duas finais de Superliga feminina, o Minas começa os playoffs da atual temporada enfrentando o Barueri, pelas quartas de final.

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